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Crítica em vídeo | ‘Vovô sem Vergonha’, ‘Crô – O Filme’ e ‘Um Time Show de Bola’

Acaba de sair do forno a nova edição do CineAgenda, vídeo apresentado pelo editor Renato Marafon com as estreias deste final de semana (29 de Novembro).

Toda semana, vamos informar sobre os lançamentos e comentá-los.

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Vovô Sem Vergonha

Jackass Apresenta: Vovô Sem Vergonha‘ (Jackass Presents: Bad Grandpa) é o filme derivado da franquia sucesso Jackass, que acompanha a jornada de Irving Zisman (Johnny Knoxville), um idoso que percorre toda a América ao lado de companheiro improvável, o seu neto de 8 anos de idade, Billy.

Ao longo do caminho Irving vai colocar o jovem Billy em lugares e situações que dão todo um novo significado ao termo “educar os filhos”. A dupla irá encontrar strippers masculinos, crianças infelizes concorrendo a um concurso de beleza (e suas mães também infelizes), choros em funerária, motociclistas e um monte de cidadãos inocentes.

 

Crô – O Filme

O ex-mordomo e agora entediado milionário Crodoaldo Valério (Marcelo Serrado) decide voltar ao trabalho que exercia antes de herdar a fortuna de sua ex-patroa. Crodoaldo acaba por se interessar por Vanusa Ribeiro que se apresenta como sócia de uma confecção, na qual – nosso herói descobrirá – ela explora mão de obra escrava. Indignado, Crô decide desbaratar a máfia da qual Vanusa é um dos chefes e, neste processo, acaba se interessando pela sorte de uma das “escravas”, Larissa, uma menina de oito anos.

 

Um Time Show de Bola

Desde garoto Amadeo é apaixonado por totó. Um dia ele é desafiado por Colosso, um arrogante garoto que vive se gabando por ser um exímio jogador de futebol de verdade. Mas a partida épica de pebolim entre os dois não foi vencida por ele. Anos mais tarde, ele retorna rico e com seu dinheiro quer transformar a cidade natal em um espécie de parque temático. Agora, para salvar a cidade, Amadeo terá que aceitar o desafio proposto pelo vilão: enfrentá-lo numa partida de futebol de verdade. É quando algo mágico acontece e os bonecos da mesa de jogo ganham vida para ajudar o seu companheiro de grandes jogadas.

Vovô Sem Vergonha

(Jackass Presents: Bad Grandpa)

 

Elenco:

Johnny Knoxville, Jackson Nicoll, Phil Margera.

Direção: Jeff Tremaine

Gênero: Comédia

Duração: 92 min.

Distribuidora: Paramount Pictures

Orçamento: US$ 15 milhões

Estreia: 29 de Novembro de 2013

Sinopse:

Jackass Apresenta: Vovô Sem Vergonha‘ (Jackass Presents: Bad Grandpa) é o filme derivado da franquia sucesso Jackass, que acompanha a jornada de Irving Zisman (Johnny Knoxville), um idoso que percorre toda a América ao lado de companheiro improvável, o seu neto de 8 anos de idade, Billy.

Ao longo do caminho Irving vai colocar o jovem Billy em lugares e situações que dão todo um novo significado ao termo “educar os filhos”. A dupla irá encontrar strippers masculinos, crianças infelizes concorrendo a um concurso de beleza (e suas mães também infelizes), choros em funerária, motociclistas e um monte de cidadãos inocentes.

 

Curiosidades:

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Trailer:

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Cartazes:

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Fotos:

 

 

Um Final de Semana em Hyde Park

Lançado com certa expectativa de se tornar o novo O Discurso do Rei (filme vencedor do Oscar de 2011), Um Final de Semana em Hyde Park passou de forma basicamente despercebida em sua estreia norte-americana no final de 2012. O filme recebeu apenas três indicações a prêmios: a de melhor ator em uma comédia ou musical no Globo de Ouro para Bill Murray (Moonrise Kingdom), melhor atriz no Satellite Awards para Laura Linney (O Quinto Poder), e venceu o prêmio de melhor atriz coadjuvante para Olivia Colman (A Dama de Ferro) no British Independent Film Awards.

O motivo da comparação se deve pelo fato dos dois filmes usarem como pano de fundo um momento histórico político real, mas em seu centro apresentarem o relacionamento conturbado e humano de seus protagonistas. Tudo com forte teor politicamente correto, e pronto para agradar gregos e troianos (bom, talvez mais O Discurso do Rei). Além disso, o próprio Rei George VI (o regente gago personificado por Colin Firth no vencedor do Oscar), afetuosamente chamado de Bertie, dá as caras como um dos personagens centrais aqui. Um Final de Semana em Hyde Park aporta no Brasil um ano depois de seu lançamento nos Estados Unidos, tendo todo o hype da produção passado.

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A trama apresenta o fim de semana no qual os monarcas recém tronados (o Rei George e sua esposa, a Rainha Elizabeth) viajam até a propriedade campestre do presidente americano Franklin Delano Roosevelt (ou FDR, o 32º regente do país) – papel de Bill Murray – para estreitar as relações dos países  e pedir apoio durante a Segunda Guerra Mundial que estourava. Todos os elementos estavam lá para gerar o prestígio de uma produção indicada ao Oscar. A performance de Bill Murray como FDR é o melhor momento do filme. O ex-Caça Fantasma se tornou um bom ator dramático em sua fase madura, e esse talvez seja um dos maiores desafios de sua carreira.

Alguns problemas tomam conta da obra do diretor Roger Michell (Um Lugar Chamado Notting Hill), no entanto. E todos se convergem em um: a personagem da talentosa Laura Linney, que interpreta a prima distante do presidente. A solitária e triste mulher não possui uma vida própria e vive para cuidar de uma tia com quem mora. Ao ser lembrada e convidada como uma das hóspedes da propriedade durante o evento, a vida da mulher passa repentinamente de 0 a 100, e se ilumina. Logo, os primos passam a desenvolver um relacionamento bem próximo e íntimo, para dizer no mínimo. A obra tenta sem sucesso fazer de Daisy (a prima), uma heroína lírica, narrando maravilhada cada pequeno detalhe ocorrido. O que por consequência transforma o protagonista no grande vilão da história.

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Ao tentar voltar atrás numa cena na qual o presidente e o Rei se abrem um para o outro de forma fraternal expondo seus maiores medos e defeitos, talvez seja tarde demais para redimir esse sujeito que realizou grandes feitos profissionais, mas cuja índole o transforma num ser desprezível. FDR é retratado como um machista egoísta que usa a companhia de mulheres a seu bel prazer, e as dispensa com a mesma facilidade. Na lista estão a prima Daisy, e sua sofrida mulher, Eleanor (interpretada de maneira magistral, e com uma grande prótese dentária, pela ótima Olivia Williams, de Anna Karenina). A pretensão aqui é criar uma obra agradável e para cima, mas o bom gosto nem sempre fala mais alto. Não deixa de ser curioso e interessante para os amantes de história. Nunca um cachorro-quente foi tão decisivo.

Infectados

(Stranded)

 

Elenco:

Christian Slater, Brendan Fehr, Amy Matysio, Michael Therriault, Mark D. Claxton, Ryland Alexander, Lyndon Bray.

Direção: Roger Christian

Gênero: Ficção Científica

Duração: 84 min.

Distribuidora: H2O Films

Orçamento: US$ 2 milhões

Estreia: 29 de Novembro de 2013

Sinopse:

Quatro astronautas ficam isolados a bordo de uma nave espacial após serem atingidos por uma tempestade de meteoros e perderem o contato com a Terra. A partir daí uma série de episódios sobre-humanos começa a acontecer.

Curiosidades:

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Fotos:

 

Os Smurfs 2

(The Smurfs 2)

 

Elenco:

Neil Patrick Harris, Hank Azaria, Christina Ricci, Jayma Mays, Sofía Vergara, Tim Gunn. Vozes de: Alan Cumming, Katy Perry, Jonathan Winters, Fred Armisen, George Lopez, Anton Yelchin.

Direção: Raja Gosnell

Gênero: Aventura

Duração: — min.

Distribuidora: Sony Pictures

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 2 de Agosto de 2013

Sinopse:

O malvado feiticeiro Gargamel (Hank Azaria) continua determinado em roubar a Essência dos Smurfs e criou, para esse efeito, duas pequenas criaturas (Vexy e Hackus) que são muito semelhantes às adoráveis criaturas azuis, no entanto, as suas semelhanças físicas não são suficientes para os aproximar da misteriosa essência porque esta pertence, única e exclusivamente, ao Mundo dos Smurfs e só pode ser controlada pelos verdadeiros Smurfs. Tal como Vexy e Hackus, Smurfette foi criada por Gargamell para roubar a essência, mas graças à magia do Papa Smurf conseguiu tornar-se numa Smurf a sério. Gargamel acredita que o espirito mágico de Smurffete é a chave para transformar Vexy e Hackus em Smurfs, e decide por isso sequestra-la e manipular o seu material genético para assim conseguir ter aquilo que mais deseja, no entanto, este seu maléfico plano corre o risco de ser novamente estragado pelos Smurfs que vão-se unir, uma vez mais, a Patrick e Grace Winslow para salvarem a amiga das garras do malvado feiticeiro. O problema é que Smurfette começa a identificar-se com Vexy e Hackus, e começa a acreditar que não é amada pelos Smurfs nem pertence ao seu mundo.

Curiosidades:

» Os produtores conceberam o projeto como uma trilogia.

» Raja Gosnell (‘Scooby Doo 1 e 2’) dirige. J. David Stem e David N. Weiss, responsáveis por ‘Shrek 2‘ e pelo original, roteirizam.

» Christina Ricci (Bel Ami) assinou para dublar uma Smurfette em ‘Os Smurfs 2‘. Ela emprestará sua voz para Vexi, uma vilã.

» ‘Os Smurfs‘ foram criados pelo desenhista de quadrinhos belga Peyo Culliford, em 1958. Em 1981, a NBC lançou o desenho animado dos personagens, que teve nada menos que 421 episódios produzidos, além de muitos prêmios Emmy faturados.

» Os Smurfs (ou Schtroumpfs, no original belga) têm uma altura que não ultrapassa a de três maçãs e vivem de comer ração e consertar o dique da aldeia.

 

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Cartazes:

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R.E.D. 2 – Aposentados e Mais Perigosos

(RED 2)

Elenco: Bruce Willis, Anthony Hopkins, Morgan Freeman, John Malkovich, Helen Mirren, Catherine Zeta-Jones, Lee Byung-hun.

Direção: Dean Parisot

Gênero: Ação

Duração: — min.

Distribuidora: Paris Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 2 de Agosto de 2013

Sinopse: Em ‘R.E.D. 2 – Aposentados e Mais Perigosos‘, Frank (Willis), Joe (Freeman), Marvin (Malkovich) e Victoria (Mirren) voltam da aposentadoria para lutar contra uma ameaça.

Curiosidades:
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Anthony Hopkins (‘Hitchcock’) será um cientista brilhante, porém internado em um hospício.

» Dean Parisot, que tem no currículo ‘Heróis Fora de Órbita‘ e ‘As Loucuras de Dick e Jane‘, dirige.

» Baseado na cultuada Graphic Novel da DC Comics, RED – Aposentados e Perigosos, de Warren Ellis e Cully Hamner.

» Jon e Erich Hoeber roteirizam. A dupla roteirizou o primeiro filme, além de ‘Terror na Antártida‘, com Kate Beckinsale.

» ‘Red – Aposentados e Perigosos‘ foi a segunda maior bilheteria da Summit em 2010, atrás da ‘Saga Crepúsculo‘. O filme arrecadou US$ 200 milhões em todo o mundo e foi nomeado pelo Globo de Ouro de ‘Melhor Filme – Comédia ou Musical’.


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Cartazes:

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Fotos:

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Se Puder… Dirija!

(Se Puder… Dirija!)

 

Elenco:

Leandro Hassum, Bárbara Paz, Eri Johnson, Gabriel Palhares, Luis Fernando Guimarães, Reynaldo Gianecchini, Sandro Rocha.

Direção: Paulo Fontenelle

Gênero: Comédia

Duração: — min.

Distribuidora: Disney

Orçamento: US$ — milhões

Estreia:
30 de Agosto de 2013

Sinopse:

Rodado no Rio de Janeiro, ‘Se Puder … Dirija!‘ acompanha a história de João (Luiz Fernando Guimarães), pai ausente de Quinho (Gabriel Palhares) e ex-marido de Ana (Lavínia Vlasak). Manobrista em um estacionamento ao lado de Ednelson (Leandro Hassum), ele precisa dar um jeitinho para fugir do trabalho e ir se encontrar com o filho, pois havia prometido à ex-mulher passar o dia com a criança. A solução que ele encontra é pegar “emprestado” o carro da Drª. Márcia (Bárbara Paz), fiel cliente do estacionamento. Afinal, é só uma saidinha rápida. Mas encontrar o filho e voltar a tempo de devolver o carro sem que a proprietária dê por sua falta, torna-se uma grande odisséia e João se envolve em várias aventuras com seu filho, o carro, e o cachorro Moleque.

Curiosidades:

» Primeiro filme live-action brasileiro rodado no formato 3D.

Cine Agenda:

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Cartazes:

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Fotos:

Aviões

(Planes)

 

Elenco:

Vozes na versão dublada: Ivete Sangalo. Vozes no original de: Jon Cryer, Stacy Keach, Brad Garrett, Carlos Alzraqui.

Direção: Klay Hall

Gênero: Animação

Duração: 92 min.

Distribuidora: Disney

Orçamento: US$ 80 milhões

Estreia: 13 de Setembro de 2013

Sinopse:

Aviões‘ decola com um elenco internacional dos pilotos mais rápidos do ar, numa comédia cheia de ação e aventura estrelada por Dusty, o sonhador de uma cidadezinha que quer entrar na corrida área mais épica ao redor do mundo, apesar de seu medo das alturas. Com a ajuda e o apoio de uma frota de novos e hilários personagens, Dusty dá asas ao maior desafio de sua vida.

Curiosidades:
» Animação derivada da série Carros, da Pixar.


Trailer:

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Fotos:

 

Azul é a Cor mais Quente

E vem da terra de Godard o filme mais quente deste ano, Azul é a Cor mais Quente. Dirigido pelo tunisiano Abdellatif Kechiche,  ganhador da Palma de Cannes neste ano, o drama francês é uma excepcional e comovente história recheada de diálogos árduos, cenas picantes e uma inteligente análise dos sentimentos humanos, feita de forma transparente, real e bastante atual. O longa metragem é provocante, chocante e ao mesmo tempo apresenta contornos dramáticos em forma de gestos de ternura e carinho entre suas personagens. Esse é um filme que ficará na sua memória por muito tempo.

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Nesse polêmico trabalho, que estreia na sexta-feira que vem (06 de dezembro) aqui no Brasil, somos apresentados a Adèle (Adèle Exarchopoulos), uma jovem charmosa (principalmente quando prende o cabelo) que está passando por uma época de descobertas em sua vida pessoal. Adèle é gulosa e gosta de dançar, utiliza esse movimento corporal como forma de fugir dos conflitos que prefere não enfrentar. Após uma experiência homossexual traumática, acaba conhecendo Emma (Léa Seydoux) uma jovem artista que possui um lindo sorriso com dentinhos separados e chamativos cabelos azuis. As duas logo se apaixonam e enfrentam todos os dramas de um relacionamento conturbado.

A construção da protagonista é maravilhosa, em certo momento do filme, motivada por inseguranças e ciúmes, a personagem enfrenta uma crise existencial. Admiradora de Kubrick, Scorsese e do cinema norte americano Adèle se constrói e desconstrói durante os 180 minutos de fita. Na primeira fase da história, confusa e com desejos reprimidos sofre pressão do grupinho de amigas que faz parte.  Já na segunda fase, mais madura e completamente apaixonada, precisa enfrentar as dores de um amor que nasceu de forma bonita e se encaminha para um desfecho melancólico por conta das atitudes inconsequentes da própria personagem.

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As cenas de sexo são extremamente fortes, intensas, picantes. É uma doação fora do comum das duas atrizes em cena. A câmera do diretor captura todos os detalhes da aventura sexual que é mostrada ao público. Mesmo com essas sequências, que vão dar no que falar, Azul é a Cor mais Quente é muito mais que um simples filme que contém cenas intensas de sexo. Fala sobre as descobertas da vida adulta, não só no campo emocional, como no familiar e profissional. Os diálogos são cirúrgicos, muito bem dosados. Somos envolvidos rapidamente pela carismática história.

As conversas em alto nível intelectual vão agradar o público. As amantes dão um show de conhecimento em relação ao mundo das artes, argumentando sobre quadros de Picasso e conversando sobre teorias de Sartre. Os cinéfilos são abençoados com duas grandes interpretações. Todos os prêmios do mundo para as atrizes Léa Seydoux (Adeus, Minha Rainha) e Adèle Exarchopoulos. Vocês não podem perder esse lindo trabalho. Um dos melhores filmes do ano, sem dúvidas! Bravo!

Sangue no Gelo

O ASSASSINO DO ALASCA 

Escrito e dirigido pelo iniciante Scott Walker, Sangue no Gelo é baseado em fatos reais. A trama apresenta uma caçada humana por um provável serial killer que vem atacando e matando diversas prostitutas no Alasca. Quando uma de suas vítimas consegue fugir e sobreviver, ela identifica o boa praça e cidadão exemplar Robert Hansen como o autor dos atos repugnantes. A questão é: qual palavra vale mais, a de um cidadão modelo e chefe de família, ou a de uma jovem prostituta, fugitiva de casa, e drogada. Um homem acredita na palavra da garota, o policial Jack Halcombe, que investiga o caso.

Sangue no Gelo (The Frozen Ground) obviamente possui uma história real estarrecedora, que merecia ser contada e divulgada ao público. Existem dois grandes problemas em relação à obra. O primeiro é justamente a sua trama, que embora seja trágica e poderosa, é também o mais básico clichê de qualquer suspense saído da mente de um roteirista iniciante. Temos por exemplo, a grande semelhança com Beijos que Matam, protagonizado por Morgan Freeman e Ashley Judd. Em termos do boa praça acima de qualquer suspeita, Bernie – também baseado em fatos reais, dirigido por Richard Linklater, acaba de ser igualmente lançado em vídeo no Brasil.

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O outro fator que não ajudou a vender a obra foi a presença de seus protagonistas, ex-garotos de ouro de Hollywood em sua fase de semi-ostracismo devido a trabalhos, digamos, indignos de seu talento. Nicolas Cage e John Cusack são os nomes de peso por trás do projeto. Cage (que ensaia um retorno com o elogiado Joe, exibido no Festival do Rio) é motivo de chacota o suficiente, e Cusack não fica muito atrás (embora igualmente tenha entregue bons trabalhos recentes, em especial ao lado do diretor Lee Daniels – Obsessão e O Mordomo da Casa Branca). No filme, Cage é o detetive incansável, enquanto Cusack é o provável psicopata. A produção seria mais interessante se o roteiro decidisse ocultar a verdade sobre o personagem de Cusack até a última hora.

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O ponto positivo aqui é o desempenho da menina Vanessa Hudgens, como a jovem prostituta perdida, que pode ou não estar dizendo a verdade. Hudgens, saída de filmes da Disney, vem fazendo escolhas interessantes em sua carreira. Isso é, de uns tempos para cá (vamos esquecer A Fera e Viagem 2, para o bem desse argumento). Ela viveu uma das guerreiras fetiche de Sucker Punch – Mundo Surreal, de Zack Snyder, e esse ano entregou seu trabalho mais desafiador no ousado Spring Breakers – Garotas Perigosas, do diretor Harmony Korine. Aqui, Hudgens tem o melhor desempenho de sua carreira, e consegue ser nosso elo de ligação com a trama. Talvez seja a única realmente empenhada e não ligada no automático. Essa é uma grande atuação dessa jovem atriz. E talvez um dos poucos motivos para se recomendar Sangue no Gelo. Só resta saber o quanto você acha que isso é o suficiente.