Crítica | A Grande Mentira – Suspense se salva pelas atuações de Helen Mirren e Ian McKellen

Os primeiros materiais de divulgação de A Grande Mentira começaram a sair na apresentação da Warner Bros na CinemaCon lá em Abril, onde a atriz Hellen Mirren afirmava que o filme tinha um final bastante imprevisível. E a veterana não estava errada, mesmo que com sua frase fique clara a intensão de vender o longa para os exibidores.

Intenso e liderado por dois ótimos atores, A Grande Mentira segura a atenção do espectador com um mar de intrigas e reviravoltas que surpreendem. Mas nem tudo são flores no filme… a construção da trama e da história esbarra em questões que soam quase impossíveis de acontecer, são muitas coincidências e “E se…” para dar certo, mas Mirren e o parceiro Ian McKellen fazem tudo com uma enorme naturalidade, delicadeza e pompa que seus nomes significam hoje em Hollywood. Os dois pulsam um magnetismo que é difícil encontrar em outras produções, mas, talvez só isso não seja o bastante.

Foto: Warner Bros Pictures

Em A Grande Mentira, não é mentira que a dupla acaba por ser o grande chamariz para se assistir ao drama, pois fica claro que qualquer outra dupla de atores provavelmente não funcionaria.

Assim, é fundamental a experiência e o talento de Mirren e McKellen para fazer o longa deslanchar, onde a dupla ajuda a compor esse mistério que nos deixa intrigados para ser resolvido. Em A Grande Mentira é preciso atenção aos pequenos detalhes apresentados ao longo da história para pintar esse grande quadro que o filme quer mostrar.

Assim, logo de cara, na primeira cena vemos que Roy Courtnay (McKellen, incrível) e Betty McLeish (Mirren, excelente e parecendo que se divertiu em cena) irão jogar um jogo de xadrez perigoso. A Grande Mentira então mostra aos poucos como Roy entra na vida de Betty, uma viúva que vive no subúrbio de Londres com o neto.

O que poderia ser uma história de amor na terceira idade, se mostra muito mais que isso, Roy aplica golpes dos mais diversos tipos, seja fraudes, extorsões, ou mesmo pequenas mentiras sobre onde viveu, conseguiu sua cicatriz no pescoço, e até seu verdadeiro nome.

Foto: Warner Bros Pictures

Na medida que somos apresentados a atribulada vida que Roy leva, vemos a construção do golpe que o simpático senhor quer aplicar na recém-conhecida senhora, onde ele precisa conquistar também o neto Stephen (Russell Tovey), que suspeita das intenções do novo amigo de sua avó. A Grande Mentira, como falamos, se apoia em certas decisões no roteiro de Jeffrey Hatcher, baseado no livro Nicholas Searle, para facilitar que momentos e situações deem certo para os personagens, e que, claro, fazem a trama se desenvolver.

Assim, temos decisões tomadas pelos personagens que soam difíceis de serem compradas… seja pelo castelo de cartas que a trama constrói e destrói ao longo do filme, ou pela simplicidade com que as coisas acontecem, mesmo com um propósito que fica claro apenas no seu final grandioso e cheio de reviravoltas quase inacreditáveis. Por mais intrigantes que sejam e que segurem nossa expectativa até o fim, A Grande Mentira acaba por se embolar na sua própria rede de mentiras, segredos, e traições. Mesmo com boas reviravoltas no fim, o caminho só é suavizado pela dupla principal que faz um show à parte.

A Grande Mentira chega dia 21 de novembro nos cinemas nacionais.

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