sábado , 22 fevereiro , 2025
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Atividade Paranormal 2

 

Lançado há um ano atrás em grande escala após a Paramount comprar os direitos do filme, Atividade Paranormal 1 pode não ter sido uma inovação em gênero de terror documental, mas a justificativa de câmera digital em primeira pessoa era plausível.

Com um orçamento de 11 mil dólares, o filme fica acima da média com sua história simples bem contada e efeitos visuais bem produzidos. O filme trouxe um revival no gênero de filmagem totalmente independente.

Na seqüência lançada agora nos cinemas, todos os elementos estão de volta, inclusive os personagens Kate e Micah.

Os eventos do segundo filme precedem à história do primeiro, chegando ao ponto em que ambas se encontram e explicam os eventos ocorridos no primeiro longa.

Kristi, irmã de Kate acaba de ter um filho com Daniel que já é pai de uma adolescente. Após vivenciarem um suposto arrombamento em sua residência, Daniel resolve instalar um sistema de câmeras de segurança para monitoramento de todos os cômodos de sua casa. O trio também tem o costume de filmar tudo que acontece ao redor até que as situações estranhas começam a ocorrer, fazendo o trio de personagens acreditarem que vivem em uma casa mal assombrada.

Logo no início da exibição a mensagem na tela, em nome da Paramount, pede desculpas pelas mortes das pessoas envolvidas no relato por vir, tentando vender ao público que a história a ser contada é de fato real.

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A Paramount na verdade deveria pedir desculpas pelos absurdos erros seqüenciais na trama e repetição incessante de cenas já utilizadas.

Hora objetos aparecem em cena, hora somem e de repente estão lá mais uma vez. Como na cena de discussão logo após a adolescente ficar trancada para fora de casa, repare na mesa que a faca está lá, corte brusco de cena e a faca desaparece, mais um corte brusco e a faca retorna agora acompanhada por correspondências (?). Esse é somente um dos erros que reparei, convido todos a se divertirem procurando os objetos do mal que subitamente aparecem em cena, não porque a casa é assombrada, mas porque a produção não prestou muita atenção.

Outro ponto ruim na trama é a justificativa de uso da câmera em 1ª pessoa para filmagem. No início do filme funciona como um relato pessoal da família para registro do bebê recém-nascido e acontecimentos de cotidiano, mas ao longo da história ver as personagens discutindo sobre traumas espirituais de infância ou pesquisar na internet sobre pactos com o demônio simplesmente não convence!

A repetição de cenas, a fim de criar uma atmosfera de suspense, causa nada mais do que irritação e desapontamento, pois os elementos de sustos são os mesmos: barulhos de fundo, portas que fecham sozinhas, objetos que caem e pessoas sendo arrastadas, não trazendo nenhuma inovação ao gênero documental ou para a franquia Paranormal.

Dando ênfase ao aspirador de piscina ou a panela que insiste em cair, quando o filme chega ao clímax, onde esperamos que algo terrivelmente assustador finalmente aconteça, o espectador já está tão saturado de prestar atenção nesses simples objetos por uma hora e meia, que as cenas finais acabam passando despercebidas.

Minha única e maior dúvida é porque a Paramount não fez uma prévia exibição do filme para críticos e imprensa especializada? – Em resposta talvez, por ser uma produção com orçamento e equipe superiores ao primeiro filme, a seqüência simplesmente não funciona como deveria, ficando bem abaixo da produção do longa original.

O único elemento que talvez funcione nessa franquia é o clima de discussão gerado fora das telas no primeiro filme devido a uma engenhosa máquina chamada publicidade.


Crítica por: Caio Cavalcanti

 

 

Atividade Paranormal

 

Sinopse: Desde a infância, Katie sempre foi assombrada por algum tipo de ser sobrenatural. Quando ela começa a morar com seu namorado Micah, ele resolve comprar uma câmera para registrar os estranhos eventos.

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O orçamento para a produção de Atividade Paranormal (Paranormal Activity) foi de US$ 11 mil, um valor irrisório perante as megaproduções milionárias hollywoodianas. Os custos foram tão baixos por causa de um elenco restrito e a locação gratuita, já que se trata da casa do diretor. Mesmo assim, o filme já bateu a marca dos US$ 100 milhões, tornando-se a fita proporcionalmente mais rentável da História.

Pelo fenômeno nas bilheterias e pela premissa de um pseudodocumentário de suspense, é impossível não compará-lo com A Bruxa de Blair (1999). Para quem achou que a produção mais antiga fica se arrastando por muito tempo com os protagonistas perdidos a maior parte do enredo, a boa notícia é que o novo filme não sofre desse mesmo mal, tendo uma gradação mais bem construída.

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Atividade Paranormal aposta que é muito mais assustador o sugerido do que o explícito. Dessa forma, pequenos detalhes como um barulho distante ou uma sombra quase imperceptível fazem os músculos dos espectadores se tencionaram. Com essa abordagem mais minimalista, a história contada na tela fica muito mais próxima dos causos de mistério que ouvimos como sendo reais.

Com o desenrolar das coisas, torna-se necessária a participação de efeitos especiais e eles cumprem muito bem a missão. Nesse tipo de filme, o menor erro por parte dessa área poderia pôr tudo a perder.

Para checar se seus nervos estão em dia, essa é uma ótima opção.

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Para ver o trailer, clique aqui.

 


Crítica por:
Edu Fernandes (HomemNerd)

 

 

Atividade Paranormal

 

Um filme com a seguinte a premissa: Casal de jovens se muda recentemente para uma casa onde durante a noite acontece fenômenos sobrenaturais que são registrados e documentados com um a câmera; poderia ser apenas mais do mesmo que temos visto nesse gênero ultimamente. No entanto Atividade Paranormal não fica atrás de nenhum filme de terror que se preze.

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Rodado em 2007 pelo diretor Oren Peli, custou apenas 16 mil dólares e foi bem elogiado nos festivais onde passou chamando atenção da Paramout que comprou os direitos e fez o filme cair no grande circuito comercial. Os atores estreantes Micah Sloat e Katie Featherstone receberam apenas 500 dólares para participar da empreitada, toda filmada na casa do diretor. Porém o filme não decepciona e não deixa o espectador descansar da tensão em nenhum momento, pois tudo pode ser uma pista ou explicação dos acontecimento, todos filmados pelo rapaz (Micah Sloat), que leva tudo como uma experiência curiosa do sobrenatural.

No entanto, as coisas começam a ficar mais sérias quando sua esposa passa a ser atacada fisicamente, a tensão em cada cena do quarto é assustadora e o público fica na expectativa de que algo vai acontecer cedo ou tarde, tudo enquanto ambos dormem.

Quando não despertados por sopros no ouvido, barulhos pela casa ou quando em umas das cenas mais apavorantes, em que a moça (Katie Featherstone) tem uma de suas pernas puxadas para fora da cama de uma forma assustadora, mostrando que a entidade não veio pra brincar.

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Toda a trama é contada no estilo Bruxa de Blair, o que torna tudo mais verossímil e apavorante, as atuações para dois estreantes não deixa a desejar já que a química entre eles é boa.

Tanto sucesso fez o filme ser o novo hit nas redes sócias e já gerou a proposta de uma seqüência que começa a ser analisada. Diante de tudo isso, Atividade Paranormal é um filme imperdível. E como diz o slogan da produção: “Não assista sozinho”.


Crítica por:
Yndrews Filliph

 

 

Atividade Paranormal

 

 
Esse filme tem sido a prova de que não é preciso orçamentos astronômicos e litros de sangue falso para se fazer um bom filme de terror.

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Com uma história simples, Atividade Paranormal tem o mérito de dar medo, mas não é só aquele medo enquanto se assiste, com certeza após assisti-lo você irá pensar duas vezes na hora de apagar a luz do quarto e ir dormir.

Com cenas tensas e perturbadoras, o filme dá um novo ar ao subgênero de assombrações. Os personagens do filme, Micah e Katie, dão um show de interpretação e são melhores que muitos atores que vemos recentemente nas telas, em determinado momento do filme, você passa a acreditar que tudo aquilo está acontecendo de verdade.

Destaque para os gritos de Katie na cena em que é literalmente, arrastada de sua cama.

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A filmagem feita com câmeras ‘’caseiras’’ dá uma realidade imensa ao filme. Eu fico pensando o que seria de Atividade Paranormal se fosse feito por um grande estúdio com o orçamento nas nuvens. Com certeza seria, correria, gritaria, sustos fáceis, muito sangue e muitos efeitos especiais. Felizmente a prova que ficou ao final do filme é que nem tudo isso importa, o que vale mesmo é o clima de tensão estabelecido e o pensamento contínuo de ‘’O que vai acontecer agora?’’. Todas as cenas, sem exagero, todas as cenas passadas no quarto, você morde as unhas, tentando ver algo acontecendo e quando você menos espera, está pulando da poltrona. Nada de sustos fáceis.

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Enfim, Atividade Paranormal merece to o hype que está tendo e com certeza ainda fará milhões nas bilheterias mundiais. É uma pena que já estão planejando uma seqüência, para este filme brilhante, que a meu ver já está completo.

 

Crítica por: Victor Piacenti

 

 

Até que a Sorte nos Separe

 

O tempo e o dinheiro fazem as pessoas mudarem? As cenas forçadas logo em seu início já indicavam dor de cabeça aos amantes da sétima arte. Dirigido por Roberto Santucci, “Até que a Sorte nos Separe” é a mais nova comédia pastelão nacional.
Sem entrar em detalhes muito à fundo, existem atuações terríveis que derrubam qualquer pretensão de boas críticas. O filme é tão brega que só faltava a trilha sonora ser feita pelo Falcão.

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Na trama, conhecemos o simpático Tino (interpretado pelo humorista Leandro Hassum) um milionário que gosta do Mickey, tem medo do boneco Chuck e ganhou na loteria muitos milhões de reais. Levando uma vida de seus sonhos mora junto com a mulher (viciada em aplicações estéticas) e os dois filhos em um imenso casarão num bairro chique. Certo dia, após ter diversos cartões de crédito recusados Tino vai saber o que houve, o personagem cai na real após uma conversa com o homem que cuida de suas finanças e percebe que conseguiu a proeza de gastar todo o dinheiro que ganhou. Para tentar consertar a situação começa a controlar os seus gastos e os de sua família.

Leandro Hassum consegue entreter a platéia, tira completamente a atenção de outros personagens. Mas se for para ver um stand up comedy é melhor pagar o ingresso no teatro para ver o Hassum. Nas partes com o mínimo de cenas mais sérias o filme naufraga mais rápido que o Titanic. A melhor parte da fita é quando toca algo parecido com o tema do clássico “Flashdance”, mas nesse caso o desejo cinéfilo é de correr para casa e ver o filme de Adrian Lyne.

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Poderia ter explorado melhor a questão do consumismo, o gasta tudo com dinheiro vai da mulher gato aos toques do ‘zainer’. A esposa com 28 cirurgias plásticas passa batida pela fraca trama. O vizinho de Tino, um viciado em gráficos e análises estatísticas que sopra camisinhas furadas e foge da mulher que quer ter mais filhos parece não se encaixar em momento algum dentro da história. Resumindo, os coadjuvantes deveriam ter tido papel mas preponderante na história.

Tem dias que você precisa rir, ou só quer mesmo se divertir no cinema. A fita gera gargalhadas do público principalmente pelo ‘Stand up comedy’ do Leandro Hassum. Mas falta muito chão para chegarem em altos patamares em relação à qualidade cinematográfica.

 

Crítica por: Raphael Camacho (Blog)

 

 

Até Que a Sorte nos Separe

 

Em ‘De Pernas pro Ar‘, o diretor Roberto Santucci deu sorte em ter Ingrid Guimarães à vontade em um roteiro divertido, porém cheio de falhas. Nesse ‘Até Que a Sorte nos Separe‘, nem o talento do comediante Leandro Hassum consegue salvar a produção.

Apesar de tirar alguns risos da plateia, a comédia não consegue decolar em nenhum momento, ficando à mercê de uma direção insegura e excesso de clichês com piadas desgastadas.

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Livremente inspirado no best seller ‘Casais Inteligentes Enriquecem Juntos‘, de Gustavo Cerbasi, o filme conta a história de Tino, um pai de família que tem sua rotina transformada ao ganhar na loteria. Em dez anos, o fanfarrão gasta todo o dinheiro com uma vida de ostentação ao lado da mulher, Jane.

Ao descobrir que está falido, Tino, contrariado, é obrigado a aceitar a ajuda de Amauri, seu vizinho, um consultor financeiro nada divertido e extremamente econômico que, ao mesmo tempo, enfrenta uma crise no casamento com Laura. Quando Jane engravida do terceiro filho, Tino faz de tudo para esconder da esposa que estão na lona – a recomendação médica é que a grávida evite fortes emoções. Nessa missão, ele vai contar com ajuda de Adelson, seu melhor amigo, e dos filhos, em uma comédia de erros com situações hilárias.

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Leandro Hassum está divertido como sempre, mas não consegue segurar a comédia sozinho. Nem a cena em que ele dança Flashdance consegue tirar gargalhadas da plateia, e acaba beirando o mal gosto. Danielle Winits cumpre exatamente o papel a que foi submetida, e tem uma atuação acima do normal. O casal demonstra química, mas sofre com o roteiro raso e a direção de Santucci.

Até Que a Sorte nos Separe‘ é diversão instantânea, daquelas que te faz rir por alguns segundos e já pode descartada de seu cérebro. No final, a produção passa uma mensagem positiva: Afinal, dinheiro traz ou não traz felicidade?

Se trouxer, não é comprando o ingresso desse filme que vai te fazer mais feliz…

 

Astro Boy

 

 

Sinopse: Dr. Tenma é um cientista genial que, durante uma demonstração, perde seu filho em um acidente. Para preencher a lacuna, ele constrói uma réplica robótica perfeita de Astro.

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A história contada em As Aventuras de Pinóquio (1883) é fascinante e universal. Além das inúmeras adaptações para outros meios, a vontade de ser aceito como “um menino de verdade” serve de inspiração para outros produtos. Filmes como A.I. – Inteligência Artificial (2001) e o conto “O Homem Bicentenário” dialogam com o boneco italiano.

Astro Boy engorda essa lista de obras que se inspiram em Pinóquio, sendo que aqui há uma semelhança a mais: a figura do pai e criador também se confundem. Dr. Tenma pode ser considerado um Gepeto tecnológico.

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O anime que inspirou esse filme foi produzido nos anos 60, sendo exibido nas décadas subsequentes. Muitos mangás e séries televisivas depois, a legião de fãs é numerosa e variada, com os mais antigos já ostentando cabelos brancos. Por essa razão, a decisão de lançar somente cópias dubladas no circuito brasileiro é altamente condenável.

Mesmo assim, é preciso ressaltar a qualidade do trabalho dos dubladores. O ator e apresentador Rodrigo Faro merece elogios por conseguir ser convincente ao dar a voz para um personagem que é vinte anos mais novo do que ele.

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No final das contas, Astro Boy é uma animação divertida e empolgante para as crianças, podendo arrebanhar um novo público para o menino-robô. Por outro lado, os fãs veteranos podem não receber a produção com bons olhos.

 


Crítica por:
Edu Fernandes (HomemNerd)

 

 

Astro Boy

 

Estreia nessa sexta a animação Astro Boy, da Paris Filmes. Para quem não sabe, o Astro Boy é um famoso mangá criado pela conhecida dupla Osamu Tezuka & Akira Himekawa na década de 50. Fez tanto sucesso na época, que até uma série sobre o personagem foi criada no Japão. Porém, quem dirigiu o filme foi um americano: David Bowers (Por Água Abaixo).

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Em inglês, quem faz a voz do Astro Boy é o fofo Freddie Highmore (A Fantástica Fábrica de Chocolate). No Brasil, quem o dublou foi Rodrigo Faro. No começo foi estranho, pois, afinal, Faro já não é um adolescente faz tempo. Mas depois você acaba acostumando. A história do filme já começa triste, com o filho do cientista, Toby, morrendo. E, para não perder o filho por completo, o pai resolve transformá-lo num garoto-robô, sem ele saber. O jovenzinho começa a perceber que existe algo estranho e, sem querer, descobre que é super poderoso.

Seu pai fica infeliz e arrependido do que fez e resolve “desligar” o garoto, depois que ele descobre a verdade. Chateado, Toby foge de casa e assume o codinome Astro Boy. No entanto, sua ingenuidade e desejo de ser aceito do (novo) jeito que é, o leva a ser enganado por pessoas de fora e de repente se vê tendo de enfrentar forças muito maiores das que possui.

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Apesar do longa ser para o público infantil, os adultos irão gostar de filme também. É bem feito, divertido e tem uma narrativa inocente mas ao mesmo tempo realista, pois dá algumas indiretas de com o ser humano não cuida da Terra.

Ok… esse assunto para nós, adultos, já está batido. Mas, para crianças, qualquer conscientização, mesmo que indireta, é válida.

 


Crítica por:
Janis Lyn Almeida Alencar (Blog)

 

 

As Sessões

 

Baseado num artigo de Mark O´Brien, “As Sessões” é um dos melhores filme do ano passado, e facilmente poderia ter ocupado a última posição deixada vazia entre os indicados para melhor filme no Oscar 2013. No filme, o fantástico John Hawkes interpreta O´Brien, um sujeito que contraiu poliomielite, ou paralisia infantil, e passou a vida inteira numa maca com o corpo imóvel.
Mas isso não o impediu de viver, e Mark com a ajuda de uma maca elétrica, similar às cadeiras de rodas elétricas, se formou em jornalismo na faculdade, e se tornou um poeta. Com completa sensibilidade no corpo inteiro, o protagonista apenas não consegue ter o controle sobre seus movimentos. Apesar de viver sozinho, Mark precisa de uma acompanhante para desempenhar algumas funções básicas, como o banho.

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Após alguns incidentes envolvendo excitação devido a sua sensibilidade latente, e principalmente após o fascínio do protagonista por sua segunda acompanhante, a jovem e bela Amanda (Annika Marks), o sujeito decide que é hora de ter sua primeira relação sexual, aos quase 40 anos de idade. Usando um padre local (papel de William H. Macy) como espécie de terapeuta, e com seu aval, Mark decide usar os serviços do departamento de psicologia sexual de uma universidade, contratando assim uma profissional conhecida como substituta sexual. E ela vem na forma da veterana Helen Hunt. Como ela trata de explicar logo de início para que não haja confusão da parte de Mark, e da plateia, sua personagem não é uma prostituta.

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Acho que a principal diferença é que uma prostituta possui diversos clientes, e embora a substituta sexual de Hunt também esteja sendo paga, Mark será seu único cliente com objetivos de estudo, e só poderão ter um determinado número de encontros, mais ou menos 5, como ela igualmente especifica. O diretor da obra é Ben Lewin, que também adaptou para o cinema o artigo do verdadeiro Mark O´Brien. O cineasta polonês Lewin também é ele mesmo um deficiente físico, por isso essa história é muito pessoal para ele igualmente. Aqui o diretor entrega uma verdadeira história humana, comovente e emotiva, mas também fortemente positiva. Esse é um feel good movie de certa forma mais impactante do que o recente sucesso francês “Intocáveis”, por não se esquivar totalmente dos momentos pesados em nome do humor.

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O personagem de Hawkes respira por um aparelho conhecido como “pulmão de ferro”, e as consequências disso são mostradas numa cena desesperadora durante uma noite de falta de energia elétrica. Em outra cena “As Sessões” tira sarro de “Intocáveis”, quando o personagem de Hawkes afirma que sua orelha é a pior zona erógena de seu corpo (coisa que era o auge para o personagem tetraplégico do filme francês). A talentosa Helen Hunt, que já tem um Oscar decorando sua casa, recebe sua segunda indicação e representa o filme na noite de maior prestígio para a sétima arte. Hunt aparece na metade de suas cenas, ou quem sabe mais da metade, nua. O trabalho requer muita coragem, principalmente porque Hunt se sentiu à vontade para tal desafio somente aos quase 50 anos.

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Igualmente temos que mencionar as performances de Moon Bloodgood, William H. Macy e da citada Annika Marks, todos com ótimos desempenhos. Mas sem dúvidas a alma de “As Sessões” é John Hawkes, o talentoso e subestimado ator, já havia marcado presença com sua indicação dois anos atrás pelo excelente “Inverno da Alma”. Sua performance como Mark O´Brien é simplesmente cativante, e Hawkes desempenha todo um trabalho de voz e físico. Seu trabalho é um dos melhores do ano, e não fica devendo nada para nenhum dos indicados para melhor ator. Mas infelizmente a menos que aumentem o espaço na categoria como fizeram com o melhor filme, sempre irá existir gente muito boa de fora.

 

 


Crítica por:
Pablo Bazarello (Blog)

 

 

Assassino a Preço Fixo

 

 


Assassino à Preço Fixo (The Mechanic) é um remake de 1972, onde Charles Bronson era o protagonista do longa. Em sua nova versão, o filme vem protagonizado por Jason Statham, que faz o papel de Arthur Bishop, um assassino de aluguel com um grande talento para eliminar seus alvos.

Tudo ia bem até o dia em que é pago para eliminar Harry (Donald Sutherland), seu amigo e mentor. Ao perceber a grande presepada em que entrou, parte para cima daqueles que encomendaram a morte de Harry. Porém, o filho da vítima, Steve (Ben Foster), quer seguir os passos de Bishop para pegar os culpados pela morte do pai. Mas Bishop está acostumado a trabalhar sozinho, e a companhia de Steve passa a ser um estorvo para ele, atrapalhando seus planos e o pondo em risco em suas tarefas.

Vou ser bem sincera: gosto de Statham. Esse é o tipo de filme que ele faz bem feito. Muita ação, tiros e corre-corre, o filme começa lento e vai ficando cada vez mais interessante.

Arthur Bishop é um de assassino frio e calculista, que faz muito bem o seu serviço e não deixa rastros. Sua esperteza será colocada em risco com a companhia de Steve, que na verdade é um jovem problemático que só se preocupa com vingança. Toda essa temática dá um bom resultado em um filme que não é um top, mas garante uma boa tensão e diversão.

 

 

Crítica por: Silvia Freitas (Blog)