quinta-feira , 26 dezembro , 2024

Crítica 2 | Pequena Grande Vida – Intrigante sátira social cheia de boas intenções

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Alexander Payne se destacou nos últimos anos com filmes recheados de humor negro e representações satíricas da sociedade americana contemporânea, sempre dando espaço em suas tramas para adultério e relacionamentos.

Seu currículo tem poucos filmes, mas todos marcantes, como ‘Nebraska’ (2011), ‘Os Descendentes’ (2006) e ‘Eleição‘ (1999), um dos primeiros filmes de Reese Whiterspoon.



Em ‘Pequena Grande Vida’, ele parte de uma premissa interessantíssima para analisar o comportamento humano, fazer uma sátira social e alertar que o Planeta Terra pode estar com os dias contados devido ao crescimento populacional demasiado que suga o restinho dos recursos naturais.

Imagina o que acontece, como uma solução para a superpopulação, quando os cientistas noruegueses descobrem como encolher os humanos para 12,7 cm de altura e propõem uma transição global ao longo de 200 anos do grande para o pequeno.

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As pessoas logo percebem o quanto o dinheiro dura mais em um mundo miniaturizado e, com a promessa de uma vida melhor, o homem comum Paul Safrânek (Matt Damon) e sua esposa Audrey (Kristen Wiig) decidem abandonar suas vidas estressadas em Omaha, Estados Unidos, para se tornarem pequenos e se mudarem para uma nova comunidade em miniatura – uma escolha que dá início a aventuras que mudam suas vidas.

Partindo de uma ideia genial, o roteiro escrito por Alexander Payne e Jim Taylor aborda diversos tabus diferentes da sociedade e se arrasta ao longo de intermináveis 135 min.

Dividido em duas partes totalmente distintas, a trama começa de maneira desinteressante ao mostrar o dia a dia do insosso protagonista antes de decidir se tornar minúsculo, mas falha em captar o interesse do espectador com personagens pouco cativantes e diálogos cansativos.

O maior problema está na indecisão do diretor em tornar um filme uma comédia (se levando a sério demais) ou um drama (se levando pouco a sério). Como uma comédia dramática, o filme não convence.

Na segunda metade, lá pelos 80 minutos da produção, o filme finalmente engata e temos uma divertida comedia romântica de primeira. E essa evolução do filme tem nome e sobrenome: Hong Chau, que interpreta a divertidíssima Ngoc Lan Tran.

Indicada a várias premiações, e esnobada pelo Oscar, Hong Chau é a alma do filme e entrega uma das melhores personagens do cinema dos últimos anos. Carismática, ela consegue salvar o filme e divertir o público.

Matt Damon traz uma atuação sólida como um protagonista que evolui junto com a trama, auxiliado por um divertido Christoph Waltz. Já Kristen Wiig parece perdida, com uma personagem rasa e pouco convincente.

Pequena Grande Vida’ é um filme com uma ótima premissa e um grande potencial, que poderia ser muito melhor se o diretor decidisse enxugar o roteiro e cortar alguns momentos irrelevantes para a história que ele quer contar. Mesmo assim, vale a pena assistir pela mensagem e seu escopo, pelos momentos divertidos e por Hong Chau – sua personagem definitivamente vai te conquistar e fazer rir!

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Alexander Payne se destacou nos últimos anos com filmes recheados de humor negro e representações satíricas da sociedade americana contemporânea, sempre dando espaço em suas tramas para adultério e relacionamentos.

Seu currículo tem poucos filmes, mas todos marcantes, como ‘Nebraska’ (2011), ‘Os Descendentes’ (2006) e ‘Eleição‘ (1999), um dos primeiros filmes de Reese Whiterspoon.

Em ‘Pequena Grande Vida’, ele parte de uma premissa interessantíssima para analisar o comportamento humano, fazer uma sátira social e alertar que o Planeta Terra pode estar com os dias contados devido ao crescimento populacional demasiado que suga o restinho dos recursos naturais.

Imagina o que acontece, como uma solução para a superpopulação, quando os cientistas noruegueses descobrem como encolher os humanos para 12,7 cm de altura e propõem uma transição global ao longo de 200 anos do grande para o pequeno.

As pessoas logo percebem o quanto o dinheiro dura mais em um mundo miniaturizado e, com a promessa de uma vida melhor, o homem comum Paul Safrânek (Matt Damon) e sua esposa Audrey (Kristen Wiig) decidem abandonar suas vidas estressadas em Omaha, Estados Unidos, para se tornarem pequenos e se mudarem para uma nova comunidade em miniatura – uma escolha que dá início a aventuras que mudam suas vidas.

Partindo de uma ideia genial, o roteiro escrito por Alexander Payne e Jim Taylor aborda diversos tabus diferentes da sociedade e se arrasta ao longo de intermináveis 135 min.

Dividido em duas partes totalmente distintas, a trama começa de maneira desinteressante ao mostrar o dia a dia do insosso protagonista antes de decidir se tornar minúsculo, mas falha em captar o interesse do espectador com personagens pouco cativantes e diálogos cansativos.

O maior problema está na indecisão do diretor em tornar um filme uma comédia (se levando a sério demais) ou um drama (se levando pouco a sério). Como uma comédia dramática, o filme não convence.

Na segunda metade, lá pelos 80 minutos da produção, o filme finalmente engata e temos uma divertida comedia romântica de primeira. E essa evolução do filme tem nome e sobrenome: Hong Chau, que interpreta a divertidíssima Ngoc Lan Tran.

Indicada a várias premiações, e esnobada pelo Oscar, Hong Chau é a alma do filme e entrega uma das melhores personagens do cinema dos últimos anos. Carismática, ela consegue salvar o filme e divertir o público.

Matt Damon traz uma atuação sólida como um protagonista que evolui junto com a trama, auxiliado por um divertido Christoph Waltz. Já Kristen Wiig parece perdida, com uma personagem rasa e pouco convincente.

Pequena Grande Vida’ é um filme com uma ótima premissa e um grande potencial, que poderia ser muito melhor se o diretor decidisse enxugar o roteiro e cortar alguns momentos irrelevantes para a história que ele quer contar. Mesmo assim, vale a pena assistir pela mensagem e seu escopo, pelos momentos divertidos e por Hong Chau – sua personagem definitivamente vai te conquistar e fazer rir!

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