domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Alma – Série de Suspense Sobrenatural da Netflix tem troca de Corpos e Misticismo

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Na última década os criadores de audiovisual reacenderam um filão que andava adormecido: as histórias protagonizadas por jovens. Eles perceberam que dava para contar as mesmas histórias que eram dadas ao elenco adulto para protagonistas mais jovens, justamente visando conquistar um público sedento por consumir todo tipo de conteúdo audiovisual, desde que sua faixa etária esteja nos papéis principais. E aí vale de tudo mesmo: misturar gêneros, dar autonomia aos menores de idade, bagunçar a linha do tempo, etc. Surfando nessa onda, a série espanhola ‘Alma’ chega na Netflix já pulando para o Top 10, mantendo-se lá desde sua estreia semana passada.



Em um remoto lugar no interior da Espanha, um grupo de alunos curte o último dia da última viagem de escola que farão juntos, uma vez que estão prestes a se formar. Alma (Mireia Oriol), Deva (Claudia Roset), Martín (Javier Morgade), Tom (Álex Villazán), Pilar (Marta Belaustegui) são super amigos, mas não estão prontos para dizer adeus, nem para revelar seus segredos íntimos. Durante uma brincadeira de verdade ou consequência, Alma acaba beijando Tom, e isso desperta o ciúme de Deva, que sai pela noite sem dar satisfação. No dia seguinte, ao embarcarem no ônibus de volta para casa, a jovem parece perturbada, mas seus amigos não estão dispostos a ouvi-la. Só que o caminho de volta é perigoso e recoberto por uma neblina densa e misteriosa, que parece esconder alguma coisa na penumbra branca. Quando o ônibus sofre um acidente grave e metade dos jovens perece, Alma acorda no hospital completamente sem memória, e precisará lembra-se de quem é e o que aconteceu a seus amigos.

Com nove episódios de aproximadamente cinquenta minutos cada a série ‘Alma’ tem aquele ingrediente irritante e desconhecido que faz você continuar assistindo, mesmo sem ser tão boa assim. Talvez porque o conceito criado por Sergio G. Sánchez misture a lenda de Therion (que, em grego, significa “besta”) com protagonistas jovens e coloque esse demônio para se apossar dos corpos desses adolescente, trabalhando a ideia de transferência de alma para um corpo distinto – tudo isso, claro, embebido em suspense, misticismo, terror, crime e um triângulo amoroso mal resolvido.

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Desse conceito, o roteiro de Teresa de Rosendo e Paul Pen se mantém conservador em seu formato, com até a metade da temporada iniciando com uma narrativa em off partindo da história de Therion até que a narrativa e o presente ficcional coincidam, para que o espectador consiga seguir sozinho a partir dali. Porém, para tal, a história vai e vem com frequência, inserindo personagens e dados históricos que mais atrapalham que ajudam, uma vez que a explicação não é linear.

Ainda assim, ‘Alma’ é uma série gostosinha de se ver, com sequência de plot twists na segunda metade da temporada. Aos ansiosos, dá para entender a história toda vendo os primeiros dois episódios e indo direto pro sétimo, que é o que explica o grande mistério da coisa toda. Para uma produção espanhola que não inclui nenhum rostinho previamente conhecido dos outros sucessos pop daquele país, ‘Alma’ é uma série bem feitinha, com um final bacana que, caso não seja renovada, ao menos entrega um fechamento para quem assistiu a toda a temporada.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Em um remoto lugar no interior da Espanha, um grupo de alunos curte o último dia da última viagem de escola que farão juntos, uma vez que estão prestes a se formar. Alma (Mireia Oriol), Deva (Claudia Roset), Martín (Javier Morgade), Tom (Álex Villazán), Pilar (Marta Belaustegui) são super amigos, mas não estão prontos para dizer adeus, nem para revelar seus segredos íntimos. Durante uma brincadeira de verdade ou consequência, Alma acaba beijando Tom, e isso desperta o ciúme de Deva, que sai pela noite sem dar satisfação. No dia seguinte, ao embarcarem no ônibus de volta para casa, a jovem parece perturbada, mas seus amigos não estão dispostos a ouvi-la. Só que o caminho de volta é perigoso e recoberto por uma neblina densa e misteriosa, que parece esconder alguma coisa na penumbra branca. Quando o ônibus sofre um acidente grave e metade dos jovens perece, Alma acorda no hospital completamente sem memória, e precisará lembra-se de quem é e o que aconteceu a seus amigos.

Com nove episódios de aproximadamente cinquenta minutos cada a série ‘Alma’ tem aquele ingrediente irritante e desconhecido que faz você continuar assistindo, mesmo sem ser tão boa assim. Talvez porque o conceito criado por Sergio G. Sánchez misture a lenda de Therion (que, em grego, significa “besta”) com protagonistas jovens e coloque esse demônio para se apossar dos corpos desses adolescente, trabalhando a ideia de transferência de alma para um corpo distinto – tudo isso, claro, embebido em suspense, misticismo, terror, crime e um triângulo amoroso mal resolvido.

Desse conceito, o roteiro de Teresa de Rosendo e Paul Pen se mantém conservador em seu formato, com até a metade da temporada iniciando com uma narrativa em off partindo da história de Therion até que a narrativa e o presente ficcional coincidam, para que o espectador consiga seguir sozinho a partir dali. Porém, para tal, a história vai e vem com frequência, inserindo personagens e dados históricos que mais atrapalham que ajudam, uma vez que a explicação não é linear.

Ainda assim, ‘Alma’ é uma série gostosinha de se ver, com sequência de plot twists na segunda metade da temporada. Aos ansiosos, dá para entender a história toda vendo os primeiros dois episódios e indo direto pro sétimo, que é o que explica o grande mistério da coisa toda. Para uma produção espanhola que não inclui nenhum rostinho previamente conhecido dos outros sucessos pop daquele país, ‘Alma’ é uma série bem feitinha, com um final bacana que, caso não seja renovada, ao menos entrega um fechamento para quem assistiu a toda a temporada.

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