sexta-feira, abril 19, 2024

Contagem Regressiva

Filme póstumo de Paul Walker traz a melhor atuação de sua carreira

Em Contagem Regressiva, o falecido Paul Walker (Velozes & Furiosos 6) tem lançado o seu primeiro filme póstumo (Brick Mansions chega este ano, e Velozes & Furiosos 7 ainda não definiu o que fará com seu personagem).

É triste dizer também que este é provavelmente o seu melhor desempenho nas telas, porque o ator não está aqui para desfrutar dos possíveis elogios. No filme, Walker vive um sujeito que chega com a mulher grávida pronta para dar a luz, em um hospital. A tragédia do protagonista começa quando sua jovem esposa perde a vida durante o parto da pequena filha. Sua esposa, vivida pela belíssima Genesis Rodriguez (Uma Ladra Sem Limites), aparece apenas na forma de flashbacks em suas lembranças.

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Entre elas estão histórias que conta para a recém-nascida, sobre pedidos de casamento e a forma como se conheceram impedindo um assalto. Todo este trecho é completamente dispensável e de grande pieguice. O que favorece mesmo Contagem Regressiva é a situação extrema que o diretor e roteirista Eric Heisserer (responsável pelos roteiros de recentes remakes de terror como O Enigma de Outro Mundo/A Coisa e A Hora do Pesadelo) cria para seu o protagonista.

Centrando a trama durante a passagem do furacão Katrina pelo sul dos Estados Unidos em 2005, a grande tempestade atinge o hospital aumentando o desespero do homem comum de Walker. Devido à complicação no parto que tirou a vida da mulher, a filha do protagonista nasceu prematura e necessita respirar através de aparelhos em uma incubadora. O hospital é evacuado, mas Walker permanece no local à espera de ajuda e transporte.

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Logo, a energia acaba, e para salvar a vida da filha o protagonista precisa se desdobrar. O sujeito começa a usar um gerador movido à manivela, e de poucos em poucos minutos precisa gerar no braço a energia que manterá sua cria recém-nascida viva. É uma luta por sobrevivência na qual o desespero impera. O interessante é que nenhuma liberdade em relação ao exagero é tomada. O personagem de Walker é apenas um sujeito comum, e não um super-herói (como seria visto com qualquer outro tipo de ator como Jason Statham ou Dwayne Johnson se envolvidos no projeto).

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Embora precise recorrer à violência em determinados momentos, quando saqueadores invadem o local, seu comportamento e reações são sempre os de um sujeito exausto tentando fazer o que é certo. O talento dramático de Paul Walker chama a atenção aqui talvez como nunca antes. O ator deixa a emoção tomar conta em variados momentos. Um em especial é tocante, quando Walker conversa com o espírito de sua falecida esposa.

Não deixe de assistir:

Nos Estados Unidos houve um pequeno debate sobre o lançamento da obra nos cinemas, pouco tempo depois da morte trágica e inesperada do ator. Esta é uma obra do cinema B, time do qual Walker não se envergonhava em fazer parte, e do qual saía apenas quando estava na companhia de sua “família” de Velozes & Furiosos – uma das franquias mais rentáveis da atualidade. Não deixa de ser verdade que o interesse aumentou em torno de Contagem Regressiva após a morte do ator. Filme que do contrário passaria despercebido. Ou será? Mesmo sem ser uma obra-prima da sétima arte, Contagem Regressiva pode virar Cult por sua trama aflitiva e identificável, além de conter o melhor trabalho da carreira de Walker.

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