O criador da série ‘Black Mirror‘, Charlie Brooker, falou sobre a crescente preocupação em relação à substituição de roteiristas por inteligência artificial em uma entrevista na SXS Sydney.
Em um mundo onde a tecnologia avança a passos largos, essa questão se tornou um tópico central nas negociações entre estúdios de Hollywood e o Sindicato dos Roteiristas.
Para Brooker, a inteligência artificial é apenas uma tentativa de emular algo, uma imitação da criatividade humana.
“Está em todas as descrições de cada episódio de Black Mirror, presumivelmente da Wikipédia e de outras coisas que as pessoas escreveram. É simplesmente fingir ser algo que não é capaz de ser”, explicou o criador da série antológica.
“Não acho que conseguirá substituir roteiristas caóticos [no processo de desenvolvimento]”, concluiu Brooker.
Lembrando que as seis temporadas da antologia estão disponíveis na Netflix
Crítica | 6ª temporada de ‘Black Mirror’ é uma das mais FRACAS e decepcionantes da antologia
Espere o inesperado. Está de volta na Netflix a sombria e satírica série antológica de Charlie Brooker, que se reinventa a cada novo episódio. A sexta temporada de Black Mirror será a mais imprevisível, complexa e surpreendente de todas.
Os novos episódios são intitulados: “Joan Is Awful”, “Loch Henry”, “Beyond the Sea”, “Mazey Day” e “Demon 79”.
O elenco conta com Salma Hayek (‘Eternos’), Aaron Paul (‘Breaking Bad’), Zazie Beetz (‘Coringa’), Josh Hartnett (‘Pearl Harbor’), Michael Cera (‘Superbad – É Hoje’), Rory Culkin (‘Pânico 4’), Paapa Essiedu (‘Gangs of London’), Kate Mara (‘A Teacher’), Danny Ramirez (‘Top Gun: Maverick’), Clara Rugaard (‘I Am Mother’), Auden Thornton (‘This is Us’) e Anjana Vasan (‘Killing Eve: Dupla Obsessão’).
Diferente da temporada anterior – que foi lançada em 2019 –, o sexto ano terá mais de três episódios. Além disso, os novos episódios serão mais longos e com um orçamento mais alto, elevando-os ao potencial de pequenos filmes.
Com caráter antológico, a série adota uma visão sobre a influência das novas tecnologias na vida moderna, criticando com histórias sobre sensações tecno-paranoicas e traçando o perfil da sociedade formada pelas mídias, sociais ou não. Poderia ser resumida como uma série que apresenta críticas à sociedade atual e que alerta sobre como ela, se continuar nesse ritmo, pode piorar a cada dia.