sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | A Acusação – Filme atual e IMPACTANTE! [Festival do Rio 2022]

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Não é não! Chega aos cinemas nas primeiras semanas de outubro um filme que mostra os desenrolares de uma denúncia de agressão sexual e os conflitos que surgem para todos os envolvidos e suas famílias. A Acusação, dirigido pelo cineasta israelense Yvan Attal é um profundo drama que aborda os olhares da lei, das famílias, da opinião pública, sobre um caso de estupro. Um filme impactante que deveria ser exibido em muitos lugares e com debates sobre suas reflexões. O filme também está na seleção do Festival do Rio 2022.

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Na trama, conhecemos Alexandre (Ben Attal) um arrogante, privilegiado, com sentimento de superioridade, mimado, estudante francês de 22 anos que mora nos Estados Unidos e estuda engenharia em Stanford que durante sua passagem pela França, para visitar seus pais, um famoso apresentador de TV chamado Jean (Pierre Arditi) e uma ensaísta chamada Claire (Charlotte Gainsbourg), é acusado de estupro. Quem faz a acusação é Mila (Suzanne Jouannet), uma jovem de 17 anos que é filha de Adam (Mathieu Kassovitz), um professor de literatura e Valérie (Audrey Dana), uma protética dentária. Para complicar mais ainda a situação, Claire e Adam são namorados. A situação é levada aos tribunais, onde as versões do fato são ouvidas e julgadas pela lei.

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De 20 minutos à perpetuidade. Uma séria acusação, um trauma para toda uma vida. Quais os argumentos para se duvidar de uma jovem que alega ter sofrido um abuso? O constrangimento é evidente, logo na denúncia Mila precisa detalhar para dois policiais homens o que houve, depois é exposta no jogo das leis, onde o advogado de defesa expõe intimidades e outros traumas. Presenciamos um pesadelo sem fim de uma jovem que procurou a justiça para ajudá-la com sua dor.

Será suas atitudes algum tipo de reflexo de sua criação? Vamos sendo guiados pelas óticas dos personagens, não só as dos dois jovens, mas também de seus pais.  Do lado de Alexandre, onde os parentes mais tem aprofundamento, vemos o pai, figura pública, controlador, mulherengo, inclusive se relaciona com a estagiária do seu trabalho, parece ter uma relação distante com o filho mas sem deixar de lhe proporcionar uma vida confortável. A posição da mãe nessa história é delicada. Ela é uma ensaísta que sempre defendeu a condenação de qualquer tipo de abuso sexual e ainda por cima a acusação é feita pela filha do seu atual namorado.

Vidas despedaçadas, julgamentos sociais. Logo a trama se caminha para um drama de tribunal onde o que realmente aconteceu se torna algo em segundo plano pois fica evidente que uma agressão ocorreu, um ato unilateral, uma ação sem consentimento. Pelo lado da lei, advogados travam batalhas de argumentos, colocando em exposição a vida íntima de agressor e vítima.

A palavra de um contra a palavra do outro. Houve consentimento aos olhos da lei? Qual a verdade jurídica? A Acusação faz o espectador refletir sobre cada conflito que se segue, mesmo com duas percepções de uma mesma cena, acompanhamos os rumos de um veredito em relação à lei mas na parte moral a verdade é uma só.

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Na trama, conhecemos Alexandre (Ben Attal) um arrogante, privilegiado, com sentimento de superioridade, mimado, estudante francês de 22 anos que mora nos Estados Unidos e estuda engenharia em Stanford que durante sua passagem pela França, para visitar seus pais, um famoso apresentador de TV chamado Jean (Pierre Arditi) e uma ensaísta chamada Claire (Charlotte Gainsbourg), é acusado de estupro. Quem faz a acusação é Mila (Suzanne Jouannet), uma jovem de 17 anos que é filha de Adam (Mathieu Kassovitz), um professor de literatura e Valérie (Audrey Dana), uma protética dentária. Para complicar mais ainda a situação, Claire e Adam são namorados. A situação é levada aos tribunais, onde as versões do fato são ouvidas e julgadas pela lei.

De 20 minutos à perpetuidade. Uma séria acusação, um trauma para toda uma vida. Quais os argumentos para se duvidar de uma jovem que alega ter sofrido um abuso? O constrangimento é evidente, logo na denúncia Mila precisa detalhar para dois policiais homens o que houve, depois é exposta no jogo das leis, onde o advogado de defesa expõe intimidades e outros traumas. Presenciamos um pesadelo sem fim de uma jovem que procurou a justiça para ajudá-la com sua dor.

Será suas atitudes algum tipo de reflexo de sua criação? Vamos sendo guiados pelas óticas dos personagens, não só as dos dois jovens, mas também de seus pais.  Do lado de Alexandre, onde os parentes mais tem aprofundamento, vemos o pai, figura pública, controlador, mulherengo, inclusive se relaciona com a estagiária do seu trabalho, parece ter uma relação distante com o filho mas sem deixar de lhe proporcionar uma vida confortável. A posição da mãe nessa história é delicada. Ela é uma ensaísta que sempre defendeu a condenação de qualquer tipo de abuso sexual e ainda por cima a acusação é feita pela filha do seu atual namorado.

Vidas despedaçadas, julgamentos sociais. Logo a trama se caminha para um drama de tribunal onde o que realmente aconteceu se torna algo em segundo plano pois fica evidente que uma agressão ocorreu, um ato unilateral, uma ação sem consentimento. Pelo lado da lei, advogados travam batalhas de argumentos, colocando em exposição a vida íntima de agressor e vítima.

A palavra de um contra a palavra do outro. Houve consentimento aos olhos da lei? Qual a verdade jurídica? A Acusação faz o espectador refletir sobre cada conflito que se segue, mesmo com duas percepções de uma mesma cena, acompanhamos os rumos de um veredito em relação à lei mas na parte moral a verdade é uma só.

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