sexta-feira , 22 novembro , 2024

Crítica | A Mãe do Ano – AÇÃO Genérica da Netflix Vale por Boas Sequências de Luta

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Não é de hoje que a Polônia tem feito grandes lançamentos na plataforma da Netflix, especialmente com relação ao gênero da ação – e quase sempre tem entregado filmes satisfatórios, que de alguma forma remetem às estruturas técnicas produzidas em Hollywood, mas com cenários distintos. Assim, não foi com grande surpresa que neste mês de maio – mês em que é celebrado o Dia das Mães na maior parte do mundo – a Netflix tenha trazido como um de seus carros chefes o lançamento do filme de ação polonês ‘A Mãe do Ano’.



Nina (Agnieszka Grochowska) tem um passado obscuro e sua verdadeira identidade tem que ser escondida para que ela consiga viver em paz. Essa aparente tranquilidade tem seu preço: Nina é obrigada a viver sempre se escondendo e, pior ainda, teve que abrir mão de uma vida ao lado de seu filho, Max (Adrian Delikta), a quem observa o crescimento à distância, estacionando em frente à sua casa e fuxicando sua vida nas redes sociais. Para se anestesiar no dia a dia Nina se entrega à bebida barata e brigas de rua ocasionais defendendo jovens prestes a se meterem em encrenca. Porém o passado não parece estar tão enterrado assim, e as pessoas que costumavam persegui-la parecem ter redescoberto seu paradeiro e, para atingi-la, sequestram Max, tocando no ponto mais sensível de Nina. Agora ela terá que revelar sua identidade e vir à tona para salvar a vida de seu filho, o que também lhe dará a oportunidade de finalmente ter um contato mais direto com ele.

A sinopse de ‘A Mãe do Ano’ é bem genérica, com ares de filme dois de franquia com cujas informações cruciais (por exemplo, o tal passado sombrio da protagonista) não é apresentado ao espectador, apenas mencionado. Não que essa informação seja absolutamente crucial, mas ajudaria a criar conexão com o espectador para que a gente se solidarizasse com as feridas dessa personagem; sem tê-la visto ou sentido, ficou só como uma informação a mais para sustentar um enredo fraco.

Também as atuações não são lá grande coisa. O elenco de apoio fica marcado com atuações bem caricatas, enquanto a protagonista veste uma carapuça impassível estilo anos 80, sem expressar emoções. É uma pena que o roteiro de Lukasz M. Maciejewski e Mateusz Rakowicz não tenha se dedicado a construir personagens minimamente interessantes para prender nossa atenção por uma hora e meia de filme, cuja premissa não é das uma das melhores, mas prometia mais do que entrega.

Num filme de ação um dos quesitos que mais pontua é, bom, as cenas de ação – que, no filme de Mateusz Rakowicz traz sequências de luta alinhadas a uma edição que imprime ritmo e agilidade a uma câmera frenética que vira para todos os lados, acompanhando os movimentos dos golpes entre os personagens. Se por um lado a história não é tão boa ,ao menos os planos-sequências de combate são bem realizadas.

Irregular e com um mote previsível, ‘A Mãe do Ano’ só vale pelas sequências de ação. Mas tudo leva a crer que com o sucesso que está fazendo na Netflix (e a cena final do projeto), é bem capaz que tenhamos uma continuação em breve.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Nina (Agnieszka Grochowska) tem um passado obscuro e sua verdadeira identidade tem que ser escondida para que ela consiga viver em paz. Essa aparente tranquilidade tem seu preço: Nina é obrigada a viver sempre se escondendo e, pior ainda, teve que abrir mão de uma vida ao lado de seu filho, Max (Adrian Delikta), a quem observa o crescimento à distância, estacionando em frente à sua casa e fuxicando sua vida nas redes sociais. Para se anestesiar no dia a dia Nina se entrega à bebida barata e brigas de rua ocasionais defendendo jovens prestes a se meterem em encrenca. Porém o passado não parece estar tão enterrado assim, e as pessoas que costumavam persegui-la parecem ter redescoberto seu paradeiro e, para atingi-la, sequestram Max, tocando no ponto mais sensível de Nina. Agora ela terá que revelar sua identidade e vir à tona para salvar a vida de seu filho, o que também lhe dará a oportunidade de finalmente ter um contato mais direto com ele.

A sinopse de ‘A Mãe do Ano’ é bem genérica, com ares de filme dois de franquia com cujas informações cruciais (por exemplo, o tal passado sombrio da protagonista) não é apresentado ao espectador, apenas mencionado. Não que essa informação seja absolutamente crucial, mas ajudaria a criar conexão com o espectador para que a gente se solidarizasse com as feridas dessa personagem; sem tê-la visto ou sentido, ficou só como uma informação a mais para sustentar um enredo fraco.

Também as atuações não são lá grande coisa. O elenco de apoio fica marcado com atuações bem caricatas, enquanto a protagonista veste uma carapuça impassível estilo anos 80, sem expressar emoções. É uma pena que o roteiro de Lukasz M. Maciejewski e Mateusz Rakowicz não tenha se dedicado a construir personagens minimamente interessantes para prender nossa atenção por uma hora e meia de filme, cuja premissa não é das uma das melhores, mas prometia mais do que entrega.

Num filme de ação um dos quesitos que mais pontua é, bom, as cenas de ação – que, no filme de Mateusz Rakowicz traz sequências de luta alinhadas a uma edição que imprime ritmo e agilidade a uma câmera frenética que vira para todos os lados, acompanhando os movimentos dos golpes entre os personagens. Se por um lado a história não é tão boa ,ao menos os planos-sequências de combate são bem realizadas.

Irregular e com um mote previsível, ‘A Mãe do Ano’ só vale pelas sequências de ação. Mas tudo leva a crer que com o sucesso que está fazendo na Netflix (e a cena final do projeto), é bem capaz que tenhamos uma continuação em breve.

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