quarta-feira , 20 novembro , 2024

Cinco anos de ‘Vingadores: Ultimato’, o ato final do MCU para muitos fãs

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A Marvel dominou os cinemas na década passada. Sua aposta em criar um universo compartilhado nas telonas, unindo diferentes personagens de franquias diferentes em filmes-eventos, deu muito certo e fidelizou milhões – quiçá bilhões – de fãs pelo mundo. Heróis como Homem de Ferro, Guardiões da Galáxia e até mesmo o Gavião Arqueiro, que não eram tão conhecidos pelo público fora dos fãs de quadrinhos, ganharam holofotes e viraram ícones da Cultura Pop. Por isso, os filmes dos Vingadores se tornaram fenômenos de público. Esse encontro de diferentes sagas em um filme só chamavam atenção e despertavam a curiosidade para ver como seu personagem favorito ia interagir com os outros. Foi algo praticamente único.

E mesmo tendo começado em 2008, foi a partir de 2012 mesmo que o Universo Cinematográfico Marvel virou esse sinônimo de qualidade para os fãs. Ao romper a marca do bilhão, Os Vingadores (2012) mostrou que os super-heróis estavam ali para ficar. E pelos sete anos consecutivos, as bilheterias do MCU cresceram absurdamente, as críticas passaram a aprovar praticamente tudo que o estúdio lançava e o público ficou na expectativa para ver onde aquilo tudo levaria. Afinal, havia uma promessa de ameaça mortal sendo mencionada a cada projeto: Thanos (Josh Brolin).



Com o final devastador de Vingadores: Guerra Infinita (2018), que mostrava mais da metade dos heróis virando poeira diante das ações do vilão, a expectativa para ver como os super-heróis mais poderosos da Terra iriam reverter a situação foi algo que não lembro de ter visto em muito tempo no cinema. Até mesmo quem não era fã queria ver como seriam solucionados esses 11 anos de longas compartilhados. E foi assim que Vingadores: Ultimato (2019) conseguiu algo que parecia impossível até então: passar Avatar (2009) nas bilheterias mundiais. Tudo bem que depois relançaram o filme dos gigantes azuis nas telonas e ele recuperou o topo da bilheteria de todos os tempos, mas ter ultrapassado o filme, mesmo que momentaneamente, foi um feito gigante dos heróis.

Dirigido pelos Irmãos Russo, Ultimato está completando cinco anos. O curioso é que ele foi lançado no Brasil um dia antes do que a estreia oficial nos EUA. Por conta das datas de estreia de cada país, o longa chegou ao Brasil numa quinta-feira, 25, enquanto nos Estados Unidos foi lançado na sexta, 26. O filme foi um marco por ser uma grande homenagem aos personagens em tela e aos fãs, que dedicaram mais de uma década de suas vidas a conferirem os lançamentos da Marvel e ajudarem a empresa a se consolidar como a gigante dos cinemas que se tornou. E essa missão não era nada fácil, porque teriam de atender as expectativas de muita gente para fechar com chave de ouro o rumo dos Vingadores originais.

O mais curioso acerca desse projeto de encerramento é que ele foi filmado junto com Vingadores: Guerra Infinita. A ideia supostamente deveria ajudar a evitar vazamentos e também permitiria que o elenco estivesse completamente focado no projeto. Isso rendeu situações muito diferentes. Por exemplo, o uniforme que a Capitã Marvel (Brie Larson) usa no filme foi feito antes da atriz saber como seria seu traje no filme solo, que foi lançado entre os dois Vingadores. Mas o caso mais divertido envolve a atriz Yvette Nicole Brown. Famosa no mundo das séries, ela foi convidada pelos Irmãos Russo para fazer um ponta em Vingadores. Então, ela gravou seu papel como agente da SHIELD dos anos 70 e ficou frustrada ao ver que não estava em Guerra Infinita. Um ano depois, ela foi convidada para ver Ultimato e levou um susto ao se ver em tal.

Essa decisão de gravar os dois filmes ao mesmo tempo também aterrorizou a agenda de atores mais requisitados, como Benedict Cumberbatch. O ator do Doutor Estranho trabalha mais que vendedor de água no verão e não conseguiu conciliar seus compromissos para ficar muito tempo nos sets. Para resolver isso, os Irmãos Russo fizeram as cenas fundamentais com o britânico e substituíram boa parte das cenas de ação por um dublê. Eles inseriram o rosto de Cumberbatch na pós-produção. Inclusive, há fãs que teorizam que a pouca participação do Mago Supremo na batalha final se deve a esse conflito de agenda.

A trama do filme se passa cinco anos após a derrota dos heróis, mostrando os sobreviventes do genocídios universal tendo de lidar com o próprio fracasso. A forma que o roteiro escolheu para lidar com a reversão das ações do Thanos acabou ficando confusa por apelar para a viagem no tempo – ou para diferentes realidades, trazendo suas próprias regras de funcionamento para as viagens. Isso é bem comum nesses filmes. No entanto, o resultado final ficou bem confuso. Parece que até mesmo os diretores se perderam na lógica que criaram, mas se encantaram tanto em como o filme estava legal que acabaram nem percebendo os furos no roteiro.

E cá entre nós, o filme veio com a proposta de divertir e emocionar os fãs para concluir a saga. Em meio ao frenesi que foi o lançamento de Ultimato, o público se entreteve tanto com o que estava acontecendo em tela que foram pouquíssimas as pessoas que pararam para se questionar como diabos o Thanos de 2014 viajou para 2023 ou como o Capitão América (Chris Evans) voltou para viver no passado e apareceu velhinho no futuro se a lógica da viagem no tempo no filme dizia que isso era impossível. Foi um dos poucos casos recentes em que até o fã mais cri-cri se permitiu desligar o ‘reclamômetro’ e curtir as três horas de cores, explosões e nostalgia em tela.

No fim das contas, o filme foi um sucesso mas inexplicavelmente não foi a conclusão da ‘Saga do Infinito’. Por incrível que pareça, o cronograma oficial do MCU considera Homem-Aranha: Longe de Casa (2019) como o encerramento. Não faz muito sentido, porque já é um filme que se encaixa na proposta de Multiverso que viria a marcar a próxima etapa do estúdio, que é a ‘Saga do Multiverso’, que o público está assistindo atualmente – e não curtindo muito.

Nesses cinco anos, ainda é muito interessante parar e assistir Ultimato. Mesmo sem o frisson do público reagindo as cenas, é impossível não se envolver pelas aventuras nostálgicas dos heróis em uma luta pelo tempo e contra o tempo.

Vingadores: Ultimato está disponível no Disney+.
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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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E mesmo tendo começado em 2008, foi a partir de 2012 mesmo que o Universo Cinematográfico Marvel virou esse sinônimo de qualidade para os fãs. Ao romper a marca do bilhão, Os Vingadores (2012) mostrou que os super-heróis estavam ali para ficar. E pelos sete anos consecutivos, as bilheterias do MCU cresceram absurdamente, as críticas passaram a aprovar praticamente tudo que o estúdio lançava e o público ficou na expectativa para ver onde aquilo tudo levaria. Afinal, havia uma promessa de ameaça mortal sendo mencionada a cada projeto: Thanos (Josh Brolin).

Com o final devastador de Vingadores: Guerra Infinita (2018), que mostrava mais da metade dos heróis virando poeira diante das ações do vilão, a expectativa para ver como os super-heróis mais poderosos da Terra iriam reverter a situação foi algo que não lembro de ter visto em muito tempo no cinema. Até mesmo quem não era fã queria ver como seriam solucionados esses 11 anos de longas compartilhados. E foi assim que Vingadores: Ultimato (2019) conseguiu algo que parecia impossível até então: passar Avatar (2009) nas bilheterias mundiais. Tudo bem que depois relançaram o filme dos gigantes azuis nas telonas e ele recuperou o topo da bilheteria de todos os tempos, mas ter ultrapassado o filme, mesmo que momentaneamente, foi um feito gigante dos heróis.

Dirigido pelos Irmãos Russo, Ultimato está completando cinco anos. O curioso é que ele foi lançado no Brasil um dia antes do que a estreia oficial nos EUA. Por conta das datas de estreia de cada país, o longa chegou ao Brasil numa quinta-feira, 25, enquanto nos Estados Unidos foi lançado na sexta, 26. O filme foi um marco por ser uma grande homenagem aos personagens em tela e aos fãs, que dedicaram mais de uma década de suas vidas a conferirem os lançamentos da Marvel e ajudarem a empresa a se consolidar como a gigante dos cinemas que se tornou. E essa missão não era nada fácil, porque teriam de atender as expectativas de muita gente para fechar com chave de ouro o rumo dos Vingadores originais.

O mais curioso acerca desse projeto de encerramento é que ele foi filmado junto com Vingadores: Guerra Infinita. A ideia supostamente deveria ajudar a evitar vazamentos e também permitiria que o elenco estivesse completamente focado no projeto. Isso rendeu situações muito diferentes. Por exemplo, o uniforme que a Capitã Marvel (Brie Larson) usa no filme foi feito antes da atriz saber como seria seu traje no filme solo, que foi lançado entre os dois Vingadores. Mas o caso mais divertido envolve a atriz Yvette Nicole Brown. Famosa no mundo das séries, ela foi convidada pelos Irmãos Russo para fazer um ponta em Vingadores. Então, ela gravou seu papel como agente da SHIELD dos anos 70 e ficou frustrada ao ver que não estava em Guerra Infinita. Um ano depois, ela foi convidada para ver Ultimato e levou um susto ao se ver em tal.

Essa decisão de gravar os dois filmes ao mesmo tempo também aterrorizou a agenda de atores mais requisitados, como Benedict Cumberbatch. O ator do Doutor Estranho trabalha mais que vendedor de água no verão e não conseguiu conciliar seus compromissos para ficar muito tempo nos sets. Para resolver isso, os Irmãos Russo fizeram as cenas fundamentais com o britânico e substituíram boa parte das cenas de ação por um dublê. Eles inseriram o rosto de Cumberbatch na pós-produção. Inclusive, há fãs que teorizam que a pouca participação do Mago Supremo na batalha final se deve a esse conflito de agenda.

A trama do filme se passa cinco anos após a derrota dos heróis, mostrando os sobreviventes do genocídios universal tendo de lidar com o próprio fracasso. A forma que o roteiro escolheu para lidar com a reversão das ações do Thanos acabou ficando confusa por apelar para a viagem no tempo – ou para diferentes realidades, trazendo suas próprias regras de funcionamento para as viagens. Isso é bem comum nesses filmes. No entanto, o resultado final ficou bem confuso. Parece que até mesmo os diretores se perderam na lógica que criaram, mas se encantaram tanto em como o filme estava legal que acabaram nem percebendo os furos no roteiro.

E cá entre nós, o filme veio com a proposta de divertir e emocionar os fãs para concluir a saga. Em meio ao frenesi que foi o lançamento de Ultimato, o público se entreteve tanto com o que estava acontecendo em tela que foram pouquíssimas as pessoas que pararam para se questionar como diabos o Thanos de 2014 viajou para 2023 ou como o Capitão América (Chris Evans) voltou para viver no passado e apareceu velhinho no futuro se a lógica da viagem no tempo no filme dizia que isso era impossível. Foi um dos poucos casos recentes em que até o fã mais cri-cri se permitiu desligar o ‘reclamômetro’ e curtir as três horas de cores, explosões e nostalgia em tela.

No fim das contas, o filme foi um sucesso mas inexplicavelmente não foi a conclusão da ‘Saga do Infinito’. Por incrível que pareça, o cronograma oficial do MCU considera Homem-Aranha: Longe de Casa (2019) como o encerramento. Não faz muito sentido, porque já é um filme que se encaixa na proposta de Multiverso que viria a marcar a próxima etapa do estúdio, que é a ‘Saga do Multiverso’, que o público está assistindo atualmente – e não curtindo muito.

Nesses cinco anos, ainda é muito interessante parar e assistir Ultimato. Mesmo sem o frisson do público reagindo as cenas, é impossível não se envolver pelas aventuras nostálgicas dos heróis em uma luta pelo tempo e contra o tempo.

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