sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica 2ª temporada de ‘What If…?’ | Sétimo episódio une mundos distintos, mas complementares

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[ANTES DE COMEÇAR A CRÍTICA, FIQUE CIENTE QUE ELA CONTÉM SPOILERS]

Se você ainda não assistiu o sétimo episódio da segunda temporada de What If…?, evite esta matéria, pois ela contém revelações sobre a trama.



Existem na Marvel dois núcleos que misturam a fantasia com a ficção de forma interessante. Um deles é o dos deuses nórdicos de Asgard, que foram introduzidos como entidades sagradas e logo foram trabalhados como uma raça alienígena poderosíssima, cuja missão era proteger os Nove Reinos que existiam sob a guarda de Odin. O outro é um núcleo mais recente, mas tem abordagem parecida, que é o de Ta Lo e a dimensão paralela escondida numa floresta mágica da China, onde um grupo de guerreiros interdimensionais treinam artes marciais para defender o povo da Terra das forças ocultas do submundo. Dada essa semelhança, o sétimo episódio da segunda temporada de What If…? chega de forma praticamente lógica para unir esses dois mundos diferentes da forma mais inesperada possível: fazendo Hela, a deusa da Morte, conhecer Wenwu, o Mandarim, antes dele se deixar corromper pelo poder dos Dez Anéis.

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A sacada de unir esses dois vilões em uma jornada heroica de redenção foi brilhante. Afinal, Wenwu era um dos personagens mais antigos do MCU, tendo sua longevidade expandida pelo poder dos braceletes místicos. Então, faz sentido, cronologicamente falando, utilizá-lo numa história que se ambienta há muito mais de 1500 anos no passado (levando em consideração que o Thor ainda não nasceu). Da mesma forma, Hela (Cate Blanchett) pode ganhar um desenvolvimento maior, já que ela foi reduzida a uma vilã sedenta por vingança em Thor: Ragnarok (2017).

Neste episódio, ela é mandada para a Terra para aprender o valor da vida, mais ou menos como o Pai de Todos fez com o Thor na Linha do Tempo Sagrada. Porém, o grande mérito desse capítulo é fazer algo que a franquia demorou muito tempo para fazer, que é mostrar o verdadeiro culpado por todo o caos que envolve as tramas asgardianas: Odin. Todas as polêmicas e situações problemáticas que se voltariam contra os exércitos de Asgard foram causadas pelas ações arrogantes, desrespeitosas e colonizadoras do líder supremo asgardiano, que fazia isso não só por uma ilusão de controle legitimada pela monarquia, mas principalmente por se achar superior.

Aqui, ao aprender sobre a humildade e o papel da vida em comunhão as outras formas de existência, por meio das artes marciais, Hela compreende que sua frustração, raiva e falta de apreço pela vida são fruto de uma colossal frustração causada pelo cerceamento de liberdade imposta por seu pai, que a treinou para ser exatamente como ele. E isso reflete em suas principais características negativas.

No fim das contas, ver a história asgardiana sendo escrita por alguém que não se deixa dominar por Odin, em nome de uma suposta hierarquia, é revigorante. No final, ao quebrar suas amarras e aceitar o valor da vida, Hela assume o trono de Asgard e se junta a Wenwu para livrar os nove reinos de uma suposta proteção que de nada adiantou quando os verdadeiros problemas surgiram.

Os episódios da segunda temporada de What If…? estreiam diariamente até o dia 30 de dezembro, somente no Disney+.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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A sacada de unir esses dois vilões em uma jornada heroica de redenção foi brilhante. Afinal, Wenwu era um dos personagens mais antigos do MCU, tendo sua longevidade expandida pelo poder dos braceletes místicos. Então, faz sentido, cronologicamente falando, utilizá-lo numa história que se ambienta há muito mais de 1500 anos no passado (levando em consideração que o Thor ainda não nasceu). Da mesma forma, Hela (Cate Blanchett) pode ganhar um desenvolvimento maior, já que ela foi reduzida a uma vilã sedenta por vingança em Thor: Ragnarok (2017).

Neste episódio, ela é mandada para a Terra para aprender o valor da vida, mais ou menos como o Pai de Todos fez com o Thor na Linha do Tempo Sagrada. Porém, o grande mérito desse capítulo é fazer algo que a franquia demorou muito tempo para fazer, que é mostrar o verdadeiro culpado por todo o caos que envolve as tramas asgardianas: Odin. Todas as polêmicas e situações problemáticas que se voltariam contra os exércitos de Asgard foram causadas pelas ações arrogantes, desrespeitosas e colonizadoras do líder supremo asgardiano, que fazia isso não só por uma ilusão de controle legitimada pela monarquia, mas principalmente por se achar superior.

Aqui, ao aprender sobre a humildade e o papel da vida em comunhão as outras formas de existência, por meio das artes marciais, Hela compreende que sua frustração, raiva e falta de apreço pela vida são fruto de uma colossal frustração causada pelo cerceamento de liberdade imposta por seu pai, que a treinou para ser exatamente como ele. E isso reflete em suas principais características negativas.

No fim das contas, ver a história asgardiana sendo escrita por alguém que não se deixa dominar por Odin, em nome de uma suposta hierarquia, é revigorante. No final, ao quebrar suas amarras e aceitar o valor da vida, Hela assume o trono de Asgard e se junta a Wenwu para livrar os nove reinos de uma suposta proteção que de nada adiantou quando os verdadeiros problemas surgiram.

Os episódios da segunda temporada de What If…? estreiam diariamente até o dia 30 de dezembro, somente no Disney+.

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