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A Vida Secreta de Walter Mitty (2)

O Mundo Imaginário de Ben Stiller

Com um dos melhores trailers do ano, A Vida Secreta de Walter Mitty fez diversos críticos de cinema segurarem suas listas dos melhores até poderem conferir a nova obra dirigida e protagonizada por Ben Stiller (Vizinhos Imediatos do 3º Grau). Infelizmente, a reação geral é de que a obra será difícil ser encontrada em tais listas. Não que seja ruim, mas com o nível das produções que vimos este ano, e principalmente as que chegam nos Estados Unidos sedentas de prêmios, Walter Mitty não apresenta um desafio à altura.

Walter Mitty foi bem sucedido no quesito de esconder sua trama. Todos estamos cansados de produções que contam tudo em seus trailers, guardando bem pouco para o público pagante dos cinemas. Nada sabíamos de sua trama, apenas que seria um filme de alto conceito. Na verdade, após termos assistido ao filme percebemos que realmente não existe muito. Essa é uma história bem simples e nem um pouco complexa. Nada contra, afinal dessa descrição já nasceram muitas obras-primas. E um filme simples, mas bem trabalhado é sempre melhor do que uma bagunça que deseja falar sobre mil coisas de uma vez.

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Walter Mitty, papel do também diretor Ben Stiller, é o típico sujeito retraído que simplesmente deixa sua vida passar por ele, sem muito domínio da coisa ou grandes interações. Apaixonado por uma colega de trabalho, vivida por Kristen Wiig (Minha Vida Dava um Filme), ele é incapaz de demonstrar grandes avanços. Walter passa o dia a sonhar com ela, mas não apenas isso, o sujeito parece simplesmente sonhar acordado constantemente, como uma espécie de distúrbio.

A chegada de um chefe cretino, e a perda de um fotograma complicam a vida profissional do protagonista também. O fato faz com que Walter tenha momentos decisórios em sua vida, ao sair pelo mundo em lugares exóticos, em busca do tal negativo que se encontra em posse do fotógrafo aventureiro Sean O´Connell – papel de Sean Penn (Caça aos Gângsteres). A escolha narrativa de Stiller é interessante, e o filme sem dúvidas ganha muitos pontos por seu visual maravilhoso.

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Devido aos constantes devaneios do protagonista, a história pode fazer uso de momentos non sense, passados apenas na mente do personagem, mas traduzidos para o público de forma visual e muito cômica. Entre eles, temos a explosão de raiva de Walter em relação ao chefe (na qual os dois saem voando pelo prédio após atravessarem o elevador – momento mostrado no trailer), ou uma que traz Wiig e Stiller como dois idosos senis. Mas não é apenas em momentos de delírio que Stiller, o diretor, satisfaz. A fotografia de Stuart Dryburgh (O Piano) cria momentos belíssimos com as aventuras reais de Stiller igualmente.

De uma descida de skate por ruas íngremes, passando por um pulo no mar de um helicóptero e um vulcão em erupção, até uma simples partida de futebol, A Vida Secreta de Walter Mitty quase se comporta como um guia de turismo exótico em vídeo. E quem não gosta de viajar? Apesar de tudo isso, ao final o sentimento é o de que não existe muito no que segurar. Esse é um filme que possui “muita cobertura e pouco recheio”.

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Afinal, a história do perdedor que precisa dar a volta por cima, mudar sua vida, triunfar profissionalmente, e ainda conquistar a garota de seus sonhos está mais do que batida, e já foi feita muitas outras vezes em obras melhores. Precisa existir um diferencial que crie empatia em cada um de nós, caso contrário será apenas mais um. Imagine do seguinte prisma: Como seria o filme sem toda a parte visual dos devaneios do protagonista? E a resposta é que perderia grande parte de seu impacto. Assim como Comer, Rezar e Amar (2010), a obra termina com gosto de ego trip. O que vale, e muito, a pena ser mencionado é a fantástica música “Dirty Paws”, da banda islandesa Of Monsters and Men, que faz parte da trilha.

Minhocas (2)

Quem dera fossem as minhocas de Worms

É muito duro falar mal do cinema brasileiro. Só quem acompanha de perto sabe o quanto é difícil criar cinema no nosso país. A falta de infraestrutura e incentivo para uma arte produzida num país apenas com o apoio financeiro de seu governo basicamente (que já tem problemas demais em mãos) tem como resultado apenas apostar no seguro. Nada de arriscar com o inusitado ou diferente, afinal custa dinheiro (e muito).

Existem poucas tentativas de gêneros em nosso país. Aqui só emplacam comédias (com astros reconhecíeis da TV) e um ou outro filme de gêneros diferentes, vide Tropa de Elite e 2 Coelhos. Tudo isso para chegarmos até Minhocas, a primeira animação em stop motion nacional. Baseado num curta-metragem ganhador de prêmios, o filme é dirigido por Paolo Conti e Arthur Nunes, que também criaram a ideia original.

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É muito difícil e ruim falar mal de um filme tão inofensivo quanto Minhocas, mirado para um público muito novo, e recomendado apenas para eles. De vez em quando temos animações com teor um pouco mais adulto, que se beneficiam de piadas que só os pais entendem. Esse não é um caso destes. Os pais que forem levar seus filhos poderão correr o risco de ficar com tendinite de tanto olharem o relógio, mesmo a animação fazendo uso de apenas 82 minutos de projeção.

É difícil inclusive dizer sobre o que Minhocas trata. Mas vamos lá. Júnior é uma jovem minhoca que sonha um dia se tornar tão intrépido quanto seu herói Mister Jumping, sátira de Evel Knievel em versão minhoca. Um acidente o joga, junto com seu amigo Neco, numa espécie de submundo. O local é comandado por Big Wig, o vilão da trama. Ele é um inseto que deseja controlar todas as minhocas. Para isso, o vilão desenvolve um sistema de hipnose com transmissão pela TV, que transforma minhocas em zumbis.

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No percurso, nossos heróis conhecem Linda, uma minhoca órfã que vive nesse horrível território hostil como falta de opção, e se tornou uma sobrevivente. Mesmo sendo completamente inofensivo, Minhocas promete testar a paciência do público, digamos acima de 5 anos de idade. O filme é simplesmente bobinho demais, e talvez funcionasse melhor com um lançamento direto em vídeo, ou uma exibição na TV no sábado de manhã. Com o nível de animações que as crianças tem como oferta hoje em dia, vide Frozen (em breve em cartaz), é difícil acreditar que irão se contentar com Minhocas.

A técnica de animação em stop motion é uma arte quase perdida, e eu sou um de seus mais fervorosos defensores. É claro que não temos o nível de capacidade técnica de um estúdio como Laika, mas o que está em jogo aqui não é a arte, que não deixa exatamente a desejar. A dublagem é igualmente satisfatória, com as vozes de gente como o versátil Daniel Boaventura (dublando dois personagens importantes), a música Rita Lee e o lutador e dublê de ator Anderson Silva.

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Mas se os realizadores tinham à sua disposição essas que são as partes mais difíceis, por que não caprichar mais no roteiro? Sabe os insistentes filmes de Xuxa Meneghel e Renato Aragão, que ganhamos todos os anos (ou ganhávamos pelo menos), Minhocas é algo desse nível. Além disso, diversos outros elementos na produção possuem um gosto duvidoso, para não dizer mau gosto. O filme não possui um timing cômico, e é muitas vezes excessivamente violento para o seu público-alvo, além de repugnante.

O exemplo disso é que um dos capangas do vilão usa como arma secreções saídas do nariz, para prender e jogar nos protagonistas. Tal personagem também possui uma aparência horrenda que promete causar pesadelos nos menores. Em outro momento, a saliva de um dos zumbis é misturada no café de outro personagem, que o bebe. Esse tipo de humor sujo é geralmente encontrado em filmes adolescentes, que também envolvem sexo e muita escatologia. Minhocas é simplesmente um filme perdido no limbo cinematográfico, que sairá vitorioso se ao menos conseguir encontrar ou definir um público-alvo.

Questão de Tempo (2)

Uma atípica comédia romântica que encanta por suas passagens e sutilezas.

Pode-se dizer que Richard Curtis é especialista em realizar comédias românticas que, não por acaso, abordam temas além da paixão, que acabam destacando-se mais que a própria plot central. Foi assim quando escreveu o eficiente Um Lugar Chamado Notting Hill em que, em segundo plano, tratava sobre as oportunidades que surgem em nossas vidas, e que por certas convenções sociais, deixamos passar; ou em seu primeiro longa-metragem como diretor, Simplesmente Amor, que numa série de contos, apontou a importância do sentimento, surgindo como o grande elo e solução para todos os casos.

O subgênero referido sempre sofreu certa abusão por parte dos espectadores, principalmente do público masculino, que erroneamente engessaram o estilo, numa espécie de redoma particular, e rotulam como tolas e sentimentaloides, as passagens contadas. Certamente não viram títulos como Embriagado de AmorAlguém Tem que Ceder ou mesmo o clássico Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, que caminharam pelo gênero e são obras absolutamente fantásticas, tanto em aspectos dramáticos, como artísticos. Então é um preconceito que, como bem concebe a palavra, equivocado ou sem uma mínima base teórica.

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Dito isso, é realizador ver um sujeito como o Curtis, brincando e reinventando, por que não, essa vertente; incrementando ficção, sem que isso soe bobo ou artificial. O que é visto em seu novo filme, Questão de Tempo, que escreve e dirige, com muita competência e personalidade, uma história que contém temas delicados que vão de relacionamento familiar e conjugal a conceitos atípicos de viagens no tempo. Fisgando a atenção da plateia desde o primeiro plano, quando alerta, através de uma narração em off do protagonista, que o que virá pela frente não será algo tão habitual, assim como sua ascendência.

A fita fala sobre Tim (Domhnall Gleeson), um tímido rapaz que quando completa 21 anos, descobre através de seu pai que, assim como seus antepassados, tem o poder de voltar no tempo e, ainda que não possa alterar o rumo da história, pode modificar alguns fatos que afetarão, futuramente, sua vida e das pessoas mais próximas. Desse modo, ele decide regressar ao passado, no intuito de corrigir besteiras feitas e se dar bem conquistando uma namorada, coisa com o qual sempre teve problemas. É aí que Tim conhece Mary (Rachel McAdams), uma garota de poucos amigos, mas extremamente encantadora, que parece ter sido feita especialmente pra ele. No entanto, ele sempre usa seus poderes pra ajudar amigos, o que acaba alterando o curso das coisas, fazendo com que Tim lide, de forma mais estreita, com os reais problemas da vida, além de entender que esta habilidade não poderá protegê-lo sempre dos percalços que virão pela frente.

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Na medida em que a história vai caminhando, nos surpreendemos com o rumo que Curtis vai dando a sua trama, introduzindo elementos e subtramas que serão fundamentais para que o espectador compre sua proposta anômala. O relacionamento de Tim com o pai, interpretado brilhantemente por Bill Nighy (O Fim do Mundo), é um dos pontos mais fascinantes do filme. Sua conivência, ainda que simplória, é aludida de forma muito amável e singela. Alguns diálogos são esplêndidos, e nos farão repensar fatos pessoais, fora das telas, em relação à figura paterna e todo seu legado.

Assim como o convívio ao lado de Mary – vivida por uma Rachel McAdams (Amor Pleno), que confere uma credibilidade absoluta à sua personagem –, que, aos poucos, acompanhamos o amadurecimento do casal, em várias exterioridades. E não poderia deixar de citar também o desempenho do jovem Domhnall Gleeson (Dredd), que aposta numa atuação sútil, mas que cativa por ser uma figura tão frágil e humana, mesmo com o poder que tem à sua disposição.

Referente aos aspectos técnicos, diria que a trilha sonora, assinada por Nick Laird-Clowes (Sociedade Feroz), mais instrumental que incidental, com várias canções de nomes como The KillersThe Cure e Nick Cave, tem fator importante para a película, pois é responsável por medir bem o clima passado no andamento acenado. Já a fotografia de John Guleserian (Breathe In), aposta numa de imprimir a identidade do humor de seu protagonista, com tonalidades mais claras, simbolizando a brandura de Tim e suas intenções. Igualmente a montagem de Mark Day (Harry Potter e as Relíquias da Morte), que dita bem o ritmo fílmico, com raccords inteligentes, criando elipses orgânicas, nas idas e voltas do personagem.

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Ao fim do filme, o efeito obtido é de conforto, bem como uma sessão terapêutica, que nos faz relembrar casos conflitantes, mas importantes, pois, ao final, descobrimos que estes são, na verdade, nossos melhores momentos. Lembro-me de sentir algo semelhante, vendo o excepcional Campo dos Sonhos, que abordava, com muito mais força, essa temática entre pai e filho. E da mesma maneira, dentro de uma ficção e remetendo a recordações. Mas é como aquele caso de identificação, cada um pode reagir de uma maneira distinta. Diferente da constatação que Questão de Tempo, é uma obra deleitosa e, sem duvida, o trabalho mais maduro de Richard Curtis, ainda que não seja tão complexa, do ponto de vista conceitual.

Questão de Tempo (3)

Feitiço do Tempo

O cineasta Richard Curtis parece entender o espírito humano como poucos.  O diretor neozelandês ficou conhecido por escrever o roteiro de produções britânicas adoradas como Quatro Casamentos e um Funeral (1994), Um Lugar Chamado Notting Hill (1999) e O Diário de Bridget Jones (2001). Mas apesar de ser um veterano na indústria, nos cargos de roteirista e produtor, só tem no currículo três filmes assinados na direção.

Sua estreia no comando de uma obra foi com o pé direito, num filme que se tornou essencial para a época natalina – Simplesmente Amor (2003). O clima feel good de mãos dadas com um certo teor amargo e melancólico fazem da produção recheada de astros um filme crível e humanizado. Seu segundo projeto na direção é o que mais se desvia do conjunto, mas não menos interessante. Piratas do Rock (2009) retrata uma geração e uma cultura amante de um gênero musical, numa história de amadurecimento.

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Questão de Tempo, seu novo filme, chega com um espaço de quatro anos. O filme utiliza muito da doçura de Simplesmente Amor com elementos de fantasia e drama. Tim (Domhnall Gleeson, filho do ator Brendan Gleeson) é um jovem inglês que possui uma família muito unida. Ao narrar os habituais programas de seus familiares, que incluem um cinema improvisado no jardim nas sextas-feiras, o protagonista já prende nossa atenção. É quando ao completar 21 anos, seu pai lhe traz uma notícia que mudará sua vida: ele é capaz de voltar no tempo.

O dom é uma hereditariedade passada de pai pra filho. Logo de cara, após uma “desastrosa” festa de réveillon, Tim pode comprar verdadeira a história do pai (o ótimo Bill Nighy) e ao mesmo tempo emendar algumas pontas soltas. Richard Curtis humaniza uma trama fantasiosa ao não fazer do fato o foco da história, apenas um de seus chamativos adereços. O centro é o jovem tímido e desajeitado vivido por Gleeson, cujo grande sonho é encontrar uma companheira.

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Ela chega na figura da adorável Mary (Rachel McAdams), e seu primeiro encontro juntos é algo bem diferente e basicamente nunca visto no cinema mainstream. McAdams é uma atriz que nunca me recebeu grande atenção, mas é seguro dizer que este se posiciona entre seus melhores trabalhos, e provavelmente sua personagem mais agradável. Uma das coisas mais interessantes de Questão de Tempo é que foge da fórmula do romance estruturado do cinema mainstream, apesar de fazer parte dele e querer seu público.

Na verdade, essa é uma obra inglesa, e o cinema europeu tende a ser mais realístico. Questão de Tempo também não perde tempo com clichês, e em muitos momentos fará o público coçar a cabeça para tentar descobrir por qual caminho seguirá. Um em especial é quando Tim reencontra seu primeiro amor, num desses encontros e desencontros proporcionados pelo destino. A obra apresenta somente personagens agradáveis, desses que desejaríamos que nos cercasse, e que fosse somente o que a vida nos trouxesse.

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Mais do que um romance, Questão de Tempo é um atestado de amor à família. O filme apresenta a forte união do protagonista com sua irmã mais jovem, Kit Kat (Lydia Wilson), mas principalmente essa é uma declaração ao pai. As cenas entre Gleeson (uma ótima descoberta do diretor, assim como Lydia Wilson) e Nighy prometem arrancar lágrimas do coração mais duro, ou ao menos nós na garganta.

Questão de Tempo pode ser acusado de querer falar sobre diversas coisas ao mesmo tempo, coisa recorrente nos filmes do diretor. O fato é que consegue satisfazer em quase todas as suas subtramas. O filme é acolhedor e emocionante. Promete se tornar um Cult instantâneo. Esse é um dos meus filmes preferidos do ano.

Percy Jackson e o Ladrão De Raios

 

Não é a primeira vez que vemos a Fox Film apostando na adaptação de uma franquia de livros de fantasia e aventura para conseguir se destacar nos cinemas como aconteceu com ‘Harry Potter‘ e ‘Senhor dos Anéis‘. Desde o fim da saga de Frodo e com a proximidade do fim das aventuras do bruxinho, chega aos cinemas a primeira aventura da saga ‘Percy Jackson E O Ladrão De Raios‘ (Percy Jackson and The Lightning Thief), baseado nos livros do escritor Rick Riordan, professor de mitologia grega, que transformou as histórias que contava a seu filho em livros de romances, que conquistaram de milhões de fãs no mundo inteiro.

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Para dirigir e produzir o primeiro longa da franquia, nada melhor do que Chris Columbus (diretor dos dois primeiros filmes da série ‘Harry Potter‘ e ‘Esqueceram de Mim‘), que diferente da saga do bruxo traz as telonas um filme mais voltado para adolescentes, repleto de aventura, comédia, efeitos especiais e mergulhado na cultura pop atual.

Não posso me aprofundar muito sobre se o roteiro adaptado por Craig Titley (os dois filmes da série ‘Doze É Demais‘) é ou não fiel ao livro, pois até o momento não tive a chance de conferir a obra, mas após assistir ao filme, a vontade de ler os livros da franquia aumentaram, pois o filme tem um bom ritmo, agradando a um público bem maior.

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Mas vale citar, que no filme o protagonista não tem doze anos, como no livro, ele está com dezessete anos, uma idade mais adequada para mostrar o relacionamento de Percy e Annabeth, a filha de Atenas.

Na história de ‘Percy Jackson E O Ladrão De Raios‘, os deuses da Mitologia Grega saem das páginas dos livros de Percy e entram em sua vida, pois ele descobre ser um semideus (metade humano), filho de Poseidon, deus dos mares. Ele acaba descobrindo tal novidade, quando é acusado por Zeus, rei de todos os deuses, de ter roubado o seu raio, a primeira e verdadeira arma de destruição em massa.

Percy terá que viver várias aventuras para resgatar sua mãe, Sally, uma humana, que está nas mãos de Hades, deus di submundo e irmão de Poseidon e Zeus, que também está a procura dos raios de Zeus.

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Para viver o protagonista da trama, o jovem Percy Jackson, foi escalado o ator Logan Lerman (‘Os Indomáveis’), que estreou nos cinemas interpretando o filho mais novo de Mel Gibson em ‘O Patriota’, um dos papeis de sua carreira que lhe rendeu indicações a vários prêmios. E assim como em outras franquias de sucesso, o Percy terá ao seu lado, dois amigos, o ator Brandon T. Jackson (‘Trovão Tropical’) como o sátiro Grover, o protetor de Percy e Alexandra Daddario (‘Bereavement’) como a semideusa Annabeth, filha de Atena, que se une a Percy e Grover em sua missão em busca do raio desaparecido.

Vale citar, que dos três o único personagem que chega a incomodar na história é o de Brandon T. Jackson, que se destaca dos outros por tentar ser engraçado demais em momentos importantes da história. E esse é um dos poucos pontos negativos da história, tentar ser engraçada demais em certos seguimentos e o exagero de cenas de cultura pop, como vemos na cenas na qual o trio se encontra em Las Vegas, mas nada que chegue a estragar o filme.

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Um dos grandes destaque é a trilha sonora que mesmo moderna, se encaixa perfeitamente em algumas cenas que são apresentadas e também os efeitos apresentados tanto na cena da batalha contra a hidra, como também na cena da batalha final.

Longe de ser uma produção grandiosa ao estilo de ‘O Senhor dos Anéis‘, o filmePercy Jackson E O Ladrão De Raios‘ consegue apresentar uma aventura contemporânea com muitas informações sobre a mitologia Grega, trazendo uma mensagem sobre a importância da família e da amizade, que agradará e conquistará muitos fãs.

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Se o filme terá seus outros volumes adaptados para os cinemas, só o tempo dirá, mas com certeza a Fox tem em mãos uma franquia que se for bem trabalhada e concertarem os pequenos erros do primeiro filme, pode dar certo e se destacar. Resta apenas apostar e não abandonar com os primeiros tropeços, como aconteceu com ‘As Crônicas de Nárnia‘ (Disney), ‘Os Seis Signos de Luz‘ (Fox), ‘Eragon‘ (Fox) e ‘Desventuras em Série‘ (Paramount).

 

Crítica por: Léo Francisco (PlanetaDisney)

 

 

Crítica em vídeo | ‘A Vida Secreta de Walter Mitty’, ‘Questão de Tempo’ e ‘O Jogo do Exterminador’

Acaba de sair do forno a nova edição do CineAgenda, vídeo apresentado pelo editor Renato Marafon com as estreias deste final de semana (6 de Dezembro).

Toda semana, vamos informar sobre os lançamentos e comentá-los.

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A Vida Secreta de Walter Mitty

Ben Stiller dirige e estrela A VIDA SECRETA DE WALTER MITTY, a clássica história de James Thurber sobre um sonhador que escapa de sua vida anônima ao desaparecer em um mundo de fantasia, repleto de heroísmo, romance e ação. Quando seu trabalho ao lado de sua colega (Kristen Wiig) é ameaçado, Walter decide enfrentar o mundo real e embarca em uma jornada global que transforma-se em uma aventura mais extraordinária que poderia ter imaginado.

 

Questão de Tempo

O romance, de baixo orçamento acompanha uma história de viagem no tempo. Tim (Domhnall Gleeson) é um jovem que descobre ser um viajante do tempo, e decide usar seu dom para encontrar a garota dos seus sonhos (Rachel McAdams).

 

O Jogo do Exterminador

Em um futuro próximo, extraterrestres hostis atacaram a Terra. Com muita dificuldade, o combate foi vencido, graças ao heroísmo do comandante Mazer Rackham. Desde então, o respeitado coronel Graff e as forças militares terrestres treinam as crianças mais talentosas do planeta desde pequenas, no intuito de prepará-las para um próximo ataque. Ender Wiggin, um garoto tímido e brilhante, é selecionado para fazer parte da elite. Na Escola da Guerra, ele aprende rapidamente a controlar as técnicas de combate, por causa de seu formidável senso de estratégia. Não demora para Graff considerá-lo a maior esperança das forças humanas. Falta apenas um treinamento com o grande Mazer Rackham, e depois garoto estará pronto para a batalha épica que decidirá o futuro da Terra e da humanidade.

 

‘Até que a Sorte nos Separe 2’ é o maior lançamento da história do cinema nacional

Até Que a Sorte Nos Separe 2‘, comédia de Roberto Santucci estrelada por Leandro Hassum, estreia no próximo dia 27 como o maior lançamento da história do cinema nacional, em número de salas. O filme será exibido, no fim de semana de estreia, em 734 cinemas de todo o país, quebrando assim o recorde anterior, que pertencia a ‘De Pernas pro Ar 2‘ – lançado em 718 salas em dezembro de 2012. Com roteiro de Paulo Cursino e Chico Soares, o longa é a continuação do maior sucesso de bilheteria brasileiro de 2012, ‘Até que a Sorte nos Separe‘, que foi visto nos cinemas por mais de 3 milhões de espectadores.

Gravado no Rio de Janeiro e em Las Vegas, o longa traz ainda no elenco Kiko Mascarenhas, Rita Elmôr, Rodrigo Sant’Anna, Henri Pagnoncelli e Charles Paraventi. As atrizes Berta Loran e Arlete Salles, o humorista Marcius Melhem e o lutador de MMA Anderson Silva fazem participações especiais, assim como o grande astro da comédia norte-americana Jerry Lewis.

Em ‘Até que a Sorte nos Separe 2‘, Tino (Hassum) volta a passar dificuldades financeiras ao lado da esposa Jane (Camila Morgado) e dos filhos Teté e Juninho depois de perder a fortuna que ganhou na loteria no primeiro filme. O que eles não esperavam é que Tio Olavinho fosse deixar uma herança de R$ 100 milhões ao morrer. Como último desejo, o ricaço exige que suas cinzas sejam jogadas no Grand Canyon, nos EUA. É então que Tino e a família resolvem dar uma passada em Las Vegas. Depois de se meter em muitas encrencas, Tino conta novamente com a ajuda do casal Amauri (Kiko Mascarenhas) e Laura (Rita Elmôr).

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A Vida Secreta de Walter Mitty

Você já fez algo realmente extraordinário? Com um roteiro do sempre competente Steve Conrad (À Procura da Felicidade), baseado em um personagem fantástico criado pelo escritor americano James Thurber no conto publicado na revista The New Yorker em 1939, o novo trabalho como diretor do astro de Hollywood Ben Stiller A Vida Secreta de Walter Mitty se propõe em ajudar ao público a encontrar a verdadeira beleza do sonhar contido dentro de todos nós.

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Na quimérica história, conhecemos Walter Mitty (Ben Stiller), um homem que trabalha há 16 anos em uma revista de grande circulação chamada Life sendo gerente da parte de processamento de imagens. Walter é tímido, tem poucos amigos e possui uma imaginação que ultrapassa qualquer limite da definição de absurdo. Em suas experiências memoráveis dentro de seus sonhos, o pacato cidadão possui inúmeras histórias fantásticas. Porém, na realidade, sofre por não conseguir se aproximar da mulher que ama e enfrentar de frente os grandes vilões de sua vida. Quando seu emprego é colocado em risco, Walter (um surpreendente e exímio skatista) parte em uma jornada muito mais fantástica que qualquer outro sonho já visto.

O roteiro é muito consistente deixando o público louco para saber o que virá na sequência das ações do protagonista. O filme mistura fantasias mirabolantes e realidade, o espectador precisa ficar atento para saber o que cada cena significa. Entre paisagens lindas, diálogos cômicos, e uma cena impagável fazendo analogia ao ótimo filme de David Fincher O Curioso Caso de Benjamin Button, A Vida Secreta de Walter Mitty é mais um daqueles filmes que ficará dentro de sua memória cinéfila durante muito tempo.

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Um dos pontos altos desse projeto é o estupendo trabalho de Ben Stiller (quem diria?!), tanto na atuação, quanto na direção. Consciente e entendendo cada detalhe de seu curioso personagem, domina as grandes cenas como um veterano das telonas. Entre fantásticos sonhos e cenas puxadas ao drama, Stiller consegue ser simples e profundo ao mesmo tempo mostrando uma delicadeza absurda para que junto de seu personagem nos mostrar a beleza que existe na redescoberta da vida.

A trilha sonora assinada por Theodore Shapiro (O Diabo Veste Prada) é espetacular, o espectador se sente a todo instante fazendo parte da jornada de Walter Mitty. Outro ponto a ganhar destaque são as cenas entre Ben Stiller e Kristen Wiig (quem diria (2)?!). Essa última,  quando deixar de fazer comédias pastelões inúteis e ridículas como Missão Madrinha de Casamento, mostra que tem potencial de algum dia ser uma atriz muito interessante.

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Contando também com a participação mais do que especial do ganhador do Oscar Sean Penn, A Vida Secreta de Walter Mitty se consolida a cada minuto de fita como um retrato maduro entre a realidade e a ficção. Então pessoal, o jeito é seguir o ABC de Walter Mitty. Veja o mundo. Os perigos que virão. Chegue mais perto. Sinta. Esse é o propósito da vida. Não percam essa fabulosa experiência cinematográfica que Jung iria amar. Bravo!

Minhocas

Após os cinéfilos de todo o mundo conferirem A Noiva Cadáver, Fuga das Galinhas e Mary and Max, entre outros ótimos filmes que adotam a técnica do Stop Motion como modelagem para as telonas, chega aos nossos cinemas na próxima sexta-feira 13 uma aventura bem longe de ser uma experiência apavorante, estamos falando do cativante Minhocas. A corajosa produção é a primeira experiência de nosso cinema nessa técnica de animação adotada por grandes diretores de todo o planeta, como o genial Tim Burton.

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Inspirado em um curta-metragem homônimo, vencedor de 11 prêmios no Brasil, incluindo Animamundi e o Festival de Gramado, Minhocas conta a história de Júnior, um menino sonhador que sofre por não conseguir se incluir nas conversas, jogos e animações da turminha que conhece. Certo dia, após ser desafiado por alguns colegas, é cavado para fora da terra onde vive, indo parar em um lugar novo e perigoso. Assim, vive uma série de aventuras ao lado dos amigos Nico e Linda procurando um jeito de voltar para casa.

Como toda a animação, a dublagem é um ponto fundamental para o sucesso com o público. Os dubladores envolvidos nesse projeto conseguem captar muito bem a essência de cada personagem, resultando em ótimas cenas. O público, tanto o infantil como o adulto, recebe e interage com os acontecimentos da história. O roteiro se divide em partes para a criançada e em partes para os adultos. Essa divisão, gera uma desencaixe nas interações pois existem algumas mensagens que os baixinhos vão conseguir entender. Porém, esse argumento não desqualifica de maneira nenhuma a produção.

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O interessante projeto, longe de ser uma obra-prima, consegue com poucos elementos chegar ao seu objetivo de passar uma mensagem educativa. Entre os rasos diálogos, encontramos mensagens bem profundas sobre ecologia, cidadania e amizade. Os próprios personagens são cativantes por conta, exatamente, dessas interações que chegam aos ouvidos da criançada, de forma leve e descontraída. O papai e a mamãe que forem levar os filhos para conferir essa animação irão sentir que conseguiram em um só evento, divertir e levar uma mensagem bonita para sua família. Não percam!

A Vida Secreta de Walter Mitty

(The Secret Life of Walter Mitty)

 

Elenco:

Ben Stiller, Sean Penn, Kristen Wiig, Adam Scott, Shirley MacLaine, Adrian Martinez, Joey Slotnick, Alan D. Purwin, Alex Kruz, Finise Avery, Kathryn Hahn, Patton Oswalt.

Direção: Ben Stiller

Gênero: Comédia Dramática

Duração: 114 min.

Distribuidora: Fox Films

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 20 de Dezembro de 2013

Sinopse:

Ben Stiller dirige e estrela A VIDA SECRETA DE WALTER MITTY, a clássica história de James Thurber sobre um sonhador que escapa de sua vida anônima ao desaparecer em um mundo de fantasia, repleto de heroísmo, romance e ação. Quando seu trabalho ao lado de sua colega (Kristen Wiig) é ameaçado, Walter decide enfrentar o mundo real e embarca em uma jornada global que transforma-se em uma aventura mais extraordinária que poderia ter imaginado.

Curiosidades:

» Comédia dramática dirigida e estrelada por Ben Stiller.

» Trata-se de um remake do filme ‘O Homem de 8 Vidas‘, estrelado por Danny Kaye em 1947. O filme original, por sua vez, é baseado em um conto de 1939 da autoria do humorista norte-americano James Thurber.

» Steve Conrad (‘À Procura da Felicidade’) roteiriza.

Trailer:

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Cartazes:

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Fotos: