domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | ‘Agente Infiltrado’: Filme de ação francês da Netflix é competente e bem-intencionado

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A Netflix tem investido cada vez mais em seus projetos de ação, pois sabe que o sucesso por parte do público é garantido. No entanto, centenas de milhões de dólares em orçamentos para seus filmes nem sempre são sinônimos de qualidade, como foi visto em obras recentes como ‘Agente Oculto’ ou ‘Alerta Vermelho’, duas das maiores produções da plataforma. Agora, o longa francês ‘Agente Infiltrado’ (ou ‘AKA’ no original), que chegou sorrateiramente no catálogo semana passada, consegue superar essas produções hollywoodianas em muitos quesitos, mesmo tendo um orçamento modesto.

A trama acompanha o assassino de aluguel do Serviço Secreto Francês, Adam Franco, um homem casca-grossa e frio, muito bem interpretado pelo ator Alban Lenoir (de ‘Bala Perdida’ 1 e 2, também da Netflix). Ele recebe a missão de se infiltrar como funcionário de uma família poderosa do crime para impedir um atentado terrorista. Durante a tarefa, ele se vê envolvido em situações que colocarão sua lealdade à prova, especialmente ao criar laços de amizade com o filho de 8 anos do chefão dessa família.



O ponto alto da produção está nas cenas de ação, dirigidas pelo cineasta Morgan S. Dalibert, que bebe de inspirações como ‘John Wick’ para executar uma câmera mais estabilizada, dispensando movimentos frenéticos especialmente em ambientes abertos nas cenas de tiroteio. Logo no início do filme, há um plano-sequência que, apesar de breve, demonstra o comprometimento do diretor em mostrar que o longa não vai economizar na brutalidade e no banho de sangue. No entanto, não pense que, assim como a franquia estrelada por Keanu Reeves, o filme será carregado apenas pelas cenas de adrenalina. A narrativa dramática aqui também está bem presente.

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E sim, o longa pesa a mão na narrativa dramática, que ocupa boa parte do tempo e é centrada no protagonista, só que não esbanja de autenticidade alguma. A relação de Adam com o garoto Jonathan (Noé Chabbat) é bem rasa e é totalmente escanteada durante o terceiro ato do longa. Não chega nem aos pés da química entre Denzel Washington e Dakota Fanning em ‘Chamas da Vingança’, por exemplo. Há também a relação entre o chefão do crime Victor Pastore (Eric Cantona, o ex-jogador de futebol) com sua família, que é pouco explorada.

Apesar do dramalhão batido, ele é operante e casa bem com o ritmo do filme, que dura um pouco menos que 2 horas. O longa também opta por um desfecho que cutuca uma situação pertinente envolvendo a relação entre países colonizados pela França e suas relações políticas atualmente, que funciona, por mais que seja jogado na história nos últimos minutos de rodagem.

Ademais, ‘Agente Infiltrado’ acaba com um saldo positivo, sendo uma boa adição de catálogo para a Netflix e que vai agradar aos espectadores que buscam por um filme de ação competente na plataforma. Com o sucesso da produção e o reconhecimento ainda maior de Alban Lenoir, é bem provável que uma sequência já esteja nos planos do estúdio, e que possam acertar em um tom mais de adrenalina e deixando todo o drama clichê de lado.

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Crítica | ‘Agente Infiltrado’: Filme de ação francês da Netflix é competente e bem-intencionado

A Netflix tem investido cada vez mais em seus projetos de ação, pois sabe que o sucesso por parte do público é garantido. No entanto, centenas de milhões de dólares em orçamentos para seus filmes nem sempre são sinônimos de qualidade, como foi visto em obras recentes como ‘Agente Oculto’ ou ‘Alerta Vermelho’, duas das maiores produções da plataforma. Agora, o longa francês ‘Agente Infiltrado’ (ou ‘AKA’ no original), que chegou sorrateiramente no catálogo semana passada, consegue superar essas produções hollywoodianas em muitos quesitos, mesmo tendo um orçamento modesto.

A trama acompanha o assassino de aluguel do Serviço Secreto Francês, Adam Franco, um homem casca-grossa e frio, muito bem interpretado pelo ator Alban Lenoir (de ‘Bala Perdida’ 1 e 2, também da Netflix). Ele recebe a missão de se infiltrar como funcionário de uma família poderosa do crime para impedir um atentado terrorista. Durante a tarefa, ele se vê envolvido em situações que colocarão sua lealdade à prova, especialmente ao criar laços de amizade com o filho de 8 anos do chefão dessa família.

O ponto alto da produção está nas cenas de ação, dirigidas pelo cineasta Morgan S. Dalibert, que bebe de inspirações como ‘John Wick’ para executar uma câmera mais estabilizada, dispensando movimentos frenéticos especialmente em ambientes abertos nas cenas de tiroteio. Logo no início do filme, há um plano-sequência que, apesar de breve, demonstra o comprometimento do diretor em mostrar que o longa não vai economizar na brutalidade e no banho de sangue. No entanto, não pense que, assim como a franquia estrelada por Keanu Reeves, o filme será carregado apenas pelas cenas de adrenalina. A narrativa dramática aqui também está bem presente.

E sim, o longa pesa a mão na narrativa dramática, que ocupa boa parte do tempo e é centrada no protagonista, só que não esbanja de autenticidade alguma. A relação de Adam com o garoto Jonathan (Noé Chabbat) é bem rasa e é totalmente escanteada durante o terceiro ato do longa. Não chega nem aos pés da química entre Denzel Washington e Dakota Fanning em ‘Chamas da Vingança’, por exemplo. Há também a relação entre o chefão do crime Victor Pastore (Eric Cantona, o ex-jogador de futebol) com sua família, que é pouco explorada.

Apesar do dramalhão batido, ele é operante e casa bem com o ritmo do filme, que dura um pouco menos que 2 horas. O longa também opta por um desfecho que cutuca uma situação pertinente envolvendo a relação entre países colonizados pela França e suas relações políticas atualmente, que funciona, por mais que seja jogado na história nos últimos minutos de rodagem.

Ademais, ‘Agente Infiltrado’ acaba com um saldo positivo, sendo uma boa adição de catálogo para a Netflix e que vai agradar aos espectadores que buscam por um filme de ação competente na plataforma. Com o sucesso da produção e o reconhecimento ainda maior de Alban Lenoir, é bem provável que uma sequência já esteja nos planos do estúdio, e que possam acertar em um tom mais de adrenalina e deixando todo o drama clichê de lado.

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