domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | A Serial Killer – Filme de Crime na Netflix tem argumento tosco, mas divertido!

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Ainda que a probabilidade de colocar os termos “serial killer” e “divertido” na mesma frase seja pequeníssima, a verdade é que o longa indiano ‘A Serial Killer’, que estreou no início do mês na Netflix, é um deleite para cinéfilos que buscam variedade na programação.

A trama é um pouco embolada no início, mas logo ela se acerta médico ginecologista Mrityunjoy Mukherjee (Manoj Bajpayee) descobre, enquanto está viajando, que sua esposa Sona (Jacqueline Fernandez) está grávida. Entretanto, o policial Imran Shahid (Mohit Raina) está investigando uma série de assassinatos de jovens mulheres grávidas, e, por isso, prende Joy. Para tentar salvar o marido, Sona procura o advogado Rastogi (Darsham Jariwala), que tem uma brilhante ideia: para provar que Joy é inocente, Sona tem que mostrar que os crimes seguem acontecendo, portanto, ela deve virar uma serial killer.



É isso mesmo.

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O argumento de ‘A Serial Killer’ é bem tosco, afinal, jura que não tem nenhuma outra forma de salvar o cara? Porém, mais do que a ideia, é a execução do longa que chama a atenção.

Primeiramente, é preciso destacar a multifuncionalidade de Shirish Kunder, que simplesmente dirigiu, produziu, editou e ainda compôs a trilha sonora do filme. Presente em tantas áreas, dá para perceber sua assinatura em todas essas áreas (assim como também dá para perceber suas influências). Assim, as cores vibrantes e fortes da Índia estão presentes em ‘A Serial Killer’ em tons mais neons e contrastantes, numa paleta que vai do roxo/rosa-choque ao amarelo/laranja, passando pelo verde/azul vívido em oposição aos cenários obscurecidos do cenário noir. Por se tratar de uma história de suspense e crime, Shirish Kunder pingou um pouquinho de Hitchcock à sua música tema e ao enquadramento dramático da câmera, que posiciona os atores às margens, dando ênfase ao cenário multicolorido e enquadrando-os em angulações que os foca como acusadores ou acusados.

O roteiro de Vikas Vinod Singh é um bocado confuso no início – aliás, não vejam a primeira cena, que dá um enorme spoiler do que acontece no fim. Talvez os filmes indianos tenham esse costume de antecipar o ápice ao espectador para que ele saiba exatamente o que vai acontecer, como nos comerciais de novela. Apesar desse tropeço inicial, o longa avança de maneira interessante até seu ato final, em que, meus amigos, há uma verdadeira sequência de cenas inacreditáveis. Essa última parte do filme definitivamente rouba a cena, faz a gente gritar e gargalhar e, pasmem, consegue ainda por cima nos surpreender.

Com atuações bem a la ‘Maria do Bairro’, o longa ‘A Serial Killer’ é um filme bem descontraído, que não assusta nem traz cenas chocantes, mas entretém que é uma beleza! É um desses filmes que merecia passar na sessão de meia-noite dos festivais de cinema.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Ainda que a probabilidade de colocar os termos “serial killer” e “divertido” na mesma frase seja pequeníssima, a verdade é que o longa indiano ‘A Serial Killer’, que estreou no início do mês na Netflix, é um deleite para cinéfilos que buscam variedade na programação.

A trama é um pouco embolada no início, mas logo ela se acerta médico ginecologista Mrityunjoy Mukherjee (Manoj Bajpayee) descobre, enquanto está viajando, que sua esposa Sona (Jacqueline Fernandez) está grávida. Entretanto, o policial Imran Shahid (Mohit Raina) está investigando uma série de assassinatos de jovens mulheres grávidas, e, por isso, prende Joy. Para tentar salvar o marido, Sona procura o advogado Rastogi (Darsham Jariwala), que tem uma brilhante ideia: para provar que Joy é inocente, Sona tem que mostrar que os crimes seguem acontecendo, portanto, ela deve virar uma serial killer.

É isso mesmo.

O argumento de ‘A Serial Killer’ é bem tosco, afinal, jura que não tem nenhuma outra forma de salvar o cara? Porém, mais do que a ideia, é a execução do longa que chama a atenção.

Primeiramente, é preciso destacar a multifuncionalidade de Shirish Kunder, que simplesmente dirigiu, produziu, editou e ainda compôs a trilha sonora do filme. Presente em tantas áreas, dá para perceber sua assinatura em todas essas áreas (assim como também dá para perceber suas influências). Assim, as cores vibrantes e fortes da Índia estão presentes em ‘A Serial Killer’ em tons mais neons e contrastantes, numa paleta que vai do roxo/rosa-choque ao amarelo/laranja, passando pelo verde/azul vívido em oposição aos cenários obscurecidos do cenário noir. Por se tratar de uma história de suspense e crime, Shirish Kunder pingou um pouquinho de Hitchcock à sua música tema e ao enquadramento dramático da câmera, que posiciona os atores às margens, dando ênfase ao cenário multicolorido e enquadrando-os em angulações que os foca como acusadores ou acusados.

O roteiro de Vikas Vinod Singh é um bocado confuso no início – aliás, não vejam a primeira cena, que dá um enorme spoiler do que acontece no fim. Talvez os filmes indianos tenham esse costume de antecipar o ápice ao espectador para que ele saiba exatamente o que vai acontecer, como nos comerciais de novela. Apesar desse tropeço inicial, o longa avança de maneira interessante até seu ato final, em que, meus amigos, há uma verdadeira sequência de cenas inacreditáveis. Essa última parte do filme definitivamente rouba a cena, faz a gente gritar e gargalhar e, pasmem, consegue ainda por cima nos surpreender.

Com atuações bem a la ‘Maria do Bairro’, o longa ‘A Serial Killer’ é um filme bem descontraído, que não assusta nem traz cenas chocantes, mas entretém que é uma beleza! É um desses filmes que merecia passar na sessão de meia-noite dos festivais de cinema.

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