O casal Warren está de volta! E se nos anos 80, tínhamos caçadores de fantasmas num misto de humor e ação, aqui, o roteiro pega emprestado a fama do casal que de fato existiu nos anos 60 e 70 os colocando como os novos inimigos do sobrenatural… e de maneira sempre envolvente. Pontos para a dupla de atores, formado pelo carismático Patrick Wilson e a talentosa Vera Farmiga.
Dessa vez, os Warren se deparam com um demônio que utiliza o corpo de uma ingênua menina para criar subterfúgios que enganariam os caçadores; desde a atormentada alma de um velho, à uma figura bizarra de um brinquedo giratório. Tudo muito bem conduzido e controlado por um esperto roteiro, que não deixa também de homenagear clássicos do terror, como a nítida referência à ‘Amityville‘, ‘Sexta Feira 13‘ (“Kill, kill…her, her”) e ‘A Cidade dos Amaldiçoados‘. Sem esquecer o crédito gigante do título deslizando pra cima, que lembra o logotipo do cultuado ‘A Profecia‘.
Os planos elegantes do diretor Wan destacando as ruas da periferia inglesa, se mistura à trilha sonora que vai de Beatles (é claro!) à Elvis Presley… esse último, inclusive, servindo para uma inusitada “performance” do ator Wilson.
Farmiga está mais à vontade no papel, embora, é Wilson que parece dessa vez estar mais tempo em cena. E ainda que não tenhamos aqui uma família tão cativante quanto a do primeiro filme, o drama e a emoção dessa família inglesa nos prende de maneira altamente correta e sem pieguices.
Crítica 2 | Invocação do Mal 2
Para aqueles que, assim como eu, também admiram o primeiro filme (que fez tanto sucesso que deu origem ao fútil ‘Annabelle‘), não podem perder essa continuação, que faz jus à qualidade do seu original, ainda que não o supere.
E como é bom ver um filme de terror pelas câmeras de James Wan, um diretor que brinca com ângulos, enquadramentos e até pequenos planos-sequências tão incomuns dentro do gênero. O cara merece essa admiração!