quinta-feira, março 28, 2024

Crítica 3 | Mad Max: A Estrada da Fúria

Você pode sobreviver, mas sobrevivência não é vida. De volta aos sets de filmagens para recriar ou até mesmo repaginar sua própria criação, o espetacular cineasta australiano George Miller, depois de uma passagem curiosa como diretor da animação Happy Feet: O Pinguim, juntamente com um elenco para lá de competente, consegue realizar a façanha de melhorar sua grande obra-prima. Mad Max – A Estrada da Fúria é uma daquelas mágicas cinematográficas que não deixam nossas mentes pararem de se exercitar.

Na trama, conhecemos o solitário Max (Tom Hardy), um homem com traumas de seu passado que vive em um mundo recheado de maldade onde todas as pessoas fazem de tudo sobreviver. Certo dia, é capturado por um grupo terrível que controla uma região e feito prisioneiro. Quando estava perdendo o último fio de esperança que brotava em seu coração, consegue uma única oportunidade de escapar e fugir daquela loucura. Assim, conhece a Imperatriz Furiosa (Charlize Theron), uma mulher que luta para fugir da ira de um tirano cruel e o intrigante Nux (uma atuação espetacular do britânico Nicholas Hoult).

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Enxergamos esse novo mundo pelos olhos do personagem principal. A natureza humana e o desespero pela não extinção são expostos à flor da pele. No contexto da trama, a terra estava estéril. Brigas diárias por petróleo, água ou qualquer tipo de riqueza que nosso planeta possui eram constantes. Essa personificação do desespero que vivia a população é o reflexo das atitudes impiedosas do personagem mais sinistro do ano, Immortan Joe (atuação impactante do ator indiano Hugh Keays-Byrne).

Max (mais uma atuação exemplar do sempre ótimo Tom Hardy) é um homem reduzido aos fiapos que possui do seu instinto de sobrevivência. Assombrado por um passado que não conseguiu proteger e vivendo em um mundo selvagem, com as pessoas beirando à loucura, e onde a racionalidade perde a vez, cada novo dia é uma experiência com altas cargas de emoção. Max nos faz conseguir traçar paralelos e criar analogias criativas quando pensamos em analisar a situação do mundo hoje e essa experiência (apocalíptica), que não deixa de ser uma teoria inteligente e uma crítica ao mundo em que vivemos hoje.

Com alta carga de adrenalina, a ação é constante ao longo dos 120 minutos de projeção, o público sai da sala de cinema e parece que correu uma maratona de São Silvestre. Nossos olhos absorvem tanta informação que parece que estamos dentro daquela história, tudo dentro do magistral roteiro assinado por George Miller, Brendan McCarthy e Nick Lathouris, é interessante. O cinema que faz pensar tem esse poder de nos fazer sonhar e refletir sobre nossa própria existência.

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