domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | A Maratona de Brittany – Dramédia body positive faz chorar e rir

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Toda mulher passa ou já passou pelo mesmo dilema. Olhar para o seu reflexo e estar satisfeita com o resultado. Passamos a vida inteira tentando encontrar a nossa melhor metade, aquela que complete a beleza com a qual nascemos. E não se trata de um companheiro, mas sim de se encontrar em si mesma, ao ponto de se amar verdadeiramente – seja lá qual seja seu biotipo ou traços. Esse é o primeiro amor e talvez um dos mais difíceis de achar. E a comédia dramática A Maratona de Brittany traz a protagonista homônima nesta busca pela sua melhor versão, na tentativa de começar a levar uma vida mais saudável, em todas as esferas.

Escrita e dirigida pelo dramaturgo Paul Downs Colaizzo, estreante no cinema, a produção é um retrato inspirado na sua melhor amiga da vida real, Brittany. Como alguém que acompanhou de perto os seus dissabores, ele faz um retrato realista de uma história verdadeira, trazendo a audiência para perto de si, com uma narrativa aparentemente simples, mas tão complexa e reflexiva em seu âmago. Totalmente identificável, nos deparamos com uma mulher no auge de seus 28 anos, bagunçada, sem foco e com sua saúde definhando.



Ao ser alertada pelo médico, a personagem vivida por Jillian Bell começa a analisar sua rotina, diagnosticando sua negligência consigo mesma como a causa de uma sucessão de atrasos em sua vida. Presa num humor delicioso, que esconde sua falta de direção e a insatisfação com o seu corpo, ela faz da busca por um estilo mais saudável a engrenagem que vai alavancar uma série de outras transformações em sua vida. A princípio sem saber desse impacto da decisão de correr pelas ruas de Nova York, seu posicionamento ainda serve como uma confirmação de que para se relacionar bem com os outros e com suas aspirações, primeiramente é fundamental criar essa intimidade internamente.

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E embora esteja longe de ser um filme coming of age, A Maratona de Brittany traz fragmentos dessa fase de descobertas, permeadas por indecisões, fragilidades e picos comportamentais. Como alguém que beira os 30 anos, mas vive como se tivesse 16, ela é um retrato honesto de muitos de nós, que ainda não fazem ideia do que estão fazendo. Sensível, sua história traz um pouco de cada um, também expresso pelos excepcionais coadjuvantes, que fazem da maratona de Nova York como um marco zero para uma guinada pessoal e que são divertidas caricaturas do comportamento humano.  

Com uma direção simples, mas um roteiro tão emocionalmente completo, Colaizzo presenteia a audiência com uma comédia dramática prazerosa, que até nos leva a ponderar sobre o estilo de vida que levamos e com que nos relacionamos. Acompanhando a transformação corporal da protagonista, por meio de sua fixação pela balança, percebemos também que mudar a nossa percepção sobre nós mesmos vai além de uns quilinhos a mais ou a menos. Fechada e receosa em relação às intenções alheias, Brittany é uma exemplificação até óbvia, mas que fora esquecida em tempos de redes sociais, onde todos querem se aparecer e parecer para os outros. Aqui, a personagem nos lembra que mudar seu caráter e perspectiva de vida está mais distante da aparência do que se esperaria.

Fazendo metáforas e analogias sobre superação e aceitação, A Maratona de Brittany é uma incrível dramédia body positive, para todos os gêneros e públicos. Nos conquistando a cada piada bem escrita e performada, o longa não perde a oportunidade de nos emocionar com a tão particular e identificável jornada de auto descobertas dessa, que é das figuras mais carismáticas do cinema da atualidade.

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Toda mulher passa ou já passou pelo mesmo dilema. Olhar para o seu reflexo e estar satisfeita com o resultado. Passamos a vida inteira tentando encontrar a nossa melhor metade, aquela que complete a beleza com a qual nascemos. E não se trata de um companheiro, mas sim de se encontrar em si mesma, ao ponto de se amar verdadeiramente – seja lá qual seja seu biotipo ou traços. Esse é o primeiro amor e talvez um dos mais difíceis de achar. E a comédia dramática A Maratona de Brittany traz a protagonista homônima nesta busca pela sua melhor versão, na tentativa de começar a levar uma vida mais saudável, em todas as esferas.

Escrita e dirigida pelo dramaturgo Paul Downs Colaizzo, estreante no cinema, a produção é um retrato inspirado na sua melhor amiga da vida real, Brittany. Como alguém que acompanhou de perto os seus dissabores, ele faz um retrato realista de uma história verdadeira, trazendo a audiência para perto de si, com uma narrativa aparentemente simples, mas tão complexa e reflexiva em seu âmago. Totalmente identificável, nos deparamos com uma mulher no auge de seus 28 anos, bagunçada, sem foco e com sua saúde definhando.

Ao ser alertada pelo médico, a personagem vivida por Jillian Bell começa a analisar sua rotina, diagnosticando sua negligência consigo mesma como a causa de uma sucessão de atrasos em sua vida. Presa num humor delicioso, que esconde sua falta de direção e a insatisfação com o seu corpo, ela faz da busca por um estilo mais saudável a engrenagem que vai alavancar uma série de outras transformações em sua vida. A princípio sem saber desse impacto da decisão de correr pelas ruas de Nova York, seu posicionamento ainda serve como uma confirmação de que para se relacionar bem com os outros e com suas aspirações, primeiramente é fundamental criar essa intimidade internamente.

E embora esteja longe de ser um filme coming of age, A Maratona de Brittany traz fragmentos dessa fase de descobertas, permeadas por indecisões, fragilidades e picos comportamentais. Como alguém que beira os 30 anos, mas vive como se tivesse 16, ela é um retrato honesto de muitos de nós, que ainda não fazem ideia do que estão fazendo. Sensível, sua história traz um pouco de cada um, também expresso pelos excepcionais coadjuvantes, que fazem da maratona de Nova York como um marco zero para uma guinada pessoal e que são divertidas caricaturas do comportamento humano.  

Com uma direção simples, mas um roteiro tão emocionalmente completo, Colaizzo presenteia a audiência com uma comédia dramática prazerosa, que até nos leva a ponderar sobre o estilo de vida que levamos e com que nos relacionamos. Acompanhando a transformação corporal da protagonista, por meio de sua fixação pela balança, percebemos também que mudar a nossa percepção sobre nós mesmos vai além de uns quilinhos a mais ou a menos. Fechada e receosa em relação às intenções alheias, Brittany é uma exemplificação até óbvia, mas que fora esquecida em tempos de redes sociais, onde todos querem se aparecer e parecer para os outros. Aqui, a personagem nos lembra que mudar seu caráter e perspectiva de vida está mais distante da aparência do que se esperaria.

Fazendo metáforas e analogias sobre superação e aceitação, A Maratona de Brittany é uma incrível dramédia body positive, para todos os gêneros e públicos. Nos conquistando a cada piada bem escrita e performada, o longa não perde a oportunidade de nos emocionar com a tão particular e identificável jornada de auto descobertas dessa, que é das figuras mais carismáticas do cinema da atualidade.

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