Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, reafirmou publicamente o compromisso da gigante do streaming com o modelo tradicional de exibição cinematográfica. O executivo garantiu que a aquisição da Warner Bros. Discovery (avaliada em US$ 82,7 bilhões) não significará o fim dos filmes do estúdio nas telonas.
“Nossas intenções, ao adquirir a Warner Bros., são continuar lançando os filmes do estúdio nos cinemas, respeitando as janelas tradicionais de exibição”, declarou Sarandos.
Ele explicou que a Netflix nunca adotou essa prática anteriormente por uma questão estrutural: “Nunca entramos nisso antes porque nunca fomos donos de um mecanismo de distribuição teatral”.
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As declarações visam acalmar o mercado e os exibidores, que temiam que a Netflix pudesse “engavetar” grandes lançamentos ou enviá-los diretamente para o catálogo digital. Sarandos justificou a estratégia agressiva de exclusividade adotada pela empresa nos últimos anos como uma necessidade de crescimento rápido.
“Estávamos monetizando os filmes apenas por meio da nossa própria assinatura porque era assim que fazíamos o negócio crescer mais rapidamente”, admitiu o CEO.
Sarandos também destacou a diferença entre as bibliotecas das duas empresas e o valor histórico que a Warner agrega à Netflix:
“Só fazemos programação original há 12 anos. Temos avançado muito rápido, construindo uma biblioteca o mais rápido possível. Produzimos tudo o que aprovamos, então não temos um catálogo profundo em desenvolvimento. Nossa biblioteca remonta apenas a uma década, enquanto a da Warner Bros. se estende por cem anos. Eles sabem muito sobre coisas que nunca fizemos, como a distribuição nos cinemas”, concluiu.
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