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Atividade Paranormal 4

 

Um filme tem culpa de seu sucesso? Em muitos casos não. O público que irá elegê-lo como vitorioso ou fracassado dentro da competitiva indústria de Hollywood. Parece cruel, mas desde que os executivos dos grandes estúdios começaram a tratar as bilheterias de suas produções como uma espécie de esporte com ranking, esse foi o jogo em que aceitaram entrar.
O mínimo (definição contraditória já que é algo bem difícil de realizar) que os produtores e envolvidos com determinado filme ou franquia podem tentar fazer é torná-lo acessível para o maior número de pessoas possível. Não importa seu gênero para certos filmes se tornarem icônicos e unânimes. Casar a opinião da crítica com a do público é que tem se mostrado uma tarefa difícil ao longo dos anos, onde filmes execrados pelos profissionais como os dois últimos “Transformers” e toda a saga “Crepúsculo”, emplacaram fortemente no gosto popular. Em menor escala temos as franquias de terror surgidas em meados e no fim da década passada, “Jogos Mortais” e “Atividade Paranormal” (“Premonição” também se encaixaria).

Filmes mirados a uma fatia específica do público jovem, que desde a década de oitenta conquistou sua audiência cativa. Quem cresceu na época citada teve durante toda a infância e juventude os exemplos de “Sexta-Feira 13” e “A Hora do Pesadelo” (abominados pela imprensa), moldando seus primórdios cinematográficos. Agora ao invés dos assassinos físicos dos chamados “slashers”, temos no subgênero do terror adolescente as tendências de assombrações invisíveis e da tortura pornográfica. Opto certamente pela primeira. A estrada não foi fácil para “Atividade Paranormal” e seu sucesso é quase merecido. Lançado originalmente em 2007, o primeiro filme só conseguiu apoio para deslanchar quando o grande Steven Spielberg decidiu bancá-lo com seu Dreamworks em 2009, após ter assistido e adorado. O primeiro “Atividade Paranormal”, que estreou oficialmente dez anos depois de “A Bruxa de Blair”, soube utilizar e seguir com a estética do found footage (imagens documentais amadoras falsas, encontradas posteriormente interminadas de forma trágica) de forma eficiente.

Como os melhores filmes de terror adulto, a obra soube fazer uso de um suspense contínuo, onde pouco era mostrado e tudo era induzido. Criativo, “Atividade Paranormal” era uma fonte pura de diversão, que trazia novos ares ao cansado gênero, e reproduzia o nervosismo no público como uma ida ao trem fantasma, ou a um simulador do gênero. Não era tanto um filme (atores, diálogos, etc.), mas sim uma grande brincadeira satisfatória e, é claro, uma máquina de sustos. Foi também um dos maiores sucessos do gênero, arrecadando quase 200 milhões de dólares em todo o mundo (em contraste a seu orçamento de 15 mil dólares). E aí começou a maldição do filme. O estúdio vendo a mina de ouro que tinha em mãos decidiu continuar apostando em algo que não necessitava de continuação. Para que pagar os realizadores para fazerem algo novo, expandindo sua criatividade, se podem apostar no time que está vencendo. Chegando agora a seu quarto exemplar, que assim como as séries citadas dos anos oitenta carimbou cada ano da nova década com um filme dessa franquia, “Atividade Paranormal 4” segue a linha narrativa se mantendo fiel ao que foi confeccionado desde o filme original: um terror minimalista onde pouco é mostrado, muito é imaginado, e o clima tenso reina.

O vídeo acima explica a cronologia de toda a série, onde aparentemente esse quarto episódio se encaixaria logo após o primeiro filme, sendo o segundo e o terceiro de fato os primeiros. Aqui, uma típica família americana de classe média alta começa a ser aterrorizada por estranhos eventos. Essa é a sinopse de basicamente todos os filmes dessa série. Tudo começa quando um menino, que mora na casa em frente, tem sua mãe hospitalizada. Sem nenhum parente próximo, a família protagonista decide ficar com o menino (só mesmo em filmes de terror mirados aos jovens temos explicações tão capengas e simplistas). As situações bizarras e improváveis (e não estou me referindo ao terror) não importam muito aqui, afinal o que o público pagante quer ter é sua cota de sustos, e isso é mais que garantido em “Atividade Paranormal 4”; que no geral, dentro dos padrões do subgênero, não desaponta muito e consegue inclusive criar cenas genuinamente assustadoras (como o impressionante e histérico final). O maior problema quanto a essa série (assim como as outras citadas) é: por que iríamos querer ver sempre mais do mesmo? E outro, por quanto tempo os fãs irão pagar para ter sempre a mesma coisa repetida, se podem exigir novidades?

Crítica por: Pablo Bazarello (Blog)

 

 

Atividade Paranormal 3

 

Há uma vertente recente que assola do cinema estadunidense. Desde o assombroso sucesso de A Bruxa de Blair (1999), uma série de produções se diz constituída de gravações reais de fenômenos sobrenaturais.

Em 2007 começou outra franquia que faz uso desse subterfúgio para amedontrar seus espectadores.

Atividade Paranormal 3 (Paranormal Activity 3) usa todos os recursos estéticos dessa forma de terror, mas abdicou de tentar enganar seu público se fazendo passar por algo real (algumas das produções do gênero não têm créditos finais e até escondem o verdadeiro nome de seus atores).

A franquia faz um caminho narrativo interessante. Conforme um novo filme chega, na verdade o que se revela são eventos anteriores aos títulos mais antigos. Nessa lógica, Atividade Paranormal 3 conta a infância de Katie, personagem presente desde o primeiro capítulo da série.

Em 1988, a casa onde ela mora com sua mãe, irmã e padastro começa a se tornar o cenário de eventos inexplicáveis. Dennis, o padastro, trabalha com filmagens de casamentos. Depois de uma estranha imagem gravada quando uma câmera é deixada ligada durante um terremoto, o rapaz decide instalar câmeras pela casa para tentar entender o que está acontecendo.

É nesse ponto em que o terceiro terror torna-se refém de suas amarras. Para conseguir dar sentido para tudo o que se passa, em algumas cenas não há uma razão clara para a câmera estar ligada. Em outros momentos, o roteiro força a barra para que os personagens carreguem a câmera para onde algo interessante acontece. Faria mais sentido se, no calor do momento, o aparelho fosse deixado para trás.

Por outro lado, o mérito dos sustos e da tensão deve ser creditado a Atividade Paranormal 3. Toda a apreensão que o espectador sentirá ao ver o filme é obtida na confiança de uma direção de câmera bem pensada e em uma história intrigante. Assim, suor na palma da mão, uma inquietação na poltrona e o coração acelerado será uma constante para quem está disposto a enfrentar esse filme.

A flexibilidade de não tentar parecer filmagens reais não foi tão grande a ponto de incluir trilha musical no filme. Diferente do que acontece com Quarentena (2008), não é inventada uma desculpinha do tipo canos-velhos-que-rangem-exatamente-nos-momentos-tensos para que o filme tenha uma trilha musical.

 


Crítica por:
Edu Fernandes

 

 

Atividade Paranormal 2

 

Lançado há um ano atrás em grande escala após a Paramount comprar os direitos do filme, Atividade Paranormal 1 pode não ter sido uma inovação em gênero de terror documental, mas a justificativa de câmera digital em primeira pessoa era plausível.

Com um orçamento de 11 mil dólares, o filme fica acima da média com sua história simples bem contada e efeitos visuais bem produzidos. O filme trouxe um revival no gênero de filmagem totalmente independente.

Na seqüência lançada agora nos cinemas, todos os elementos estão de volta, inclusive os personagens Kate e Micah.

Os eventos do segundo filme precedem à história do primeiro, chegando ao ponto em que ambas se encontram e explicam os eventos ocorridos no primeiro longa.

Kristi, irmã de Kate acaba de ter um filho com Daniel que já é pai de uma adolescente. Após vivenciarem um suposto arrombamento em sua residência, Daniel resolve instalar um sistema de câmeras de segurança para monitoramento de todos os cômodos de sua casa. O trio também tem o costume de filmar tudo que acontece ao redor até que as situações estranhas começam a ocorrer, fazendo o trio de personagens acreditarem que vivem em uma casa mal assombrada.

Logo no início da exibição a mensagem na tela, em nome da Paramount, pede desculpas pelas mortes das pessoas envolvidas no relato por vir, tentando vender ao público que a história a ser contada é de fato real.

A Paramount na verdade deveria pedir desculpas pelos absurdos erros seqüenciais na trama e repetição incessante de cenas já utilizadas.

Hora objetos aparecem em cena, hora somem e de repente estão lá mais uma vez. Como na cena de discussão logo após a adolescente ficar trancada para fora de casa, repare na mesa que a faca está lá, corte brusco de cena e a faca desaparece, mais um corte brusco e a faca retorna agora acompanhada por correspondências (?). Esse é somente um dos erros que reparei, convido todos a se divertirem procurando os objetos do mal que subitamente aparecem em cena, não porque a casa é assombrada, mas porque a produção não prestou muita atenção.

Outro ponto ruim na trama é a justificativa de uso da câmera em 1ª pessoa para filmagem. No início do filme funciona como um relato pessoal da família para registro do bebê recém-nascido e acontecimentos de cotidiano, mas ao longo da história ver as personagens discutindo sobre traumas espirituais de infância ou pesquisar na internet sobre pactos com o demônio simplesmente não convence!

A repetição de cenas, a fim de criar uma atmosfera de suspense, causa nada mais do que irritação e desapontamento, pois os elementos de sustos são os mesmos: barulhos de fundo, portas que fecham sozinhas, objetos que caem e pessoas sendo arrastadas, não trazendo nenhuma inovação ao gênero documental ou para a franquia Paranormal.

Dando ênfase ao aspirador de piscina ou a panela que insiste em cair, quando o filme chega ao clímax, onde esperamos que algo terrivelmente assustador finalmente aconteça, o espectador já está tão saturado de prestar atenção nesses simples objetos por uma hora e meia, que as cenas finais acabam passando despercebidas.

Minha única e maior dúvida é porque a Paramount não fez uma prévia exibição do filme para críticos e imprensa especializada? – Em resposta talvez, por ser uma produção com orçamento e equipe superiores ao primeiro filme, a seqüência simplesmente não funciona como deveria, ficando bem abaixo da produção do longa original.

O único elemento que talvez funcione nessa franquia é o clima de discussão gerado fora das telas no primeiro filme devido a uma engenhosa máquina chamada publicidade.


Crítica por: Caio Cavalcanti

 

 

Atividade Paranormal

 

Sinopse: Desde a infância, Katie sempre foi assombrada por algum tipo de ser sobrenatural. Quando ela começa a morar com seu namorado Micah, ele resolve comprar uma câmera para registrar os estranhos eventos.

O orçamento para a produção de Atividade Paranormal (Paranormal Activity) foi de US$ 11 mil, um valor irrisório perante as megaproduções milionárias hollywoodianas. Os custos foram tão baixos por causa de um elenco restrito e a locação gratuita, já que se trata da casa do diretor. Mesmo assim, o filme já bateu a marca dos US$ 100 milhões, tornando-se a fita proporcionalmente mais rentável da História.

Pelo fenômeno nas bilheterias e pela premissa de um pseudodocumentário de suspense, é impossível não compará-lo com A Bruxa de Blair (1999). Para quem achou que a produção mais antiga fica se arrastando por muito tempo com os protagonistas perdidos a maior parte do enredo, a boa notícia é que o novo filme não sofre desse mesmo mal, tendo uma gradação mais bem construída.

Atividade Paranormal aposta que é muito mais assustador o sugerido do que o explícito. Dessa forma, pequenos detalhes como um barulho distante ou uma sombra quase imperceptível fazem os músculos dos espectadores se tencionaram. Com essa abordagem mais minimalista, a história contada na tela fica muito mais próxima dos causos de mistério que ouvimos como sendo reais.

Com o desenrolar das coisas, torna-se necessária a participação de efeitos especiais e eles cumprem muito bem a missão. Nesse tipo de filme, o menor erro por parte dessa área poderia pôr tudo a perder.

Para checar se seus nervos estão em dia, essa é uma ótima opção.

Para ver o trailer, clique aqui.

 


Crítica por:
Edu Fernandes (HomemNerd)

 

 

Atividade Paranormal

 

Um filme com a seguinte a premissa: Casal de jovens se muda recentemente para uma casa onde durante a noite acontece fenômenos sobrenaturais que são registrados e documentados com um a câmera; poderia ser apenas mais do mesmo que temos visto nesse gênero ultimamente. No entanto Atividade Paranormal não fica atrás de nenhum filme de terror que se preze.

Rodado em 2007 pelo diretor Oren Peli, custou apenas 16 mil dólares e foi bem elogiado nos festivais onde passou chamando atenção da Paramout que comprou os direitos e fez o filme cair no grande circuito comercial. Os atores estreantes Micah Sloat e Katie Featherstone receberam apenas 500 dólares para participar da empreitada, toda filmada na casa do diretor. Porém o filme não decepciona e não deixa o espectador descansar da tensão em nenhum momento, pois tudo pode ser uma pista ou explicação dos acontecimento, todos filmados pelo rapaz (Micah Sloat), que leva tudo como uma experiência curiosa do sobrenatural.

No entanto, as coisas começam a ficar mais sérias quando sua esposa passa a ser atacada fisicamente, a tensão em cada cena do quarto é assustadora e o público fica na expectativa de que algo vai acontecer cedo ou tarde, tudo enquanto ambos dormem.

Quando não despertados por sopros no ouvido, barulhos pela casa ou quando em umas das cenas mais apavorantes, em que a moça (Katie Featherstone) tem uma de suas pernas puxadas para fora da cama de uma forma assustadora, mostrando que a entidade não veio pra brincar.

Toda a trama é contada no estilo Bruxa de Blair, o que torna tudo mais verossímil e apavorante, as atuações para dois estreantes não deixa a desejar já que a química entre eles é boa.

Tanto sucesso fez o filme ser o novo hit nas redes sócias e já gerou a proposta de uma seqüência que começa a ser analisada. Diante de tudo isso, Atividade Paranormal é um filme imperdível. E como diz o slogan da produção: “Não assista sozinho”.


Crítica por:
Yndrews Filliph

 

 

Atividade Paranormal

 

 
Esse filme tem sido a prova de que não é preciso orçamentos astronômicos e litros de sangue falso para se fazer um bom filme de terror.

Com uma história simples, Atividade Paranormal tem o mérito de dar medo, mas não é só aquele medo enquanto se assiste, com certeza após assisti-lo você irá pensar duas vezes na hora de apagar a luz do quarto e ir dormir.

Com cenas tensas e perturbadoras, o filme dá um novo ar ao subgênero de assombrações. Os personagens do filme, Micah e Katie, dão um show de interpretação e são melhores que muitos atores que vemos recentemente nas telas, em determinado momento do filme, você passa a acreditar que tudo aquilo está acontecendo de verdade.

Destaque para os gritos de Katie na cena em que é literalmente, arrastada de sua cama.

A filmagem feita com câmeras ‘’caseiras’’ dá uma realidade imensa ao filme. Eu fico pensando o que seria de Atividade Paranormal se fosse feito por um grande estúdio com o orçamento nas nuvens. Com certeza seria, correria, gritaria, sustos fáceis, muito sangue e muitos efeitos especiais. Felizmente a prova que ficou ao final do filme é que nem tudo isso importa, o que vale mesmo é o clima de tensão estabelecido e o pensamento contínuo de ‘’O que vai acontecer agora?’’. Todas as cenas, sem exagero, todas as cenas passadas no quarto, você morde as unhas, tentando ver algo acontecendo e quando você menos espera, está pulando da poltrona. Nada de sustos fáceis.

Enfim, Atividade Paranormal merece to o hype que está tendo e com certeza ainda fará milhões nas bilheterias mundiais. É uma pena que já estão planejando uma seqüência, para este filme brilhante, que a meu ver já está completo.

 

Crítica por: Victor Piacenti

 

 

Até que a Sorte nos Separe

 

O tempo e o dinheiro fazem as pessoas mudarem? As cenas forçadas logo em seu início já indicavam dor de cabeça aos amantes da sétima arte. Dirigido por Roberto Santucci, “Até que a Sorte nos Separe” é a mais nova comédia pastelão nacional.
Sem entrar em detalhes muito à fundo, existem atuações terríveis que derrubam qualquer pretensão de boas críticas. O filme é tão brega que só faltava a trilha sonora ser feita pelo Falcão.

Na trama, conhecemos o simpático Tino (interpretado pelo humorista Leandro Hassum) um milionário que gosta do Mickey, tem medo do boneco Chuck e ganhou na loteria muitos milhões de reais. Levando uma vida de seus sonhos mora junto com a mulher (viciada em aplicações estéticas) e os dois filhos em um imenso casarão num bairro chique. Certo dia, após ter diversos cartões de crédito recusados Tino vai saber o que houve, o personagem cai na real após uma conversa com o homem que cuida de suas finanças e percebe que conseguiu a proeza de gastar todo o dinheiro que ganhou. Para tentar consertar a situação começa a controlar os seus gastos e os de sua família.

Leandro Hassum consegue entreter a platéia, tira completamente a atenção de outros personagens. Mas se for para ver um stand up comedy é melhor pagar o ingresso no teatro para ver o Hassum. Nas partes com o mínimo de cenas mais sérias o filme naufraga mais rápido que o Titanic. A melhor parte da fita é quando toca algo parecido com o tema do clássico “Flashdance”, mas nesse caso o desejo cinéfilo é de correr para casa e ver o filme de Adrian Lyne.

Poderia ter explorado melhor a questão do consumismo, o gasta tudo com dinheiro vai da mulher gato aos toques do ‘zainer’. A esposa com 28 cirurgias plásticas passa batida pela fraca trama. O vizinho de Tino, um viciado em gráficos e análises estatísticas que sopra camisinhas furadas e foge da mulher que quer ter mais filhos parece não se encaixar em momento algum dentro da história. Resumindo, os coadjuvantes deveriam ter tido papel mas preponderante na história.

Tem dias que você precisa rir, ou só quer mesmo se divertir no cinema. A fita gera gargalhadas do público principalmente pelo ‘Stand up comedy’ do Leandro Hassum. Mas falta muito chão para chegarem em altos patamares em relação à qualidade cinematográfica.

 

Crítica por: Raphael Camacho (Blog)

 

 

Até Que a Sorte nos Separe

 

Em ‘De Pernas pro Ar‘, o diretor Roberto Santucci deu sorte em ter Ingrid Guimarães à vontade em um roteiro divertido, porém cheio de falhas. Nesse ‘Até Que a Sorte nos Separe‘, nem o talento do comediante Leandro Hassum consegue salvar a produção.

Apesar de tirar alguns risos da plateia, a comédia não consegue decolar em nenhum momento, ficando à mercê de uma direção insegura e excesso de clichês com piadas desgastadas.

Livremente inspirado no best seller ‘Casais Inteligentes Enriquecem Juntos‘, de Gustavo Cerbasi, o filme conta a história de Tino, um pai de família que tem sua rotina transformada ao ganhar na loteria. Em dez anos, o fanfarrão gasta todo o dinheiro com uma vida de ostentação ao lado da mulher, Jane.

Ao descobrir que está falido, Tino, contrariado, é obrigado a aceitar a ajuda de Amauri, seu vizinho, um consultor financeiro nada divertido e extremamente econômico que, ao mesmo tempo, enfrenta uma crise no casamento com Laura. Quando Jane engravida do terceiro filho, Tino faz de tudo para esconder da esposa que estão na lona – a recomendação médica é que a grávida evite fortes emoções. Nessa missão, ele vai contar com ajuda de Adelson, seu melhor amigo, e dos filhos, em uma comédia de erros com situações hilárias.

Leandro Hassum está divertido como sempre, mas não consegue segurar a comédia sozinho. Nem a cena em que ele dança Flashdance consegue tirar gargalhadas da plateia, e acaba beirando o mal gosto. Danielle Winits cumpre exatamente o papel a que foi submetida, e tem uma atuação acima do normal. O casal demonstra química, mas sofre com o roteiro raso e a direção de Santucci.

Até Que a Sorte nos Separe‘ é diversão instantânea, daquelas que te faz rir por alguns segundos e já pode descartada de seu cérebro. No final, a produção passa uma mensagem positiva: Afinal, dinheiro traz ou não traz felicidade?

Se trouxer, não é comprando o ingresso desse filme que vai te fazer mais feliz…

 

Astro Boy

 

 

Sinopse: Dr. Tenma é um cientista genial que, durante uma demonstração, perde seu filho em um acidente. Para preencher a lacuna, ele constrói uma réplica robótica perfeita de Astro.

A história contada em As Aventuras de Pinóquio (1883) é fascinante e universal. Além das inúmeras adaptações para outros meios, a vontade de ser aceito como “um menino de verdade” serve de inspiração para outros produtos. Filmes como A.I. – Inteligência Artificial (2001) e o conto “O Homem Bicentenário” dialogam com o boneco italiano.

Astro Boy engorda essa lista de obras que se inspiram em Pinóquio, sendo que aqui há uma semelhança a mais: a figura do pai e criador também se confundem. Dr. Tenma pode ser considerado um Gepeto tecnológico.

O anime que inspirou esse filme foi produzido nos anos 60, sendo exibido nas décadas subsequentes. Muitos mangás e séries televisivas depois, a legião de fãs é numerosa e variada, com os mais antigos já ostentando cabelos brancos. Por essa razão, a decisão de lançar somente cópias dubladas no circuito brasileiro é altamente condenável.

Mesmo assim, é preciso ressaltar a qualidade do trabalho dos dubladores. O ator e apresentador Rodrigo Faro merece elogios por conseguir ser convincente ao dar a voz para um personagem que é vinte anos mais novo do que ele.

No final das contas, Astro Boy é uma animação divertida e empolgante para as crianças, podendo arrebanhar um novo público para o menino-robô. Por outro lado, os fãs veteranos podem não receber a produção com bons olhos.

 


Crítica por:
Edu Fernandes (HomemNerd)

 

 

Astro Boy

 

Estreia nessa sexta a animação Astro Boy, da Paris Filmes. Para quem não sabe, o Astro Boy é um famoso mangá criado pela conhecida dupla Osamu Tezuka & Akira Himekawa na década de 50. Fez tanto sucesso na época, que até uma série sobre o personagem foi criada no Japão. Porém, quem dirigiu o filme foi um americano: David Bowers (Por Água Abaixo).

Em inglês, quem faz a voz do Astro Boy é o fofo Freddie Highmore (A Fantástica Fábrica de Chocolate). No Brasil, quem o dublou foi Rodrigo Faro. No começo foi estranho, pois, afinal, Faro já não é um adolescente faz tempo. Mas depois você acaba acostumando. A história do filme já começa triste, com o filho do cientista, Toby, morrendo. E, para não perder o filho por completo, o pai resolve transformá-lo num garoto-robô, sem ele saber. O jovenzinho começa a perceber que existe algo estranho e, sem querer, descobre que é super poderoso.

Seu pai fica infeliz e arrependido do que fez e resolve “desligar” o garoto, depois que ele descobre a verdade. Chateado, Toby foge de casa e assume o codinome Astro Boy. No entanto, sua ingenuidade e desejo de ser aceito do (novo) jeito que é, o leva a ser enganado por pessoas de fora e de repente se vê tendo de enfrentar forças muito maiores das que possui.

Apesar do longa ser para o público infantil, os adultos irão gostar de filme também. É bem feito, divertido e tem uma narrativa inocente mas ao mesmo tempo realista, pois dá algumas indiretas de com o ser humano não cuida da Terra.

Ok… esse assunto para nós, adultos, já está batido. Mas, para crianças, qualquer conscientização, mesmo que indireta, é válida.

 


Crítica por:
Janis Lyn Almeida Alencar (Blog)