domingo , 22 dezembro , 2024

Black Mirror | Explicamos os finais de TODOS os episódios da 6ª temporada

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Black Mirror retornou com sua sexta temporada nos últimos dias – e reacendeu nossa paixão por essa ácida e crítica antologia, ainda que não tenha conseguido se esquivar das fórmulas para os novos episódios.

Agora que boa parte dos fãs conseguiram assistir aos capítulos, preparamos uma breve matéria explicando o final de cada um deles.



Confira:

“A JOAN É PÉSSIMA”

Assista também:
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“A Joan É Péssima” acompanha Joan (Annie Murphy), uma jovem empresária que vê sua vida mudar de cabeça para baixo ao descobrir que um serviço de streaming criou uma série que acompanha seu cotidiano – e revela segredos bastante obscuros. Entretanto, diferente do que imaginávamos, a história que conferimos não se passa na realidade, e sim dentro de um escopo televisivo.

O capítulo é bastante metalinguístico é, na verdade, a Joan que acompanhamos foi gerada através de inteligência artificial – enquanto Salma Hayek Pinault, que encarna a si mesma na obra, é Murphy na vida real. A plataforma em questão, conhecida como Streamberry, construiu um looping narrativo sem fim e que deu origem a um multiverso inescapável que mancha a existência como a conhecemos e o que é ficção.

“LOCH HENRY”

“Loch Henry” acompanha um casal de jovens cineastas, Davis (Samuel Blenkin) e Pia (Myha’la Herrold), que viajam para uma pequena cidade no interior da Escócia para rodar um documentário. A princípio focando em uma determinada história, nossos protagonistas começam a se envolver com um perigoso serial killer que assolou a cidade anos atrás, sequestrando e torturando inúmeras pessoas até matar os pais e depois tirar a própria vida.

Determinados a levar esses acontecimentos a público e a resgatar o turismo que há muito deixou de existir no local, Davis e Pia começam a rodar o documentário – apenas para descobrirem que, na verdade, o pai e a mãe de Davis estavam envolvidos no caso e faziam parte da artimanha criada pelo assassino. E, ao descobrir isso, Davis acaba perdendo a mãe e a namorada, à medida que a história é encabeçada por outro time criativo e ele se vê no centro de uma “espetacularização da tragédia” que lhe rendeu nada mais que traumas e frustrações.

“BEYOND THE SEA”

Em “Beyond the Sea”Aaron PaulJosh Hartnett estrelam uma space opera epopeica em que vivem dois astronautas em uma longa missão no vazio do espaço. Todavia, eles têm uma vida dupla, podendo retornar a réplicas robóticas que permaneceram na Terra a fim de não abandonar suas respectivas famílias por completo. Entretanto, David (Hartnett) é alvo de uma tragédia imensurável ao observar, impotente, um culto maligno matar a esposa e os filhos e queimar a réplica de si mesmo – deixando-o sem qualquer possibilidade até mesmo de voltar ao planeta natal para escapar da solidão do cosmos.

Tentando ajudá-lo, Cliff (Paul) lhe oferece o próprio robô – mas o que ele não imaginava eram as terríveis consequências que esse ato de bondade teria. Afinal, David acaba se apaixonando pela esposa de Cliff, Lana (Kate Mara), e, movido por um ciúmes doentio e uma vingança inexplicável, mata a família de Cliff, também forçando-o a ficar sozinho e sem a possibilidade de fazer qualquer coisa a respeito, nem mesmo voltar para a Terra, onde será taxado de assassino. E isso não é tudo: Cliff se vê preso em um arco de frustração e impotência ao não poder se vingar de David, porque a espaçonave em que estão só pode ser operada por dois astronautas.

“MAZEY DAY”

Se não estou enganado, a sexta temporada de Black Mirror foi a primeira a trazer a questão dos paparazzi e da invasão de privacidade à tona com “Mazey Day”. Aqui, Zazie Beetz interpreta Bo,uma fotógrafa cuja principal fonte de renda é conseguir imagens exclusivas de celebridades e vendê-las a tabloides e revistas de fofoca. Após se responsabilizar pela morte de um famoso ator, ela decide abandonar essa vida – mas vê uma oportunidade única quando um editor oferece US$30 mil por uma foto de Mazey Day (Clara Rugaard), uma jovem atriz que simplesmente desapareceu.

Descobrindo que ela fechou um retiro de reabilitação para se recuperar de um trauma gigantesco, Bo e seus colegas invadem a propriedade e a encontram acorrentada a uma cama, ardendo em febre e sem muita ciência do que está acontecendo. Enquanto os outros aproveitam o momento para tirar o máximo de fotos possível, Bo tenta tirá-la de lá – sem saber que estaria libertando um mal profundo. Mazey, na verdade, havia sido mordida por um lobisomem e pediu a maior ajuda possível para não se transformar na criatura e instaurar um caos com uma matança desenfreada. Todavia, seus esforços não dão resultados e, após se transformar no monstro, dilacera qualquer um à sua frente até ser neutralizada.

Eventualmente, Bo consegue a tão desejada foto antes que Mazey acabe com o próprio sofrimento.

“DEMÔNIO 79”

“Demônio 79” nos leva de volta aos anos 1970 e acompanha uma jovem chamada Nida (Anjana Vasan), uma vendedora de uma loja de departamentos que sofre constantes abusos discriminatórios por seu chefe, seus colegas de trabalho e todas as outras pessoas. Em um determinado dia, ela encontra um talismã e, ao deixar uma gota de seu sangue tocar a estrutura do objeto, liberta um demônio conhecido como Gaap (Paapa Essiedu). Gaap diz a Nida que ela deve matar três pessoas para evitar o apocalipse.

Relutante e crente de que enlouqueceu, Nida demora a aceitar a missão que lhe foi dada até, de fato, começar a coletar as vítimas. O que ela não esperava é que o plano não se concretizaria – e que, determinada a matar uma das pessoas mais odiosas que conheceu na vida, ela seria pega pelas autoridades. Ciente de que a humanidade estava fadada à destruição, Nida observa, inexpressiva, as ogivas nucleares varrerem a vida do planeta enquanto se une a Gaap na condenação eterna – em que, ao menos, estariam juntos.

https://youtu.be/nYUS1cOiaJQ

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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“A Joan É Péssima” acompanha Joan (Annie Murphy), uma jovem empresária que vê sua vida mudar de cabeça para baixo ao descobrir que um serviço de streaming criou uma série que acompanha seu cotidiano – e revela segredos bastante obscuros. Entretanto, diferente do que imaginávamos, a história que conferimos não se passa na realidade, e sim dentro de um escopo televisivo.

O capítulo é bastante metalinguístico é, na verdade, a Joan que acompanhamos foi gerada através de inteligência artificial – enquanto Salma Hayek Pinault, que encarna a si mesma na obra, é Murphy na vida real. A plataforma em questão, conhecida como Streamberry, construiu um looping narrativo sem fim e que deu origem a um multiverso inescapável que mancha a existência como a conhecemos e o que é ficção.

“LOCH HENRY”

“Loch Henry” acompanha um casal de jovens cineastas, Davis (Samuel Blenkin) e Pia (Myha’la Herrold), que viajam para uma pequena cidade no interior da Escócia para rodar um documentário. A princípio focando em uma determinada história, nossos protagonistas começam a se envolver com um perigoso serial killer que assolou a cidade anos atrás, sequestrando e torturando inúmeras pessoas até matar os pais e depois tirar a própria vida.

Determinados a levar esses acontecimentos a público e a resgatar o turismo que há muito deixou de existir no local, Davis e Pia começam a rodar o documentário – apenas para descobrirem que, na verdade, o pai e a mãe de Davis estavam envolvidos no caso e faziam parte da artimanha criada pelo assassino. E, ao descobrir isso, Davis acaba perdendo a mãe e a namorada, à medida que a história é encabeçada por outro time criativo e ele se vê no centro de uma “espetacularização da tragédia” que lhe rendeu nada mais que traumas e frustrações.

“BEYOND THE SEA”

Em “Beyond the Sea”Aaron PaulJosh Hartnett estrelam uma space opera epopeica em que vivem dois astronautas em uma longa missão no vazio do espaço. Todavia, eles têm uma vida dupla, podendo retornar a réplicas robóticas que permaneceram na Terra a fim de não abandonar suas respectivas famílias por completo. Entretanto, David (Hartnett) é alvo de uma tragédia imensurável ao observar, impotente, um culto maligno matar a esposa e os filhos e queimar a réplica de si mesmo – deixando-o sem qualquer possibilidade até mesmo de voltar ao planeta natal para escapar da solidão do cosmos.

Tentando ajudá-lo, Cliff (Paul) lhe oferece o próprio robô – mas o que ele não imaginava eram as terríveis consequências que esse ato de bondade teria. Afinal, David acaba se apaixonando pela esposa de Cliff, Lana (Kate Mara), e, movido por um ciúmes doentio e uma vingança inexplicável, mata a família de Cliff, também forçando-o a ficar sozinho e sem a possibilidade de fazer qualquer coisa a respeito, nem mesmo voltar para a Terra, onde será taxado de assassino. E isso não é tudo: Cliff se vê preso em um arco de frustração e impotência ao não poder se vingar de David, porque a espaçonave em que estão só pode ser operada por dois astronautas.

“MAZEY DAY”

Se não estou enganado, a sexta temporada de Black Mirror foi a primeira a trazer a questão dos paparazzi e da invasão de privacidade à tona com “Mazey Day”. Aqui, Zazie Beetz interpreta Bo,uma fotógrafa cuja principal fonte de renda é conseguir imagens exclusivas de celebridades e vendê-las a tabloides e revistas de fofoca. Após se responsabilizar pela morte de um famoso ator, ela decide abandonar essa vida – mas vê uma oportunidade única quando um editor oferece US$30 mil por uma foto de Mazey Day (Clara Rugaard), uma jovem atriz que simplesmente desapareceu.

Descobrindo que ela fechou um retiro de reabilitação para se recuperar de um trauma gigantesco, Bo e seus colegas invadem a propriedade e a encontram acorrentada a uma cama, ardendo em febre e sem muita ciência do que está acontecendo. Enquanto os outros aproveitam o momento para tirar o máximo de fotos possível, Bo tenta tirá-la de lá – sem saber que estaria libertando um mal profundo. Mazey, na verdade, havia sido mordida por um lobisomem e pediu a maior ajuda possível para não se transformar na criatura e instaurar um caos com uma matança desenfreada. Todavia, seus esforços não dão resultados e, após se transformar no monstro, dilacera qualquer um à sua frente até ser neutralizada.

Eventualmente, Bo consegue a tão desejada foto antes que Mazey acabe com o próprio sofrimento.

“DEMÔNIO 79”

“Demônio 79” nos leva de volta aos anos 1970 e acompanha uma jovem chamada Nida (Anjana Vasan), uma vendedora de uma loja de departamentos que sofre constantes abusos discriminatórios por seu chefe, seus colegas de trabalho e todas as outras pessoas. Em um determinado dia, ela encontra um talismã e, ao deixar uma gota de seu sangue tocar a estrutura do objeto, liberta um demônio conhecido como Gaap (Paapa Essiedu). Gaap diz a Nida que ela deve matar três pessoas para evitar o apocalipse.

Relutante e crente de que enlouqueceu, Nida demora a aceitar a missão que lhe foi dada até, de fato, começar a coletar as vítimas. O que ela não esperava é que o plano não se concretizaria – e que, determinada a matar uma das pessoas mais odiosas que conheceu na vida, ela seria pega pelas autoridades. Ciente de que a humanidade estava fadada à destruição, Nida observa, inexpressiva, as ogivas nucleares varrerem a vida do planeta enquanto se une a Gaap na condenação eterna – em que, ao menos, estariam juntos.

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Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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