quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica 2 | O Convento – Filme Foca no Terror Mas Acerta no Drama Religioso

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Filme de terror aqui no CinePOP é sempre prioridade, e, a bem da verdade, mesmo nos controlando a gente acaba criando alguma expectativa quando ouvimos sobre um novo lançamento. É que a gente curte muito esse gênero, então, sempre que tem um lançamento nós damos um jeito de assistir. Foi assim que chegamos na cabine de imprensa para conferir ‘O Convento’, a nova produção do gênero que já está em exibição nos cinemas nacionais.



Grace (Jena Malone) é uma jovem mulher que mora sozinha em seu apartamento em sua rotina. Em determinado momento ela recebe uma ligação que a pega desprevenida: a voz do outro lado da linha lhe comunica o falecimento de seu irmão, Michael (Steffan Cennydd), que era padre num convento. Pior ainda: o investigador desconfia que Michael tirara própria vida. Indignada com essa linha de pensamento Grace decide ir até o local tirar a história a limpo. Porém, ao chegar lá, as informações que recebe são um bocado suspeitas, e episódios sinistros passam a acontecer, com ela desmaiando e em seguida acordando sem lembrar de nada. Decidida a saber a verdade mesmo que isso desperte dolorosas lembranças, Grace irá até o fim para descobrir o que aconteceu com seu irmão.

O Convento’ tem apenas uma hora e trinta de duração, e é suficiente para a sua proposta. O roteiro de Laurie Cook e Christopher Smith não se arrisca para muito longe de uma linha narrativa segura e progressiva, de modo que o espectador não terá dificuldades em seguir a história contada pelo ponto de vista da protagonista. Os três atos não são exatamente bem marcados, mas sim intercalados com memórias da personagem Grace sobre seu passado, e, com o avançar dos acontecimentos, essas memórias vão fazendo mais sentido para o espectador à medida em que se revelam os seus contextos.

Um dos quesitos que se destacam nesta produção é a fotografia; como bem pode ser visto no pôster do filme esta técnica faz um bom uso dos elementos cristãos religiosos em contraste com o vermelho sangue da proposta de terror da produção.

Passado em um convento na Escócia e com um elenco pouco conhecido o filme se esforça em tentar construir um ambiente de suspense com pinceladas de terror, mas o resultado é que ele acaba focando muito mais um tom dramático, que é interferido por questões da religião cristã. Ou seja 2/3 do filme se dedica em desvendar o mistério da protagonista, mas o faz em tom dramático, sem jump scare e, a bem da verdade, com poucas propostas de sequer produzir um susto. Então, quando o mote religioso entra no plano, ele acaba se tornando apenas o elemento opositor da história, um conflito que se explica, mas não se aprofunda.

Ainda que com um plot twist interessante no final, faltou um bocado de terror para que ‘O Convento’ pudesse fazer peso na categoria. O filme de Christopher Smith traz uma história interessante que se desenvolve com um pouco de espalhamento de sangue e algumas mortes, mas nada além disso. Cumpre seu papel de entreter e só.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Grace (Jena Malone) é uma jovem mulher que mora sozinha em seu apartamento em sua rotina. Em determinado momento ela recebe uma ligação que a pega desprevenida: a voz do outro lado da linha lhe comunica o falecimento de seu irmão, Michael (Steffan Cennydd), que era padre num convento. Pior ainda: o investigador desconfia que Michael tirara própria vida. Indignada com essa linha de pensamento Grace decide ir até o local tirar a história a limpo. Porém, ao chegar lá, as informações que recebe são um bocado suspeitas, e episódios sinistros passam a acontecer, com ela desmaiando e em seguida acordando sem lembrar de nada. Decidida a saber a verdade mesmo que isso desperte dolorosas lembranças, Grace irá até o fim para descobrir o que aconteceu com seu irmão.

O Convento’ tem apenas uma hora e trinta de duração, e é suficiente para a sua proposta. O roteiro de Laurie Cook e Christopher Smith não se arrisca para muito longe de uma linha narrativa segura e progressiva, de modo que o espectador não terá dificuldades em seguir a história contada pelo ponto de vista da protagonista. Os três atos não são exatamente bem marcados, mas sim intercalados com memórias da personagem Grace sobre seu passado, e, com o avançar dos acontecimentos, essas memórias vão fazendo mais sentido para o espectador à medida em que se revelam os seus contextos.

Um dos quesitos que se destacam nesta produção é a fotografia; como bem pode ser visto no pôster do filme esta técnica faz um bom uso dos elementos cristãos religiosos em contraste com o vermelho sangue da proposta de terror da produção.

Passado em um convento na Escócia e com um elenco pouco conhecido o filme se esforça em tentar construir um ambiente de suspense com pinceladas de terror, mas o resultado é que ele acaba focando muito mais um tom dramático, que é interferido por questões da religião cristã. Ou seja 2/3 do filme se dedica em desvendar o mistério da protagonista, mas o faz em tom dramático, sem jump scare e, a bem da verdade, com poucas propostas de sequer produzir um susto. Então, quando o mote religioso entra no plano, ele acaba se tornando apenas o elemento opositor da história, um conflito que se explica, mas não se aprofunda.

Ainda que com um plot twist interessante no final, faltou um bocado de terror para que ‘O Convento’ pudesse fazer peso na categoria. O filme de Christopher Smith traz uma história interessante que se desenvolve com um pouco de espalhamento de sangue e algumas mortes, mas nada além disso. Cumpre seu papel de entreter e só.

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