sexta-feira , 22 novembro , 2024

Castle Rock | Primeiras impressões – Mistérios, terror e muito fan service

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Desde que foi anunciada ano passado pelo Hulu, Castle Rock tem sido uma das séries de streaming mais aguardadas e cobiçadas dos últimos tempos. Afinal, não é todo dia que o gênio J.J. Abrams se junta com o incrível Stephen King. Para alguns pode ser um exagero de mistérios, já que ambos os artistas são famosos por desenvolverem narrativas curiosas, confusas e cercadas de enigmas, para outros, um orgasmo de suspense que vai te prender na cadeira do início ao fim, aliás, mesmo que não haja explicações, a diversão consiste em tentar descobrir e ligar todos os pontos.

Na trama, a familiar cidadezinha isolada e silenciosa de Castle Rock guarda consigo muitos segredos. Todas as famílias que vivem ali sabem que o lugar é a casa de coisas estranhas e muitas vezes inexplicáveis. O lugar se localiza próximo à Portland, local onde geralmente se passam as histórias dos livros de Stephen King, aliás, a cidade serve exatamente para isso: e se todas as tramas malucas do escritor se cruzassem e se passassem em um único lugar?



Essa premissa inteligente, voltada ao sucesso, foi criada por Sam Shaw e Dustin Thomason, porém, foi Abrams quem se interessou pela trama e decidiu desenvolve-la, transformando-a em um seriado repleto de referências e fan service, conectando as mais famosas histórias de King dentro de um thriller sensacional.

Nos três primeiros episódios já disponíveis no serviço de streaming, a trama começa de forma intrigante, com cenas impactantes e até mesmo violentas. Uma perfeita sintonia entre King e Abrams, afinal, vemos Terry O’Quinn (o Locke de LOST) e logo nosso coração já palpita ao lembrar do clássico personagem, há também um determinado rugido na floresta, algo que remete tanto à LOST quanto à Cloverfield e, ao apresentar os demais personagens, vemos rostos conhecidos do Kingverse como Sissy Spacek, a Carrie, de ‘Carrie, a Estranha’, e Bill Skarsgård, do remake de It: A Coisa. Toda essa gama de referências nos mantém empenhados na busca por mais e mais.

É aí então que a trama perde o bom ritmo inicial e começa suas subtramas monótonas, muito devido a inclusão da atriz Melanie Lynskey (‘Two And a Half Men’), que apesar de ter um bom timing cômico, não entrega o que sua misteriosa personagem propõe, fazendo com que todo o suspense desapareça sempre que está em cena. Vale lembrar que no passado, a atriz já se envolveu com terror e com uma obra de King, ao estrelar ‘Rose Red – A Casa Adormecida’.

Ainda sobre o elenco, o protagonista vivido por Andre Holland (‘Moonlight’) carrega a trama nas costas, apesar de não brilhar como deveria. Bill Skarsgård tem seu charme misterioso, mas logo sua cara sem expressão cansa e sua história parece não avançar. Outros nomes como a talentosa Jane Levy (‘O Homem Nas Trevas’) e Noel Fisher (‘Shameless’) brigam para encontrar espaço entre os protagonistas, porém, definitivamente são dois personagens que ainda devem mostrar muita qualidade até o final da série.

Mas, sabemos que Castle Rock veio, de fato, como um presente aos fãs de King, trazendo uma importante caçada por easter eggs à la Jogador Nº1, que se intensifica conforme os episódios vão avançando. Mesmo com a qualidade técnica, ótimos enquadramentos e a belíssima direção de fotografia, que captura o ar melancólico dos livros do autor, é essa busca por referências que faz a série se tornar atraente, e põe referências nisso! Há citações de O Iluminado, durante uma cena na igreja; deConta Comigo’ durante uma narração em off; de ‘Tempestade do Século’ quando explicam que uma nevasca gigantesca atingiu a cidade no passado; de ‘À Espera de Um Milagre’ quando um ratinho aparece na prisão; de Um Sonho de Liberdade com o famoso presídio, e por aí vai.

A sensação que fica após o terceiro episódio é de que os mistérios vão aumentar, as explicações vão diminuir e a trama vai perder o foco, mas é cedo demais para dizer que o seriado não cumpre com o que promete. Há muita diversão e ótimas sequências de terror, só nos resta torcer para que Castle Rock não suba à cabeça dos roteiristas e se perca dentro de suas próprias homenagens.

O seriado é exibido semanalmente pelo serviço de streaming Hulu e ainda não possui data para chegar ao Brasil.

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Thiago Munizhttp://cinepop.com.br/
Carioca, 26 anos, apaixonado por Cinema. Venho estudando e vivendo todas as partes da sétima arte à procura de conhecimento da área. Graduando no curso de Cinema e influenciador cinematográfico no Instagram.

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Na trama, a familiar cidadezinha isolada e silenciosa de Castle Rock guarda consigo muitos segredos. Todas as famílias que vivem ali sabem que o lugar é a casa de coisas estranhas e muitas vezes inexplicáveis. O lugar se localiza próximo à Portland, local onde geralmente se passam as histórias dos livros de Stephen King, aliás, a cidade serve exatamente para isso: e se todas as tramas malucas do escritor se cruzassem e se passassem em um único lugar?

Essa premissa inteligente, voltada ao sucesso, foi criada por Sam Shaw e Dustin Thomason, porém, foi Abrams quem se interessou pela trama e decidiu desenvolve-la, transformando-a em um seriado repleto de referências e fan service, conectando as mais famosas histórias de King dentro de um thriller sensacional.

Nos três primeiros episódios já disponíveis no serviço de streaming, a trama começa de forma intrigante, com cenas impactantes e até mesmo violentas. Uma perfeita sintonia entre King e Abrams, afinal, vemos Terry O’Quinn (o Locke de LOST) e logo nosso coração já palpita ao lembrar do clássico personagem, há também um determinado rugido na floresta, algo que remete tanto à LOST quanto à Cloverfield e, ao apresentar os demais personagens, vemos rostos conhecidos do Kingverse como Sissy Spacek, a Carrie, de ‘Carrie, a Estranha’, e Bill Skarsgård, do remake de It: A Coisa. Toda essa gama de referências nos mantém empenhados na busca por mais e mais.

É aí então que a trama perde o bom ritmo inicial e começa suas subtramas monótonas, muito devido a inclusão da atriz Melanie Lynskey (‘Two And a Half Men’), que apesar de ter um bom timing cômico, não entrega o que sua misteriosa personagem propõe, fazendo com que todo o suspense desapareça sempre que está em cena. Vale lembrar que no passado, a atriz já se envolveu com terror e com uma obra de King, ao estrelar ‘Rose Red – A Casa Adormecida’.

Ainda sobre o elenco, o protagonista vivido por Andre Holland (‘Moonlight’) carrega a trama nas costas, apesar de não brilhar como deveria. Bill Skarsgård tem seu charme misterioso, mas logo sua cara sem expressão cansa e sua história parece não avançar. Outros nomes como a talentosa Jane Levy (‘O Homem Nas Trevas’) e Noel Fisher (‘Shameless’) brigam para encontrar espaço entre os protagonistas, porém, definitivamente são dois personagens que ainda devem mostrar muita qualidade até o final da série.

Mas, sabemos que Castle Rock veio, de fato, como um presente aos fãs de King, trazendo uma importante caçada por easter eggs à la Jogador Nº1, que se intensifica conforme os episódios vão avançando. Mesmo com a qualidade técnica, ótimos enquadramentos e a belíssima direção de fotografia, que captura o ar melancólico dos livros do autor, é essa busca por referências que faz a série se tornar atraente, e põe referências nisso! Há citações de O Iluminado, durante uma cena na igreja; deConta Comigo’ durante uma narração em off; de ‘Tempestade do Século’ quando explicam que uma nevasca gigantesca atingiu a cidade no passado; de ‘À Espera de Um Milagre’ quando um ratinho aparece na prisão; de Um Sonho de Liberdade com o famoso presídio, e por aí vai.

A sensação que fica após o terceiro episódio é de que os mistérios vão aumentar, as explicações vão diminuir e a trama vai perder o foco, mas é cedo demais para dizer que o seriado não cumpre com o que promete. Há muita diversão e ótimas sequências de terror, só nos resta torcer para que Castle Rock não suba à cabeça dos roteiristas e se perca dentro de suas próprias homenagens.

O seriado é exibido semanalmente pelo serviço de streaming Hulu e ainda não possui data para chegar ao Brasil.

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Carioca, 26 anos, apaixonado por Cinema. Venho estudando e vivendo todas as partes da sétima arte à procura de conhecimento da área. Graduando no curso de Cinema e influenciador cinematográfico no Instagram.

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