domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Agente Stone: Com roteiro clichê e excelentes sequências de ação, original Netflix consegue ser um bom rolê de fim de semana

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Agências de espionagem megalomaníacas em suas tecnologias e o famigerado anseio por poder e dominação do poderio bélico, econômico e político são condições quase sine qua non quando se trata de spy thrillers contemporâneos. Com propostas narrativas cada vez mais repetitivas, o formato que já nos rendeu clássicos inebriantes como Intriga Internacional e O Homem que Sabia Demais – ambos de Alfred Hitchcock, hoje padece em combinações ostensivas de efeitos visuais carregados e climaxes pouco convincentes. E o novo original Netflix, Agente Stone, é mais um fruto dessa mesma vertente. Aplicando os tropos do gênero, trocando o protagonismo masculino pelo feminino, o suspense de ação não inova, mas ainda assim consegue usar os elementos repetitivos a seu favor.



Tentando reinventar a roda, Agente Stone busca ser um pouco mais ambicioso, explorando a tecnologia à la Minority Report, como uma forma de expandir seu conceito narrativo. Construindo um pequeno universo em sua trama – mais precisamente um submundo da espionagem para além das populares CIA, MI6 e KGB -, o longa dirigido por Tom Harper, a partir de um roteiro coescrito por Greg Rucka (The Old Guard) e Allison Schroeder (Estrelas Além do Tempo), se espelha em John Wick em diversos momentos. Ao apresentar uma linguagem e uma metodologia operacional bem específicas, a equipe criativa por trás do filme almeja conquistar a audiência pelos mesmos motivos que a franquia de Chad Stahelski o fez, indo além da história de um protagonista em busca de redenção/justiça.

E embora Agente Stone nunca chegue perto do brilhantismo da amada saga de Keanu Reeves, os detalhes na construção conceitual da trama, aliado ao carisma de Gal Gadot, fazem com que o original Netflix consiga romper sua própria bolha de mediocridade. Aqui, ao conhecermos a agência secreta Carta e todos os seus peões (denominados pela mesma nomenclatura de um baralho), somos também tragados para as intrigas que a norteiam, ainda que o antagonista e seu background sejam profundamente piegas e blasé. Compensando em excelentes sequências de ação que realmente nos envolvem por inteiro, o thriller sabe manter a audiência engajada até os minutos finais.

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E ainda que algumas falhas em seu roteiro e um final completamente previsível tornem a experiência menor, é inegável que o original Netflix tem seu valor como um entretenimento caseiro de fim de semana. Com Gadot brilhando em tela como de costume, o longa é mais uma oportunidade de mostrar o talento da atriz no gênero de ação, ainda que o produto final não seja dos melhores. Com Jamie Dornan, Alia Bhatt, Sophie Okonedo e Mathias Schweighöfer completando o elenco principal, Agente Stone não é o thriller de espionagem que poderia ser e pouco explora todo o seu submundo habilmente desenhado. Mas entre erros e acertos, a nova estreia da Netflix funciona bem como aquele programão leve para quem não espera muito e quer se divertir sem grandes preocupações.

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Agências de espionagem megalomaníacas em suas tecnologias e o famigerado anseio por poder e dominação do poderio bélico, econômico e político são condições quase sine qua non quando se trata de spy thrillers contemporâneos. Com propostas narrativas cada vez mais repetitivas, o formato que já nos rendeu clássicos inebriantes como Intriga Internacional e O Homem que Sabia Demais – ambos de Alfred Hitchcock, hoje padece em combinações ostensivas de efeitos visuais carregados e climaxes pouco convincentes. E o novo original Netflix, Agente Stone, é mais um fruto dessa mesma vertente. Aplicando os tropos do gênero, trocando o protagonismo masculino pelo feminino, o suspense de ação não inova, mas ainda assim consegue usar os elementos repetitivos a seu favor.

Tentando reinventar a roda, Agente Stone busca ser um pouco mais ambicioso, explorando a tecnologia à la Minority Report, como uma forma de expandir seu conceito narrativo. Construindo um pequeno universo em sua trama – mais precisamente um submundo da espionagem para além das populares CIA, MI6 e KGB -, o longa dirigido por Tom Harper, a partir de um roteiro coescrito por Greg Rucka (The Old Guard) e Allison Schroeder (Estrelas Além do Tempo), se espelha em John Wick em diversos momentos. Ao apresentar uma linguagem e uma metodologia operacional bem específicas, a equipe criativa por trás do filme almeja conquistar a audiência pelos mesmos motivos que a franquia de Chad Stahelski o fez, indo além da história de um protagonista em busca de redenção/justiça.

E embora Agente Stone nunca chegue perto do brilhantismo da amada saga de Keanu Reeves, os detalhes na construção conceitual da trama, aliado ao carisma de Gal Gadot, fazem com que o original Netflix consiga romper sua própria bolha de mediocridade. Aqui, ao conhecermos a agência secreta Carta e todos os seus peões (denominados pela mesma nomenclatura de um baralho), somos também tragados para as intrigas que a norteiam, ainda que o antagonista e seu background sejam profundamente piegas e blasé. Compensando em excelentes sequências de ação que realmente nos envolvem por inteiro, o thriller sabe manter a audiência engajada até os minutos finais.

E ainda que algumas falhas em seu roteiro e um final completamente previsível tornem a experiência menor, é inegável que o original Netflix tem seu valor como um entretenimento caseiro de fim de semana. Com Gadot brilhando em tela como de costume, o longa é mais uma oportunidade de mostrar o talento da atriz no gênero de ação, ainda que o produto final não seja dos melhores. Com Jamie Dornan, Alia Bhatt, Sophie Okonedo e Mathias Schweighöfer completando o elenco principal, Agente Stone não é o thriller de espionagem que poderia ser e pouco explora todo o seu submundo habilmente desenhado. Mas entre erros e acertos, a nova estreia da Netflix funciona bem como aquele programão leve para quem não espera muito e quer se divertir sem grandes preocupações.

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