quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | AmarAção: Comédia com Caco Ciocler tem boas intenções, mas peca na execução

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Compreender a linguagem do amor alheia é sempre um desafio que pode ser interpretado das formas mais diversas possíveis e talvez seja por essa imensidão de significados e sensações que nós amamos tanto o gênero de comédia romântica. E em AmarAção, as peculiaridades de um amor inacabado são o grande alvo da trama. Tentando entender como é possível encerrar um relacionamento ainda amando o outro, o cineasta e ator Eric Belhassen tenta refletir sobre a vida a dois, mesmo quando ela acaba, em uma comédia de erros e ideias soltas.



Eric até tem um bom argumento, ao querer abordar – de forma metafórica – a magia do amor pela ótica de um “feitiço” (o clássico “trago o amor perdido em sete dias”). Mas AmarAção segue como uma ideia inacabada e muitas vezes desconexa. Trazendo Caco Ciocler empenhado em apoiar o trabalho de um colega de profissão, a produção caminha com um roteiro confuso, que tenta salpicar elementos do subgênero mockumentary (Mocumentário) – extremamente popular e amado nos Estados Unidos -, mas nunca vai fundo no formato.

Sempre permanecendo à superfície do próprio gênero, AmarAção parece ser um filme cuja premissa original fora transformada ao longo do caminho, mas pouco ajustada. Sem muito foco e com uma mensagem falha, a trama é confusa, pouco diverte e quando consegue ser engraçada, é incapaz de gerar um nível adequado de identificação com a audiência. E ainda que sua falta de recursos pese contrariamente no resultado final, o que torna o longa muitas vezes pouco envolvente é exatamente a falta de identidade autoral do diretor.

Aqui, existe uma premissa e uma discussão interessante, mas a ausência de uma digital única torna o projeto de baixo orçamento ainda mais perecível. Há uma boa intenção, mas ela é incapaz de sustentar o conceito e a execução narrativa – que infelizmente deixa muito a desejar. Mas AmarAção não é de todo ruim. Fruto de um país onde pouco se investe na arte de fazer cinema, o longa é também um manifesto de alguém apaixonado pela arte, ainda que todas as intempéries não estejam a seu favor. Feito na garra e a conta gotas, a comédia romântica é a prova de que a produção nacional resiste e persiste, ainda que peleje em momentos tão adversos. Como uma experiência cinematográfica, AmarAção não é o que você procura, mas é também um feixe de luz que reluz em tempos tão nebulosos.

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Eric até tem um bom argumento, ao querer abordar – de forma metafórica – a magia do amor pela ótica de um “feitiço” (o clássico “trago o amor perdido em sete dias”). Mas AmarAção segue como uma ideia inacabada e muitas vezes desconexa. Trazendo Caco Ciocler empenhado em apoiar o trabalho de um colega de profissão, a produção caminha com um roteiro confuso, que tenta salpicar elementos do subgênero mockumentary (Mocumentário) – extremamente popular e amado nos Estados Unidos -, mas nunca vai fundo no formato.

Sempre permanecendo à superfície do próprio gênero, AmarAção parece ser um filme cuja premissa original fora transformada ao longo do caminho, mas pouco ajustada. Sem muito foco e com uma mensagem falha, a trama é confusa, pouco diverte e quando consegue ser engraçada, é incapaz de gerar um nível adequado de identificação com a audiência. E ainda que sua falta de recursos pese contrariamente no resultado final, o que torna o longa muitas vezes pouco envolvente é exatamente a falta de identidade autoral do diretor.

Aqui, existe uma premissa e uma discussão interessante, mas a ausência de uma digital única torna o projeto de baixo orçamento ainda mais perecível. Há uma boa intenção, mas ela é incapaz de sustentar o conceito e a execução narrativa – que infelizmente deixa muito a desejar. Mas AmarAção não é de todo ruim. Fruto de um país onde pouco se investe na arte de fazer cinema, o longa é também um manifesto de alguém apaixonado pela arte, ainda que todas as intempéries não estejam a seu favor. Feito na garra e a conta gotas, a comédia romântica é a prova de que a produção nacional resiste e persiste, ainda que peleje em momentos tão adversos. Como uma experiência cinematográfica, AmarAção não é o que você procura, mas é também um feixe de luz que reluz em tempos tão nebulosos.

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