quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | A Grande Fuga – Michael Caine Volta a Atuar em EMOCIONANTE Filme Baseado em História Real

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Parece inacreditável, mas em breve completaremos 70 anos desde o fim da II Guerra Mundial. Ainda hoje temos histórias desse período que vêm à tona para ajudar a montar o grande quebra-cabeças que é atravessar uma guerra. Histórias às vezes terríveis, outras vezes, de sobrevivência e de superação. Acima de tudo, história de pessoas, cujas lembranças aos poucos vão sendo compartilhadas, e muitas destas acabam por emocionar tanto ao público, que decidem registrá-la de alguma forma, seja no formato de um livro, seja no formato de um filme. Um desses relatos emocionantes acaba de virar um filme, ‘A Grande Fuga’, que chega a partir dessa semana nos cinemas brasileiros.

A Grande Fuga



Bernard Jordan (Michael Caine, de ‘Despedida em Grande Estilo’) é um ex-combatente da marinha da rainha, tendo servido o império britânico durante as Guerras Mundiais. Ele esteve presente durante a chegada das tropas aliadas à Normandia, conhecido como o Dia D, e foi durante esse episódio que conheceu um jovem soldado que lhe pedira que entregasse uma carta em caso de sua morte. Hoje, aos 89 anos, Bernard vive em uma casa de repouso junto à sua esposa, Edith (Ann Queensberry, de ‘Cidade das Sombras’), e basicamente passa os dias lhe fazendo companhia. Porém agora, às vésperas das celebrações dos 70 anos desde a libertação da Normandia, Bernard se sente inquieto, desejoso de participar do evento e, quem sabe, assim, afastar de vez todos os fantasmas que ainda o assombram, e, para isso, Bernard decide fugir do lugar sem avisar a ninguém seu paradeiro.

Existe uma diferença fundamental no título original – ‘The Great Escaper, em tradução livre, ‘O Grande Fugitivo’, cujo significado centra, com humor, a história no indivíduo Bernard – e o título em português, ‘A Grande Fuga’, que centra a história na aventura de fugir da casa de repouso. Embora a escapadela realmente tenha sido o grande diferencial na vida deste indivíduo (motivo pelo qual a história se tornou conhecida de todos na Inglaterra), a motivação para tudo que acontece é humana, pessoal, e essa mudança no significado do título faz com que o espectador foque mais no evento da fuga, que nem é o momento ápice do longa.

A Grande Fuga

Baseado na história real de Bernard Jordan, que realmente fugiu de uma casa de repouso para acertar contas com seu passado nas celebrações dos 70 anos da libertação da Normandia pelas tropas aliadas – e cuja simpatia da estripulia fez com que sua história ganhasse os jornais e, de uma hora para a outra, ele se tornasse uma celebridade espontânea, para além da figura do herói de guerra – o roteiro de William Ivory constrói muitos momentos de interação entre o protagonista e outros personagens, mas corre demais nas cenas principais do enredo, e o diretor Oliver Parker opta por não explorar muito dramaticamente as motivações do protagonista, aliviando a carga emocional da história em prol de uma abordagem mais leve e simpática da aventura de um idosinho combatente de guerra que realizou um último ato de coragem para a marinha britânica.

Com mais uma bela atuação de Michael Caine, ‘A Grande Fuga’, embora seja uma jornada muito particular aos britânicos, emociona pela empatia que sentimos ao assistir protagonistas idosos enfrentando uma sociedade para realizar suas vontades, desejos e sonhos. E como é bom ver atores veteranos atuando, demonstrando que conseguem tornar qualquer história melhor com suas sabedorias!

A Grande Fuga

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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A Grande Fuga

Bernard Jordan (Michael Caine, de ‘Despedida em Grande Estilo’) é um ex-combatente da marinha da rainha, tendo servido o império britânico durante as Guerras Mundiais. Ele esteve presente durante a chegada das tropas aliadas à Normandia, conhecido como o Dia D, e foi durante esse episódio que conheceu um jovem soldado que lhe pedira que entregasse uma carta em caso de sua morte. Hoje, aos 89 anos, Bernard vive em uma casa de repouso junto à sua esposa, Edith (Ann Queensberry, de ‘Cidade das Sombras’), e basicamente passa os dias lhe fazendo companhia. Porém agora, às vésperas das celebrações dos 70 anos desde a libertação da Normandia, Bernard se sente inquieto, desejoso de participar do evento e, quem sabe, assim, afastar de vez todos os fantasmas que ainda o assombram, e, para isso, Bernard decide fugir do lugar sem avisar a ninguém seu paradeiro.

Existe uma diferença fundamental no título original – ‘The Great Escaper, em tradução livre, ‘O Grande Fugitivo’, cujo significado centra, com humor, a história no indivíduo Bernard – e o título em português, ‘A Grande Fuga’, que centra a história na aventura de fugir da casa de repouso. Embora a escapadela realmente tenha sido o grande diferencial na vida deste indivíduo (motivo pelo qual a história se tornou conhecida de todos na Inglaterra), a motivação para tudo que acontece é humana, pessoal, e essa mudança no significado do título faz com que o espectador foque mais no evento da fuga, que nem é o momento ápice do longa.

A Grande Fuga

Baseado na história real de Bernard Jordan, que realmente fugiu de uma casa de repouso para acertar contas com seu passado nas celebrações dos 70 anos da libertação da Normandia pelas tropas aliadas – e cuja simpatia da estripulia fez com que sua história ganhasse os jornais e, de uma hora para a outra, ele se tornasse uma celebridade espontânea, para além da figura do herói de guerra – o roteiro de William Ivory constrói muitos momentos de interação entre o protagonista e outros personagens, mas corre demais nas cenas principais do enredo, e o diretor Oliver Parker opta por não explorar muito dramaticamente as motivações do protagonista, aliviando a carga emocional da história em prol de uma abordagem mais leve e simpática da aventura de um idosinho combatente de guerra que realizou um último ato de coragem para a marinha britânica.

Com mais uma bela atuação de Michael Caine, ‘A Grande Fuga’, embora seja uma jornada muito particular aos britânicos, emociona pela empatia que sentimos ao assistir protagonistas idosos enfrentando uma sociedade para realizar suas vontades, desejos e sonhos. E como é bom ver atores veteranos atuando, demonstrando que conseguem tornar qualquer história melhor com suas sabedorias!

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