terça-feira, março 19, 2024

Conheça a Franquia Rambo em todas as Mídias por Onde Passou

Rambo: Até o Fim estreou hoje nos cinemas mundiais. O quinto filme da franquia machona saída da década de 1980 traz o veterano de guerra John Rambo, hoje um septuagenário (equivalendo a idade de seu intérprete Sylvester Stallone) assentado num rancho ao lado de sua família. Quando sua sobrinha é sequestrada no México e usada como escrava sexual, as tendências homicidas de nosso herói voltam à tona e ele orquestra um plano de vingança.

A geração de hoje talvez não conheça a trajetória do guerrilheiro atormentado, que surgiu nas páginas de um livro, migrou para as telonas, à telinha na forma de um desenho animado, bonecos e jogos de vídeo game. Hoje, Stallone tenta dar novo fôlego à marca e como forma de homenagem, o CinePOP resolveu recapitular para você todos os passos do personagem nas mais variadas mídias por onde passou. Vem conhecer.

First Blood (1972)

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Escrito por David Morrell e publicado em 1972, este romance marcou a primeira aparição do veterano da guerra do Vietnã, John Rambo. A ideia aqui era fazer uma crítica à Guerra que deixou uma ferida aberta no coração dos EUA, mostrando a forma como os soldados muitas vezes eram tratados ao voltar para casa, sem encontrar trabalho e aceitação. Fora isso, Rambo é o sinônimo do estresse pós-traumático da guerra, sempre a um passo de explodir em violência. No livro, após matar o xerife que o perseguia, Rambo finalmente é morto por seu mentor e figura paterna, o Coronel Trautman.

Rambo – Programado para Matar (1982)

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A adaptação do livro de Morrell para o cinema estreava no início dos anos 1980, trazendo Sylvester Stallone como o herói trágico e atormentado Rambo. Com direção de Ted Kotcheff (De Volta para o Inferno), o filme seguia de perto o planejado pelo autor, mostrando um veterano de guerra voltando ao seu país, para uma cidadezinha, a fim de reencontrar um amigo de serviço. No local, primeiro descobre que o colega morreu, e depois é caçado pela polícia, confundido com um vagabundo. A grande diferença aqui é que Rambo não mata o xerife (papel de Brian Dennehy) e a única morte ocorre de forma acidental. O protagonista também não morre no final, apenas dá um discurso anti-guerra e sai levado preso.

Rambo II – A Missão (1985)

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O primeiro filme se mostrou um sucesso financeiro, e com um orçamento de US$15 milhões, arrecadou mais de US$47 milhões só nos EUA durante sua passagem nos cinemas – quase US$7 milhões só na estreia. Pelo mundo a arrecadação foi de mais de US$125 milhões. Assim, enxergando potencial no personagem, os produtores e Stallone decidiram continuar a trajetória de Rambo – algo desnecessário, já que sua história estava bem fechadinha. Este, no entanto, é o momento do pulo do gato. O momento em que Rambo se transforma em ícone da cultura pop e faz de Stallone um astro. O ator já era conhecido, mas foi com o segundo Rambo que Stallone abria a porta para se tornar um dos mais rentáveis artistas da década.

Rambo II fez do personagem um fenômeno. O filme deixava de lado qualquer pretensa seriedade dramática, ou crítica anti-bélica, para se tornar justamente o que se pronunciava contra. Um blockbuster tão grandioso quanto qualquer outro da época. Com um orçamento elevado para US$44 milhões, Rambo II fez mais de US$20 milhões só na estreia, mais de US$150 milhões nos EUA e mais de US$300 milhões pelo mundo.

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Com roteiro idealizado por um jovem James Cameron e direção de George P. Cosmatos (Stallone: Cobra), esta continuação encontra Rambo preso, sendo visitado por seu velho mentor, o Coronel Trautman (Richard Creena), que o propõe um acordo. Em troca de sua liberdade, ele deve partir em missão para o Vietnã para documentar se de fato ainda existiam soldados americanos presos por lá. Uma vez no local, Rambo é traído por seus superiores e precisa lutar por sua vida. A ideia aqui era dar o troco numa Guerra perdida para os americanos, que nunca os desceu redondo. Assim, na ficção ao menos, os EUA podiam derrotar seus inimigos e explodir de vez os russos e os vietnamitas – e o melhor, apenas um homem seria o suficiente: a máquina de matar, Rambo.

Rambo: A Força da Liberdade (1986)

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Todo menino adora ação e violência – se for para justificar a vitória do bem contra o mal. É inerente do ser humano. E isso foi muito verdade na inesquecível década de 1980. Rambo II foi uma sensação, e apesar da violência e do tema adulto da Guerra do Vietnã, o filme teve grande apelo junto ao público jovem – que só queria ver o herói fortão despachando os inimigos das mais variadas e criativas formas. Vendo potencial na coisa, os produtores desenvolveram um desenho animado voltado ao público infantil e adolescente protagonizado pelo trágico herói.

Bem, na animação Rambo não era mais tão atormentado assim e contava com sua equipe de Defensores da Liberdade para combater as forças mundiais inimigas. É claro que tudo foi apenas uma desculpa para capitalizar em cima do sucesso do personagem e sua marca – mas não deixa de ser extramente inusitado. Antes disso, porém, no mesmo ano do lançamento do segundo filme, Rambo figurou em jogos de vídeo game, que continuam sendo produzidos até hoje.

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O desenho Rambo: A Força da Liberdade estreou em 1986 e durou apenas uma temporada – não se mostrando o sucesso esperado. No mesmo ano surgia uma linha de bonecos (que todo menino desta geração teve, ou sonhou) baseada nos personagens do cartoon.

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Rambo III (1988)

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Com a sequência, Rambo havia transcendido ser apenas um personagem num filme de ação e se tornado um verdadeiro ícone da cultura pop. E não apenas isso, como também se tornado o porta-voz para o governo Ronald Reagan – o então presidente americano veio a público se pronunciar fã do longa e de seus ideais patrióticos. Para onde ir depois disso? Bem, um lugar era certo. Para mais uma continuação da história do personagem no cinema.

Em 1988,  depois do mundo ter se rendido ao fenômeno Rambo/Stallone (até mesmo o Brasil, onde no SBT o apresentador Gugu Liberato realizava aos sábados à noite em seu programa o concurso do Rambo Brasileiro – no qual os participantes não apenas precisavam ser sósias musculosas do ator, mas igualmente realizar façanhas de ação, como fugir de explosões), chegava a terceira aventura do herói. Desta vez muito consciente de sua popularidade, Rambo já era uma entidade própria. O filme, no entanto, não fez o barulho almejado e com um orçamento de US$63 milhões (o maior da franquia), recolheu apenas US$53 milhões em sua estadia nos cinemas dos EUA, e US$189 milhões pelo mundo.

Na trama, uma nova missão de resgate para o herói. Desta vez do próprio Trautman (novamente Creena), capturado atrás das linhas inimigas pelos russos no Afeganistão. Esta é o tão comentado e polêmico filme no qual Rambo luta junto aos rebeldes que viriam a se tornar o grupo terrorista mais odiado pelos EUA: o Talibã. A esta altura, polêmicas à parte, a febre Rambo talvez já estivesse passando.

Rambo IV (2008)

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No fim da década de 1980 e início de 1990, as franquias Rambo e Rocky não haviam terminado da melhor forma possível com seu terceiro (1988) e quinto (1990) filmes respectivamente. E esse gosto amargo estava entalado na garganta do astro Sylvester Stallone. Assim, o roteirista, diretor, empresário e astro do cinema decidiu dar nova chance aos personagens que escreveram seu nome no mapa – primeiro com o reconhecimento (Rocky) e depois com o estrelato (Rambo).

No fim da década passada, o próprio Stallone metia a mão na massa ao escrever, dirigir e protagonizar a então luta derradeira de Rocky Balboa no filme homônimo de 2006. O longa se tornou um sucesso e colocou o nome do ator de novo nos holofotes, em nova fase de sua carreira. E se havia dado certo para um “filho”, Stallone então faria o mesmo pelo outro. Rambo IV (ou simplesmente Rambo no original) foi lançado exatamente vinte anos após a investida do herói no Afeganistão. Com mais de 60 anos, mas ainda mandando ver na matança, o veterano se encontra na Ásia novamente para uma nova guerra. Desta vez no território de Myanmar (ou Birmânia) no meio de um conflito real e duradouro.  Na trama, Rambo sai mais uma vez para o resgate – agora de missionários americanos sequestrados. O diferencial é que ao seu lado, o protagonista agora tem uma equipe de elite – deixando para trás o conceito exagerado e fantasioso do exército de um homem só, dos 80s.

Com um orçamento mais modesto para os padrões atuais e apostando numa produção mais minimalista e real – Rambo IV foi o filme mais violento da franquia até então. Façanhas incríveis como saltos de explosões e confrontos de helicópteros e tanques de guerra deram lugar à visceralidade, com detalhamento explícito de desmembramentos, tiros, decapitações e até mesmo Rambo arrancando na mão a traqueia de um infeliz. E se em 1988 ele não tinha o mesmo apelo com o grande público, em 2008 só mesmo os nostálgicos compraram a ideia, já que as audiências estavam voltadas para os Homem de Ferro e Cavaleiro das Trevas da vida.

Rambo: Até o Fim (2019)

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Onze anos desde sua última aparição nas telonas, muita coisa mudou para Rambo. Apelando ao início de tudo, Stallone orquestrou um filme mais parecido com o original, e usou até mesmo um título voltado para isso (Last Blood, referência à First Blood – o original). Rambo não possui a mesma caracterização aqui também, deixou os cabelos longos e a faixa na cabeça para trás. Agora, usando um chapéu de cowboy, o personagem vive ao lado da família num rancho na fronteira com o México.

A trama também foi modificada – em parte devido à idade avançada do herói, agora na casa dos 70 anos. As missões de resgate presentes no segundo, terceiro e quarto filmes deram lugar à vingança. No primeiro, ele lutou por sobrevivência. Desta vez a ameaça são os mexicanos, um cartel especializado em tráfico humano, de escravas sexuais. Um dos problemas é que hoje, muitos filmes do tipo ficaram famosos – em especial Busca Implacável – tirando um pouco do frescor da nova aventura de Rambo.

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