Durante uma entrevista para o The Guardian, o criador de ‘Black Mirror’, Charlie Brooker, comentou sobre as críticas que a série distópica vem sofrendo desde que passou a ser produzida pela Netflix.
Lançada originalmente em 2011, a atração era desenvolvida pelo canal britânico Channel 4 e tinha toda uma característica pessimista, com atores pouco conhecidos e trama nada amigáveis.
Já a partir da 3ª temporada, nas mãos da Netflix, ‘Black Mirror‘ ganhou um tom mais alegre, com astros de Hollywood e visuais mais good vibes…
Em sua declaração, Brooker disse que:
“Uma das críticas que recebemos às vezes é: ‘Eu prefiro o programa quando era britânico e todos nele eram miseráveis e todas as histórias eram horríveis. E então foi para a Netflix e de repente tudo está ensolarado e feliz e todo mundo tem dentes maravilhosos, e está cheio de estrelas de Hollywood e perdeu aquela característica inicia.”
Ele continuou:
“Eu estava ciente de que estávamos indo para uma plataforma global, então tínhamos que tornar essas histórias um pouco mais internacionais. E eu queria misturar um pouco, para não continuar fazendo apenas maratonas sombrias.”
Lembrando que as seis temporadas da antologia estão disponíveis na Netflix
Crítica | 6ª temporada de ‘Black Mirror’ é uma das mais FRACAS e decepcionantes da antologia
Espere o inesperado. Está de volta na Netflix a sombria e satírica série antológica de Charlie Brooker, que se reinventa a cada novo episódio. A sexta temporada de Black Mirror será a mais imprevisível, complexa e surpreendente de todas.
Os novos episódios são intitulados: “Joan Is Awful”, “Loch Henry”, “Beyond the Sea”, “Mazey Day” e “Demon 79”.
O elenco conta com Salma Hayek (‘Eternos’), Aaron Paul (‘Breaking Bad’), Zazie Beetz (‘Coringa’), Josh Hartnett (‘Pearl Harbor’), Michael Cera (‘Superbad – É Hoje’), Rory Culkin (‘Pânico 4’), Paapa Essiedu (‘Gangs of London’), Kate Mara (‘A Teacher’), Danny Ramirez (‘Top Gun: Maverick’), Clara Rugaard (‘I Am Mother’), Auden Thornton (‘This is Us’) e Anjana Vasan (‘Killing Eve: Dupla Obsessão’).
Diferente da temporada anterior – que foi lançada em 2019 –, o sexto ano terá mais de três episódios. Além disso, os novos episódios serão mais longos e com um orçamento mais alto, elevando-os ao potencial de pequenos filmes.
Com caráter antológico, a série adota uma visão sobre a influência das novas tecnologias na vida moderna, criticando com histórias sobre sensações tecno-paranoicas e traçando o perfil da sociedade formada pelas mídias, sociais ou não. Poderia ser resumida como uma série que apresenta críticas à sociedade atual e que alerta sobre como ela, se continuar nesse ritmo, pode piorar a cada dia.