sábado , 22 fevereiro , 2025
Início Site Página 14090

Eu não Faço a Menor Ideia do que Eu Tô Fazendo com a Minha Vida

(Eu não Faço a Menor Ideia do que Eu Tô Fazendo com a Minha Vida)

 

Elenco:

Clarice Falcão, Rodrigo Pandolfo, Leandro Hassum, Daniel Filho, Nelson Freitas, Bianca Byington, Alexandre Nero, Gregorio Duvivier, Kiko Mascarenhas, Augusto Madeira, Wagner Santisteban, Camila Amado, Cristiana Peres e Bel Garcia.

Direção: Matheus Souza

Gênero: Romance

Duração: 90 min.

Distribuidora:Vitrine Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 20 de Dezembro de 2013

Sinopse:

Clara (Clarice Falcão) está indecisa em relação às suas escolhas. A jovem está cursando a faculdade de Medicina por pressão familiar e não por vocação. Sem contar para ninguém o que está sentindo, ela passa a matar aulas no período da manhã. Durante essas aventuras matutinas, Clara conhece um rapaz que a ajuda a encontrar um norte para sua vida.

Curiosidades:

» —

 

Trailer:

YouTube video

Cartazes:

eunaofacoamenorideiadoquetofazendo_1

Fotos:

Eu e Você

(Io e Te)

 

Elenco:

Francesca De Martini, Jacopo Olmo Antinori, John Paul Rossi, Pippo Delbono, Sonia Bergamasco, Tea Falco, Tommaso Ragno, Veronica Lazar.

Direção: Bernardo Bertolucci

Gênero: Drama

Duração: 103 min.

Distribuidora: California Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia:
20 de Dezembro de 2013

Sinopse: Escondido no porão para passar suas férias de inverno, Lorenzo, um jovem de quatorze anos, introvertido e um pouco neurótico, está se preparando para viver seu grande sonho: nada de conflitos, nada de colegas chatos de classe, nada de brincadeiras e falsidades. O mundo lá fora com suas regras incompreensíveis e ele deitado no sofá, bebendo muita coca-cola, comendo atum em caixinha e com livros de terror ao seu redor. Será Olivia, que chega de repente no porão com sua agressiva vitalidade, a tirar Lorenzo de seu universo sombrio, para que ele tire a máscara de adolescente complicado e aceite o jogo caótico da vida fora de quatro paredes.

Curiosidades:
» —


Trailer:


Cartazes:

euevoce

 

Fotos:

6565-Io-e-Te-Bernardo-Bertolucci-Tea-Falco-Jacopo-Antinori-foto-di-Severine-Brigeot

eu-e-voce_bertolucci

ator-jacopo-olmo-antinori-em-cena-do-filme-eu-e-voce-1354029774989_615x470

filmes_3897_Eu-e-Voce-1

5si1zut7fyc0z1o7cz132d66k

20089257.jpg-r_640_600-b_1_D6D6D6-f_jpg-q_x-xxyxx

 

Minhocas

(Minhocas)

 

Elenco de vozes: Rita Lee, Anderson Silva e Daniel Boaventura.

Direção: Paolo Conti

Gênero: Animação Nacional

Duração: — min.

Distribuidora: Fox Film

Estreia: 20 de Dezembro de 2013

Sinopse:

Minhocas conta a divertida história de Júnior que está entrando na pré-adolescência e enfrentando uma crise existencial. Cavado acidentalmente para fora da terra e levado a um lugar distante, Júnior viverá uma incrível aventura com seus novos amigos Nico e Linda e precisará encontrar um jeito de voltar para casa, mas antes ele terá de impedir os planos de dominação de um terrível tatu-bola.

Curiosidades:

» O projeto foi desenvolvido ao longo de 5 anos, e conta com nomes de peso na dublagem: a cantora Rita Lee, o ator e cantor Daniel Boaventura e o lutador Anderson Silva.

» Inspirado no curta homônimo, vencedor do prêmio Júri infantil do AnimaMundi 2006 nas etapas do Rio de Janeiro e de São Paulo, e do prêmio de excelência do JVC Tokyo Video Festival de 2007, o filme é pioneiro no país ao utilizar a técnica stop-motion em longa-metragem.


Trailer:

YouTube video

Cartazes:

minhocas_1

Fotos:

Um Toque de Pecado

O filme ganhador do prêmio de melhor roteiro no último Festival de Cannes chegou aos cinemas na semana passada (13) causando grande euforia nos cinéfilos que não puderam conferir suas exibições na Mostra Internacional de Cinema de SP deste ano. A verdadeira identidade de uma China perdida em suas desilusões emocionais é o foco deste belo e violento trabalho de Jia Zhang-Ke (que dirigiu o excelente Em Busca da Vida (2006). Em pouco mais de duas horas de fita, entramos em um quebra-cabeça social modelado primorosamente por Zhang-Ke (que assina também o roteiro). A qualidade no modo de contar essa história transforma Um Toque de Pecado em um dos melhores filmes do ano.

um-toque-de-pecado-still-1

Quatro histórias, quatro dramas com desfechos violentos. Um mineiro indignado (Wu Jiang) que luta contra a corrupção massiva dos líderes do vilarejo onde reside. Um homem frio e calculista que regressa para seu lar com sua mobilete de poucas cilindradas na véspera de ano novo e começa uma reflexão macabra em relação às infinitas possibilidades de se viver da violência. Uma linda jovem que se envolve com um homem casado sendo levada ao limite da loucura quando é assediada por um cliente imbecil. E por fim, um jovem (quase adolescente) trabalhador fabril salta de trabalho em trabalho à procura de uma vida melhor. Os visões dessas histórias são extremamente pessimistas mas não deixa de ser uma crítica ao que ocorre longe dos holofotes da mídia quando o assunto é o desenvolvimento do Dragão.

Passado nos tempos atuais, os costumes e tradições chineses são incorporados com grande maestria pelo diretor.  Detalhistas como sempre, os cineastas orientais sabem como prender a atenção do público em poucos minutos de projeção. Entre uma sequência e outra, somos testemunhas de belas imagens que lembram a abertura do famoso seriado de David Lynch, Twin Peaks. Os atores passam uma verdade absurda em seus gestos e ações, destaque para Wu Jiang e seu personagem Dahai que deve ficar na mente de muita gente durante algum tempo.

cena-de-um-toque-de-pecado-2013-de-zhangke-jia-1386630288801-750x500

A história pode parecer um pouco confusa para alguns. São diversas tramas e elementos tendo apenas o objetivo de mostrar uma China que está escondida. O roteiro é o principal destaque do filme e não tenham dúvidas: Vão ter dezenas de cineastas norte-americanos querendo produzir um remake deste belo projeto. A questão é saber se temos a mesma sensibilidade que os nossos amigos do oriente. Essa afirmativa chega de encontro como uma crítica ao ‘novo Oldboy’  feito pelo Spike Lee que se torna uma verdadeira incógnita cinéfila.

A busca para entender o pecado é transportada das telas para as cadeiras do cinema. O oásis da prosperidade chega com um toque de pecado para cada uma dessas melancólicas e perdidas almas. Violento, sangrento, e certas vezes angustiante, são elementos que transformam Um Toque de Pecado em um trabalho que certamente Quentin Tarantino aplaudiria de pé, e quem sabe, você também.

Cine Holliúdy

(Cine Holliúdy)

 

Elenco:

Edmilson Filho, Falcão, Fiorella Mattheis, Haroldo Guimarães, Angeles Woo, Ary Sherlock, Bolachinha, Fernanda Callou, Jesuíta Barbosa, João Netto, Joel Gomes, Jorge Ritchie, Karla Karenina, Márcio Greyck, Miriam Freeland, Rainer Cadete, Roberto Bomtempo.

Direção: Halder Gomes

Gênero: Comédia

Duração: 91 min.

Distribuidora: Downtown/Paris

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 30 de Agosto de 2013 (João Pessoa e Salvador) – 20 de Setembro (Diversas praças da região centro-oeste) – 15 de Novembro de 2013 (Região Sudeste)

Sinopse:

A história é centrada em Francisgleydisson (Edmilson Finho), um homem que se esforça para manter viva a paixão pelo cinema nos anos 1970, com a popularização da TV. Totalmente falado em “cearensês”, o filme é exibido com legendas em português para traduzir o amplo vocabulário regional.

Curiosidades:

» Cine Holliúdyestreou em 12 salas de cinema no Ceará com um excelente desempenho: registrou uma média extraordinária de mais de 2,323 mil espectadores por sala, apesar de seu lançamento modesto. Mais de 80 mil ingressos já foram vendidos até agora.

» A produção nasceu como um curta-metragem, ‘Cine Holiúdy – O Astista Contra o Cabra do Mal’, vencedor do Edital no Ministério da Cultura de Curtas-Metragens em 2004. O filme de 15 minutos viajou por 20 países e foi exibido em 80 festivais, vencendo um total de 42 prêmios.

Cine Agenda:

Trailer:

YouTube video

Cartazes:

cineholliudy_1

 

Fotos:

 

Cinema Nacional bate recorde em 2013

Com 120 estreias de produções nacionais e mais 26 milhões de ingressos vendidos, o cinema nacional bateu recorde em 2013.

Segundo a Agência Nacional de Cinema (Ancine), foi o maior número de ingressos vendidos desde a Retomada, que começou em 1995 com ‘Carlota Joaquina – A Princesa do Brasil‘, de Carla Camurati.

Neste ano, os filmes nacionais somaram uma arrecadação de R$ 270 milhões, três vezes o valor arrecadado em 2012 (R$ 157 milhões).

Fenômeno nacional, a comédia  ‘Minha Mãe É uma Peça – O Filme‘ foi o filme nacional mais visto, com R$ 49,4 milhões arrecadados. Somando as estreias internacionais, foi o quarto filme mais visto do ano.

Duas produções nacionais apareceram no ranking, um progresso em relação a 2012, que teve apenas ‘Até Que a Sorte Nos Separe’. Além de ‘Minha Mãe É uma Peça’,‘De Pernas Pro Ar 2′ entrou em 7º lugar com R$ 44 milhões.

Com o sucesso, o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, e a ministra da Cultura, Marta Suplicy, anunciaram a criação de novas linhas de investimento do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA.

A operação, que contará com recursos da ordem de R$ 400 milhões, é uma ação sem precedentes na política pública para o setor audiovisual brasileiro. O montante disponibilizado equivale à soma dos valores oferecidos nas quatro convocatórias anteriores do fundo voltadas para a produção e comercialização de filmes e séries para a TV.

“Com esta medida daremos visibilidade e maior destaque à importância estratégica que este segmento da produção audiovisual brasileira sempre teve para o Fundo Setorial do Audiovisual e para a cinematografia brasileira”, afirmou Manoel Rangel.

The Rock foi o ator mais rentável de 2013

A revista Forbes divulgou a lista dos atores mais lucrativos de 2013. Surpreendentemente, ​Dwayne “The Rock” Johnson foi o ator que mais arrecadou em bilheterias. ‘Velozes eFuriosos 6‘, ‘G.I. Joe: Retaliação‘ e ‘Sem Dor, sem Ganho‘ arrecadaram US$ 1.3 bilhão do dólares.

O segundo lugar ficou com o mega astro Robert Downey Jr., líder no último ano. Ele estrelou apenas um filme no ano, ‘Homem de Ferro 3‘, que arrecadou US$ 1.2 bilhão.

Steve Carell ficou a terceira posição, graças ao sucesso da animação ‘Meu Malvado Favorito 2‘.

A publicação levou em conta quando cada astro arrecadou nas bilheterias do mundo neste ano, sem levar em conta o salário ganho.

Confira o TOP 10:

1 – Dwayne Johnson – US$ 1.3 bilhão
2 – Robert Downey Jr. – US$ 1.2 bilhão
3 – Steve CarellUS$ 964 milhões
4 – Vin Diesel – US$ 887 milhões
5 – Sandra Bullock – US$ 862 milhões
6 – Paul Walker – US$ 789 milhões
7 – Billy Cristal – US$ 743 milhões
8 – John Goodman – US$ 743 milhões
9 – Chris Hemsworth – US$ 701 milhões
10 – Jennifer Lawrence – US$ 700 milhões

Conheça as maiores bilheterias brasileiras em 2013

O FilmeB divulgou a lista atualizada com os filmes que mais arrecadaram nas bilheterias do Brasil em 2013, contabilizando o acumulado até o dia 8 de Dezembro.

Quem liderou, com folga, foi ‘Homem de Ferro 3’. O filme do super-herói da Marvel teve renda de altíssimos R$ 96,94 milhões. Mundialmente, ‘Homem de Ferro 3’ ultrapassou a marca de US$ 1,21 bilhão. Foram U$ 409 milhões arrecadados nos Estados Unidos e U$ 806 milhões no exterior.

Quando Tony Stark tem sua vida pessoal destruída, embarca em uma angustiante busca para encontrar os responsáveis. Sem saída, Stark é deixado para sobreviver por conta própria, confiando em seus instintos para proteger aqueles mais próximos a ele.

O segundo lugar ficou com Meu Malvado Favorito 2, que acumulou R$ 80,4 milhões e continua em cartaz. A sequência garantiu a mesma posição nos EUA com excelentes U$ 367 milhões. Com essa performance, o filme entrou no Top 5 de maiores bilheterias de animações de todos os tempos.

No mundo todo, a arrecadação é de U$ 918 milhões. Meu Malvado Favorito 2 teve um orçamento estimado em U$ 76 milhões (U$ 140 milhões com a inclusão de custos de marketing), bem abaixo da média das animações atuais.

Provando que o cinema mais lucrativo é o que envolve super-heróis, o terceiro lugar ficou com  ‘Thor: O Mundo Sombrio’, que arrecadou  R$ 61,1 milhões – valor que deve crescer já que o longa continua em exibição. Mundialmente, o Deus do Trovão faturou U$ 611,7 milhões.

Fenômeno nacional, a comédia  ‘Minha Mãe É uma Peça – O Filme‘ ficou com a quarta posição e  R$ 49,4 milhões arrecadados – disparado o filme nacional mais visto de 2013.

Duas produções nacionais apareceram no ranking, um progresso em relação a 2012, que teve apenas ‘Até Que a Sorte Nos Separe’. Em 2013, além de ‘Minha Mãe É uma Peça’, De Pernas Pro Ar 2 entrou em 7º lugar com R$ 44 milhões, R$ 5 milhões atrás de ‘Wolverine – Imortal’ – que faturou a sexta posição.

Em seguida, veio outro grande sucesso recente da Universal, ‘Velozes & Furiosos 6’, com R$ 49,3 milhões. O longa de ação rendeu mais de U$ 788 milhões nas bilheterias do mundo todo, ficando logo atrás de ‘Homem de Ferro 3’. Seu lucro só foi menor que o de Meu Malvado Favorito 2 porque o orçamento da produção foi mais que o dobro, estimado em U$ 160 milhões.

Em 9º e 10º, Detona Ralph e Universidade Monstros repetiram o sucesso que fizeram nos EUA. A animação ambientada no mundos dos games não figurou no ranking americano pois a estreia aconteceu muito antes que no Brasil, em novembro de 2012.

Fora do Top 10, O Homem de Aço arrecadou R$ 36,1 milhões, um valor decepcionante para um dos principais lançamentos do ano. Como comparação, a nova aventura do Superman está em 3º lugar nos EUA, à frente de Universidade Monstros e ‘Velozes & Furiosos 6’.

Confira o Top 10 de 2013:

1. HOMEM DE FERRO 3 – R$ 96.9 milhões
2. MEU MALVADO FAVORITO 2 – R$ 80.4 milhões
3. THOR 2 – O MUNDO SOMBIO – R$ 61.1 milhões
4. MINHA MÃE É UMA PEÇA – O FILME – R$ 49.4 milhões
5. VELOZES E FURIOSOS 6 – R$ 49.3 milhões
6. WOLVERINE – IMORTAL – R$ 49 milhões
7. JOÃO E MARIA – CAÇADORES DE BRUXAS – R$ 48.6 milhões
8. DE PERNAS PRO AR 2 – R$ 44 milhões
9. DETONA RALPH – R$ 42.7 milhões
10. UNIVERSIDADE MONSTROS – R$ 37.2 milhões

Abaixo, o Top 10 de 2012.

1 – Os Vingadores – R$ 130 mi
2 – A Saga Crepúsculo – Amanhecer: Parte 2 – R$ 104 mi
3 – A Era do Gelo 4 — R$ 94 mi
4 – O Espetacular Homem-Aranha – R$ 60 mi
5 – Madagascar 3 – Os Procurados – R$ 50 mi
6 – Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge – R$ 55 mi
7 – Alvin e os Esquilos 3 – R$ 39 mi
8 – Valente – R$ 37 mi
9 – Até que a Sorte nos Separe – R$ 34 mi
10 – Os Mercenários 2 – R$ 33 mi

O Hobbit: A Desolação de Smaug (3)

Caverna do Dragão

Tido por décadas como uma obra inadaptável ao cinema, o livro Senhor dos Anéis (uma trilogia) finalmente sairia do papel para as telonas de cinema no final de 2001. Todos os aficionados (nos Estados Unidos é quase leitura obrigatória) davam pulos de alegria. É claro que todo o cuidado do mundo foi tomado na hora de confeccionar essa obra tão querida. O diretor Peter Jackson ainda era uma dúvida no comando da produção. Vindo do cinema trash (Náusea Total, de 1987, e Fome Animal, de 1992) e Cult (Almas Gêmeas, de 1994), o cineasta havia comandado apenas uma produção de porte maior, Os Espíritos (1996).

Jackson cumpriu a missão, mostrou errados os descrentes, e ainda levou para a franquia da New Line quase US$3 bilhões em bilheterias, e 17 estatuetas do Oscar. Era natural que o estúdio não desistisse de sua grande galinha dos ovos de ouro. Melhor ainda sabendo que existia um material prévio do mesmo autor. O Hobbit, obra literária que precedeu Senhor dos Anéis, então foi dividido em três novos filmes (me espanto em saber que não foram quatro, como tem sido muito feito). Achar um diretor era o próximo passo, afinal Jackson havia perdido alguns anos de vida na produção da trilogia original, e voltaria apenas no cargo de produtor.

25

O indicado foi o mexicano Guillermo del Toro (Círculo de Fogo). Mas se existe o bordão “in Nolan we trust”, que se refere a confiança cega que os fãs possuem no cineasta britânico, um novo poderia ter sido inventado para o pobre cineasta mexicano, “in del Toro we don´t trust”. Com medo do projeto ficar com a marca muito particular do cineasta adorador de criaturas (mesmo depois do prestígio de O Labirinto do Fauno), o estúdio afastou del Toro e trouxe de volta Jackson – assim os cargos se inverteram, del Toro como produtor e Jackson como diretor.

O resultado foi O Hobbit – Uma Jornada Inesperada, um filme mais infantil, bonitinho e inofensivo do que qualquer um da trilogia do Anel. Assim como A Sociedade do Anel (2001), o primeiro O Hobbit (2012) serviu para reintroduzir os personagens em nossas vidas (apresentando novos) ou introduzi-los na vida de alguns – embora imagino que seja difícil algum não adepto da trilogia original se aventurar pelos novos filmes. Agora, em O Hobbit – A Desolação de Smaug, assim como As Duas Torres (2002), nos encontramos em um episódio intermediário que capricha na ação, e tem mais liberdade para desenvolver sua trama e personagens, uma vez que os conhecemos bem.

26

A Desolação de Smaug logo de início separa nossos heróis e deixa o mago Gandalf, mais uma vez vivido por Ian McKellen (X-Men: Dias de um Futuro Esquecido), sozinho em sua jornada. Os anões comandados por Thorin Escudo de Carvalho, vivido por Richard Armitage (Capitão América), são quem encabeçam todas as aventuras do longa. Bilbo, papel de Martin Freeman (Heróis de Ressaca), demonstra cada vez mais coragem e certa liderança. Num dos momentos de maior adrenalina no início, é capturado por uma enorme aranha e mumificado em sua teia.

Ao longo são muitos momentos de empolgação, que durante sua criação devem ter feito o diretor Peter Jackson se esbaldar como uma criança. Tais momentos também demonstram pura maestria na hora de fazer cinema. Quando são capturados pelos elfos, os anões realizam uma fuga em barris num rio de corredeiras, graças a Bilbo. Na cena frenética, cada canto da tela deve ser observado a fim de não perdermos nada. Tudo exala vida nessa sequência, e os realizadores a aproveitam ao máximo. O momento mais legal é quando o anão mais gorducho usa o barril de maneira inusitada quicando e rodando.

27

Visitamos um velho conhecido também, o elfo de pontaria certeira Legolas, trazendo Orlando Bloom (Os Três Mosqueteiros) de volta para a franquia e ao radar do cinema. Os novos personagens são bem vindos, e destacam principalmente Tauriel, elfa arqueira vivida pela belíssima Evangeline Lilly (da série Lost), o vaidoso rei dos elfos e pai de Legolas, Thranduil, papel de Lee Pace (Lincoln), e o humano Bard, vivido por Luke Evans (Velozes & Furiosos 6). De todos, Bard é quem parece ter o arco mais emocionante e dramático, já que é um homem amaldiçoado por uma herança de família negativa. Seu antepassado falhou ao tentar proteger a cidade do dragão Smaug, o antagonista da obra.

Por falar no dragão, Smaug aparece e o efeito é sem dúvida impactante. Mesmo num mundo no qual os efeitos visuais não causam mais tanta surpresa, a confecção do vilão do segundo Hobbit foi detalhada o suficiente para acreditarmos nele, e sentirmos pelas vidas que cruzam seu caminho. A maior vitória aqui é tornar crível algo tão bobo quanto anões combatendo um dragão. Algo saído de contos infantis para ninar crianças. A voz de Benedict Cumberbatch (Star Trek – Além da Escuridão) é grave o suficiente e traz peso ao personagem, embora tenha sido quase totalmente modificada por sintetizadores. Mesmo sem ter grande valor a não ser o de entretenimento, e longe de causar discussões ou servir de analogia política e social (como o melhor blockbuster de 2013, Jogos Vorazes: Em Chamas), O Hobbit – A Desolação de Smaug diverte e promete não deixar ninguém cair no sono.

O Hobbit: A Desolação de Smaug

Para delírio de milhares de fãs espalhados pelo mundo, chega aos cinemas a continuação da saga de Bilbo Bolseiro e Cia, O Hobbit: A Desolação de Smaug. Comandado por Peter Jackson, que faz uma pontinha nos primeiros segundos de projeção, essa continuação é infinitamente superior ao primeiro filme em relação a tudo o que você possa listar como fundamental para entreter qualquer tipo de público. Fugindo de aranhas gigantescas, chamas poderosas de um dragão assustador e monstrengos Orcs famintos por sangue, os nossos heróis, com a ajuda dessa vez de Legolas (Orlando Bloom), voltam a enfrentar inúmeros desafios em busca de seu objetivo.

tete
Orçado em US$ 250 Milhões e com 161 minutos de fita, O Hobbit: A Desolação de Smaug é o segundo filme da trilogia de adaptação do livro O Hobbit, de J.R.R. Tolkien. Nesta segunda parte, voltamos a acompanhar os novos desafios da jornada épica de Bilbo Bolseiro para recuperar o Reino dos Anões de Erebor. Bilbo, os anões e Gandalf continuam sua ingrata caminhada depois de serem salvos pelas águias nas Montanhas Sombrias (no primeiro filme), chegando até a Floresta das Trevas onde são surpreendidos por criaturas arrepiantes e pelos elfos que os capturam. Quando conseguem fugir da prisão dos arqueiros orelhudos, precisam encarar o maior desafio dessa jornada: roubar Smaug, um dragão que há muito tempo saqueou o reino dos anões do avô de Thorin e que desde então dorme sobre esse tesouro.

Ágeis, corajosos e com verdadeiros corações de guerreiros, os anões de Erebor brindam os espectadores com suas cenas quase circenses de lutas e seus diálogos sempre bem humorados. Eles lutam, ajudam, brigam entre si, mas no final do dia mostram uma união comovente que os faz não desistir de seus objetivos. A cada nova sequência, entre um brinde e outro, os guerreiros liderados por Thorin conquistam e reconquistam o público a cada minuto.

hobbit2_21

Por mais que maravilhosos personagens da trilogia O Senhor dos Anéis dêem o ar de sua graça nesse segundo filme da franquia, quem rouba a cena é Thorin. O lúcido e enigmático personagem, líder da legião dos anões, é interpretado com bastante competência pelo ator Richard Armitage (Capitão América: O Primeiro Vingador). Destemido, bravo e com uma personalidade de causar inveja a muita gente, o pequeno guerreiro exala carisma na telona.

Tauriel, personagem de Evangeline Lilly (Ex-Lost), adiciona muita emoção à trama. Além de ajudar o famoso orelhudo elfo Legolas com suas setas e facadas certeiras, vira médica para um certo soldado ferido e figura central de um surpreendente triângulo amoroso com o arqueiro mais famoso da trilogia O Senhor dos Anéis e um dos anões. A bela atriz canadense de poucos trabalhos de expressões no mundo do cinema caiu como uma luva na personagem.

n

Os efeitos especiais continuam no mais alto padrão que a tecnologia deste planeta pode oferecer. Porém, o mérito de Jackson e sua equipe não vem só disso. Reunir um roteiro envolvente, uma direção louvável e cenas de tirar o fôlego, usando essa tecnologia mencionada, é uma tríplice mais do que vitoriosa, inesquecível. Os padrões para criar um filme de fantasia que agrade a qualquer tipo de público foram elevados de uma maneira considerável por este audacioso projeto.

A aventura épica, dirigida pelo genial Peter Jackson (ver o filme Almas Gêmeas) é garantia de diversão do início ao fim. Com um corte seco em seu desfecho e uma pergunta fundamental como gancho para o último filme da saga, O Hobbit: A Desolação de Smaug deve agradar não só aos fanáticos pelos textos de Tolkien mas também a todo mundo que ama cinema. Nessa próxima sexta-feira 13, Jason será esquecido facilmente, corra para o cinema e confira esse excepcional trabalho.