domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | A Garota Invisível – Atriz de ‘Chiquititas’ em inocente romance juvenil da Netflix

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Enfrentar a quarentena não está sendo fácil para ninguém. Nesse período, a arte se mostra essencial para o ser humano, para que a gente mantenha o equilíbrio da saúde mental, conseguindo se distrair e escapar um pouco da terrível realidade que estamos enfrentando. E teve gente que, mesmo com tudo isso que está acontecendo na nossa vida, conseguiu se superar e criar novas produções cinematográficas, como o romancezinho juvenil ‘A Garota Invisível’, lançamento da semana na Netflix.



Ariana (Sophia Valverde) está de férias após um suado ano na escola. Super estudiosa, ela morre de amores por Klaleb (Guilherme Brumatti, que é a cara do Will de ‘Stranger Things‘), que namora Diana (Mharessa Fernanda), uma youtuber influencer cheia de seguidores. Um dia, Ariana sem querer publica um vídeo em que declara todo seu amor por Klaleb, o que acaba decepcionando seu melhor amigo, Téo (Matheus Ueta), e dando uma boa ideia para o bonitão da escola: ele faz uma aposta com seu melhor amigo, Edu (Kaik Pereira), de namorar Ariana só para passar de ano, e a chama para sair. Iludida, a menina não faz a menor ideia de que está sendo manipulada pelo grande amor da sua vida, mas mergulha nessa aventura de coração aberto.

O plot de ‘A Garota Invisível’ é bem bobinho, inocente até, pois cria uma protagonista que, aos quinze anos, nunca beijou na vida e tem medo de falar com o menino que gosta, embora tenha toda a tecnologia a seu favor. Além disso, o roteiro escrito por Bravo C. Jos cria personagens ingênuos demais, como Téo, o melhor amigo nerd que, aos quinze anos, conversa com um boneco numa versão low creepy de ‘Chuck’, ou a própria protagonista, Ariana, que não só não entende os sinais que seu dito melhor amigo dá, mas simplesmente não age coerentemente com sua própria idade. Na real, é como se ‘A Garota Invisível’ se passasse no universo temático pré-adolescente, mas com personagens que pensam e se comportam como se tivessem nove anos de idade.

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Essa construção possivelmente é proposital, uma vez que o elenco é oriundo de novelinhas de sucesso dentre uma galerinha mais novinha, como ‘Chiquititas’, ‘Cúmplices de um Resgate’ e ‘Carrossel’. O elenco cresceu, mas o público-alvo ainda é infantil, portanto, o filme de Mauricio Eça ao mesmo tempo que fala de tramoias para conquistar o crush, também insere elementos de bobeirol que atrai o público infantil, como piadas de pum, barata e professor caricato.

Por outro lado, é bem interessante observar as soluções que a produção encontrou para conseguir gravar um filme durante a pandemia, mantendo o distanciamento social entre os atores o máximo possível, com cada um na sua casa e dialogando através de vídeo chamadas. Pela criatividade, estão de parabéns.

Embalado pelo sucesso das novelinhas infantis da SBT que chegaram recentemente à Netflix, ‘A Garota Invisível’ estreia já entre os mais vistos da plataforma, provando que a força do fandom conta – e muito – para o sucesso das produções juvenis brasileiras.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Enfrentar a quarentena não está sendo fácil para ninguém. Nesse período, a arte se mostra essencial para o ser humano, para que a gente mantenha o equilíbrio da saúde mental, conseguindo se distrair e escapar um pouco da terrível realidade que estamos enfrentando. E teve gente que, mesmo com tudo isso que está acontecendo na nossa vida, conseguiu se superar e criar novas produções cinematográficas, como o romancezinho juvenil ‘A Garota Invisível’, lançamento da semana na Netflix.

Ariana (Sophia Valverde) está de férias após um suado ano na escola. Super estudiosa, ela morre de amores por Klaleb (Guilherme Brumatti, que é a cara do Will de ‘Stranger Things‘), que namora Diana (Mharessa Fernanda), uma youtuber influencer cheia de seguidores. Um dia, Ariana sem querer publica um vídeo em que declara todo seu amor por Klaleb, o que acaba decepcionando seu melhor amigo, Téo (Matheus Ueta), e dando uma boa ideia para o bonitão da escola: ele faz uma aposta com seu melhor amigo, Edu (Kaik Pereira), de namorar Ariana só para passar de ano, e a chama para sair. Iludida, a menina não faz a menor ideia de que está sendo manipulada pelo grande amor da sua vida, mas mergulha nessa aventura de coração aberto.

O plot de ‘A Garota Invisível’ é bem bobinho, inocente até, pois cria uma protagonista que, aos quinze anos, nunca beijou na vida e tem medo de falar com o menino que gosta, embora tenha toda a tecnologia a seu favor. Além disso, o roteiro escrito por Bravo C. Jos cria personagens ingênuos demais, como Téo, o melhor amigo nerd que, aos quinze anos, conversa com um boneco numa versão low creepy de ‘Chuck’, ou a própria protagonista, Ariana, que não só não entende os sinais que seu dito melhor amigo dá, mas simplesmente não age coerentemente com sua própria idade. Na real, é como se ‘A Garota Invisível’ se passasse no universo temático pré-adolescente, mas com personagens que pensam e se comportam como se tivessem nove anos de idade.

Essa construção possivelmente é proposital, uma vez que o elenco é oriundo de novelinhas de sucesso dentre uma galerinha mais novinha, como ‘Chiquititas’, ‘Cúmplices de um Resgate’ e ‘Carrossel’. O elenco cresceu, mas o público-alvo ainda é infantil, portanto, o filme de Mauricio Eça ao mesmo tempo que fala de tramoias para conquistar o crush, também insere elementos de bobeirol que atrai o público infantil, como piadas de pum, barata e professor caricato.

Por outro lado, é bem interessante observar as soluções que a produção encontrou para conseguir gravar um filme durante a pandemia, mantendo o distanciamento social entre os atores o máximo possível, com cada um na sua casa e dialogando através de vídeo chamadas. Pela criatividade, estão de parabéns.

Embalado pelo sucesso das novelinhas infantis da SBT que chegaram recentemente à Netflix, ‘A Garota Invisível’ estreia já entre os mais vistos da plataforma, provando que a força do fandom conta – e muito – para o sucesso das produções juvenis brasileiras.

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