sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | ‘Alma de Caçador’ – Top 1 da Netflix é um filme sul-africano americanizado

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Quando o passado adormecido encontra o alarmante presente. Baseado na obra ‘Heart of the Hunter’ de Deon Meyer, Alma de Caçador apresenta em sua ação desenfreada uma complexa conspiração política, um jogo de interesses, onde temos um protagonista com sede de vingança. Pena que o roteiro acaba se perdendo pelo caminho com entrelinhas que não dizem muita coisa, personagens mal construídos e subtramas espaçadas que demoram a fazer sentido. Dirigido por Mandla Dube, Alma de Caçador tem como mérito as ótimas cenas de ação que seguem fórmulas criativas (mas repetitivas) já vistas em outras produções.

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Na trama, conhecemos Zuko (Bonko Khoza), um homem que encontrou a felicidade ao lado de sua família após anos de intensa ação e sofrimento. Filho de pais adotivos, teve os pais seriamente feridos em uma blitz da polícia de segurança do Apartheid. Quando o passado bate à sua porta, ele, que pertence a um grupo que tem como objetivo atual expor os absurdos cometido por Mtima (Sisanda Henna), um forte candidato para as próximas eleições na África do Sul, munido de sua adaga precisará reunir todas suas habilidades, contatos, em busca de completar mais uma missão.

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A jornada do herói aqui é vista de maneira convencional: começo, meio e fim, estruturado em uma narrativa que busca seus pontos de empolgação nas cenas de total ação (muito bem dirigidas). Como drama, não avança da superfície, com conflitos de seu protagonista jogados em um emaranhado confuso onde traumas existem mas dentro de uma construção confusa. Há uma tentativa de trazer aos holofotes a subtrama de um jornalista prejudicado no passado por agentes políticos mas que é jogado para escanteio sendo uma peça nula dentro de um todo.

No roteiro, há uma busca por um contexto mais amplo, chegando até mesmo a menções sobre o famoso regime de segregação racial que durou de meados da década de 40 até 1994 (apartheid), envolvendo assim as lutas políticas e uma curiosa agência de segurança particular que parece refém de um jogo de interesses. Mas como narrativa nada disso traduz a força que poderia ter no seu discurso, algo na linha da reflexão, se perdendo dentro dos conflitos do personagem principal.

Chegando rapidamente ao topo do ranking do mais famoso dos streamings disponíveis no Brasil, a Netflix, essa fita sul-africana pode ser definida como um filme sul-africano americanizado. Não entendam isso como uma crítica, o cinema norte-americano é e sempre será uma referência, é apenas uma constatação. Traições, quebras de confiança, dilemas dentro da linha do previsível que serão resolvidos, são parte dos elementos que envolvem esse projeto que poderia empolgar muito mais.

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Quando o passado adormecido encontra o alarmante presente. Baseado na obra ‘Heart of the Hunter’ de Deon Meyer, Alma de Caçador apresenta em sua ação desenfreada uma complexa conspiração política, um jogo de interesses, onde temos um protagonista com sede de vingança. Pena que o roteiro acaba se perdendo pelo caminho com entrelinhas que não dizem muita coisa, personagens mal construídos e subtramas espaçadas que demoram a fazer sentido. Dirigido por Mandla Dube, Alma de Caçador tem como mérito as ótimas cenas de ação que seguem fórmulas criativas (mas repetitivas) já vistas em outras produções.

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Na trama, conhecemos Zuko (Bonko Khoza), um homem que encontrou a felicidade ao lado de sua família após anos de intensa ação e sofrimento. Filho de pais adotivos, teve os pais seriamente feridos em uma blitz da polícia de segurança do Apartheid. Quando o passado bate à sua porta, ele, que pertence a um grupo que tem como objetivo atual expor os absurdos cometido por Mtima (Sisanda Henna), um forte candidato para as próximas eleições na África do Sul, munido de sua adaga precisará reunir todas suas habilidades, contatos, em busca de completar mais uma missão.

A jornada do herói aqui é vista de maneira convencional: começo, meio e fim, estruturado em uma narrativa que busca seus pontos de empolgação nas cenas de total ação (muito bem dirigidas). Como drama, não avança da superfície, com conflitos de seu protagonista jogados em um emaranhado confuso onde traumas existem mas dentro de uma construção confusa. Há uma tentativa de trazer aos holofotes a subtrama de um jornalista prejudicado no passado por agentes políticos mas que é jogado para escanteio sendo uma peça nula dentro de um todo.

No roteiro, há uma busca por um contexto mais amplo, chegando até mesmo a menções sobre o famoso regime de segregação racial que durou de meados da década de 40 até 1994 (apartheid), envolvendo assim as lutas políticas e uma curiosa agência de segurança particular que parece refém de um jogo de interesses. Mas como narrativa nada disso traduz a força que poderia ter no seu discurso, algo na linha da reflexão, se perdendo dentro dos conflitos do personagem principal.

Chegando rapidamente ao topo do ranking do mais famoso dos streamings disponíveis no Brasil, a Netflix, essa fita sul-africana pode ser definida como um filme sul-africano americanizado. Não entendam isso como uma crítica, o cinema norte-americano é e sempre será uma referência, é apenas uma constatação. Traições, quebras de confiança, dilemas dentro da linha do previsível que serão resolvidos, são parte dos elementos que envolvem esse projeto que poderia empolgar muito mais.

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