domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Aqueles Que Me Desejam a Morte – Angelina Jolie retorna à ação em drama mediano

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Angelina Jolie tem um gosto muito esquisito para escolher os trabalhos que quer fazer. Depois de ficar anos afastada da carreira de atriz (mas continuou produzindo e até dirigindo), ela volta de repente fazendo filmes com pegadas completamente diferentes, como a sequência ‘Malévola 2’, o ingênuo ‘Alice e Peter: Onde Nascem os Sonhos’, o aguardado ‘Os Eternos’ e a estreia da semana nos cinemas brasileiros, ‘Aqueles Que Me Desejam a Morte’, um filme esquisito e sem grandes propósitos.



Owen (Jake Weber) sabe de um perigoso segredo de pessoas poderosas, por isso, tem que fugir de casa às pressas com seu filho, Connor (Finn Little), pois os matadores de aluguel Patrick (Nicholas Hoult, o Fera de ‘X-Men’) e Jack (Aidan Gillen, o Little Finger de ‘Game of Thrones’) estão atrás deles. Então, Owen decide fugir com o filho para a casa de seu amigo, o policial Ethan (Jon Bernthal, o Shane de ‘The Walking Dead’), mas, no caminho para onde o amigo mora, numa floresta no interior dos Estados Unidos, Connor acaba encontrando a bombeira Hannah (Angelina Jolie), que passa a ajudá-lo a completar sua missão.

Escrito por Taylor Sheridan, Charles Leavitt e Michael Koryta (que escreveu o livro no qual o filme é baseado), o texto parece não ter tido a supervisão real do diretor Taylor Sheridan. O roteiro é tão confuso, que o espectador começa assistindo ao drama do pai e do filho dos mafiosos, depois corta para uma formatura de bombeiros na floresta e a personagem de Angelina Jolie agindo como uma bêbada irresponsável com trauma do passado o qual não consegue superar, sendo pajeada pelo personagem de Jon Bernthal. Até que esses mundos se encontrem, já passou mais de um terço do total de uma hora e quarenta minutos da produção.

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Os elementos dramáticos inseridos como motivação aos personagens são jogados na trama, sem fundo, e não se conectam com o todo; alguns deles, por exemplo, acabam nem sendo explicados ao final do filme, deixando aquela sensação incômoda na gente de que fomos ludibriados a pensar certas coisas que não se concretizam na trama. Com um grande orçamento, ‘Aqueles Que Me Desejam a Morte’ tenta distrair o expectador com um grande orçamento gasto em efeitos visuais usados na construção de enormes incêndios, ventania e cenas de ação que não convencem.

Aqueles Que Me Desejam a Morte’ parece um drama saído direto dos anos 90, um daqueles filmes que passavam na televisão durante a madrugada. Difícil é conceber como um elenco tão emblemático embarcou em uma produção pouco inventiva e rapidamente esquecível.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Angelina Jolie tem um gosto muito esquisito para escolher os trabalhos que quer fazer. Depois de ficar anos afastada da carreira de atriz (mas continuou produzindo e até dirigindo), ela volta de repente fazendo filmes com pegadas completamente diferentes, como a sequência ‘Malévola 2’, o ingênuo ‘Alice e Peter: Onde Nascem os Sonhos’, o aguardado ‘Os Eternos’ e a estreia da semana nos cinemas brasileiros, ‘Aqueles Que Me Desejam a Morte’, um filme esquisito e sem grandes propósitos.

Owen (Jake Weber) sabe de um perigoso segredo de pessoas poderosas, por isso, tem que fugir de casa às pressas com seu filho, Connor (Finn Little), pois os matadores de aluguel Patrick (Nicholas Hoult, o Fera de ‘X-Men’) e Jack (Aidan Gillen, o Little Finger de ‘Game of Thrones’) estão atrás deles. Então, Owen decide fugir com o filho para a casa de seu amigo, o policial Ethan (Jon Bernthal, o Shane de ‘The Walking Dead’), mas, no caminho para onde o amigo mora, numa floresta no interior dos Estados Unidos, Connor acaba encontrando a bombeira Hannah (Angelina Jolie), que passa a ajudá-lo a completar sua missão.

Escrito por Taylor Sheridan, Charles Leavitt e Michael Koryta (que escreveu o livro no qual o filme é baseado), o texto parece não ter tido a supervisão real do diretor Taylor Sheridan. O roteiro é tão confuso, que o espectador começa assistindo ao drama do pai e do filho dos mafiosos, depois corta para uma formatura de bombeiros na floresta e a personagem de Angelina Jolie agindo como uma bêbada irresponsável com trauma do passado o qual não consegue superar, sendo pajeada pelo personagem de Jon Bernthal. Até que esses mundos se encontrem, já passou mais de um terço do total de uma hora e quarenta minutos da produção.

Os elementos dramáticos inseridos como motivação aos personagens são jogados na trama, sem fundo, e não se conectam com o todo; alguns deles, por exemplo, acabam nem sendo explicados ao final do filme, deixando aquela sensação incômoda na gente de que fomos ludibriados a pensar certas coisas que não se concretizam na trama. Com um grande orçamento, ‘Aqueles Que Me Desejam a Morte’ tenta distrair o expectador com um grande orçamento gasto em efeitos visuais usados na construção de enormes incêndios, ventania e cenas de ação que não convencem.

Aqueles Que Me Desejam a Morte’ parece um drama saído direto dos anos 90, um daqueles filmes que passavam na televisão durante a madrugada. Difícil é conceber como um elenco tão emblemático embarcou em uma produção pouco inventiva e rapidamente esquecível.

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