Durante a conferência trimestral mais recente da Disney, Bob Iger, CEO da empresa, quebrou o silêncio sobre os fracassos de bilheteria nos lançamentos recentes do estúdio.
O executivo afirmou que leva a situação muito a sério, e se dedicará ainda mais nas futuras produções para garantir o melhor retorno financeiro e qualidade para os espectadores.
“Considerando a performance do nosso estúdio [nas bilheterias], temos que colocar algumas coisas em perspectiva. O estúdio teve um enorme sucesso na última década – talvez tenha sido o maior dentre todos os outros estúdios –, com diversos lançamentos bilionários. Dois deles relativamente recentes. Um em particular, ‘Avatar: O Caminho da Água’, e também tivemos uma forte performance com ‘Guardiões da Galáxia Vol. 3’, que arrecadou aproximadamente US$ 850 milhões mundialmente.”
Ele completa, “Dito isso, a performance de alguns dos nossos lançamentos recentes definitivamente tem sido decepcionante, e nós levamos isso muito a sério. Como todos podem esperar, estamos focados em melhorar a qualidade e a performance dos nossos futuros projetos. Eu estou trabalhando de perto com o estúdio nisso. Estou comprometido a dedicar mais tempo e atenção a esses projetos.”
Dentre os recentes fracassos de bilheteria do estúdio, inclui-se ‘Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania‘ (US$476M), ‘Indiana Jones e o Chamado do Destino‘ (US$369M) e ‘Mansão Mal-Assombrada‘ (US$61.5M).
Anteriormente, Iger havia expressado sua preocupação com as greves em Hollywood, considerando os desafios que a indústria do entretenimento ainda enfrenta devido à recuperação da pandemia de COVID-19.
“É muito perturbador para mim. Falamos sobre forças disruptivas neste negócio e todos os desafios que estamos enfrentando, a recuperação do COVID que está em andamento, não está completamente de volta. Esse é o pior momento do mundo para aumentar essa disrupção”, afirmou Iger.
“Nós entendemos o desejo de qualquer organização trabalhista de trabalhar em nome de seus membros para obter o máximo de remuneração e ser compensada de forma justa com base no valor que entregam. Conseguimos, como indústria, negociar um acordo muito bom com o sindicato de diretores, que reflete o valor de sua contribuição para esse grande negócio. Queríamos fazer a mesma coisa com os roteiristas, e gostaríamos de fazer a mesma coisa com os atores”, acrescentou.
“Há um nível de expectativa que eles têm, que não é realista. E estão somando ao conjunto de desafios que esse negócio já enfrenta. Francamente, é muito disruptivo”, concluiu o CEO.
Bob Iger recentemente estendeu seu contrato na Walt Disney Studios até 2026. Como parte de seu acordo, ele recebe um salário mensal de US$ 1 milhão, além de um “prêmio anual” de US$ 25 milhões e outras bonificações.