quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Assalto ao Banco da Espanha – Freddie Highmore estrela Filme de Ação Exibido no Cinema do Líder do BBB

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A essa altura você já deve ter terminado de assistir a todas as temporadas de ‘La Casa de Papel’, que é a mais famosa história ficcional de assalto a banco da contemporaneidade e do mundo pop. Apesar de incluir personagens carismáticos e atores que se tornaram celebridades nas Comic Cons, a produção de Álex Pina não é a única a abordar um atraco nos cofres hispânicos – exemplo disso pode ser visto em ‘Assalto ao Banco da Espanha, longa de 2021 que foi exibido essa semana no Cinema do Líder no BBB, durante o reinado de Linn da Quebrada, e que estreia hoje na grade aberta da Globo.



Thom (Freddie Highmore) é um peculiar engenheiro, que passou toda a vida obcecado com grandes construções que desafiam sua inteligência. Certo dia ele é surpreendido pela visita de Walter (Liam Cunningham), que lhe oferece uma grande provocação: participar, com ele e sua equipe, de um ‘Assalto ao Banco da Espanha’, onde Thom poderá provar ser muito mais do que um sujeito inteligente comum e entrará para a história como alguém que viveu uma grande aventura e colocou seu nome nos registros dos maiores assaltos ao mundo. Muito mais do que o dinheiro ou a fama, é a possibilidade de se desafiar que faz com que Thom se una ao inesperado grupo de malfeitores.

Em quase duas horas de duração, um dos pontos fortes do enredo criado por Rafa Martínez, Andrés M. Koppel e Borja Glez. Santaolalla é misturar o atual e o passado, configurando o maior tesouro da Espanha como sendo composto por lendários baús cheios de ouro, que tanto ouvimos nas histórias de Barba Ruiva e companhia. Em ‘Assalto ao Banco da Espanha’ esse é o ouro que os ladrões perseguem, e que, em teoria (dentro da ficção) seria exatamente aquele que está sentado no cofre mais seguro do mundo. Outro ponto legal da história é que os ladrões escolhem como dia D para o atraco exatamente o dia da final da Copa do Mundo de 2010, em que a Espanha foi campeã. A construção da atmosfera futebolística é bem contagiante, fazendo graça até, uma vez que enquanto toda a nação espanhola está de olho em Gerard Piqué e a seleção, há um grupinho que usa esse momento de distração para aplicar o maior roubo do país.

O que não funciona bem no filme de Jaume Balagueró é a progressão dos personagens, que realmente é vazia. A motivação de Thom – ego, em querer entrar para a história como o engenheiro que conseguiu quebrar o código do banco – não convence; o paternalismo de Walter com relação a Thom, como quem acha o tempo todo que fez uma ótima escolha, não convence; a abordagem de Walter a Thom (super normal uma pessoa aleatoriamente abordar outra e chamá-la para assaltar um banco, e mais normal ainda essa pessoa aceitar o convite, como se fosse tomar um chá), tudo isso soa forçado demais para o espectador.

Entre altos e baixos do roteiro, ‘Assalto ao Banco da Espanha’ acaba entregando um bom filme de ação que borbulha adrenalina, trazendo um elenco com rostos reconhecíveis e uma nova perspectiva a este que já começa a se configurar como o banco mais cobiçado do mundo. Disponível para os assinantes da Globoplay e da Telecine.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Thom (Freddie Highmore) é um peculiar engenheiro, que passou toda a vida obcecado com grandes construções que desafiam sua inteligência. Certo dia ele é surpreendido pela visita de Walter (Liam Cunningham), que lhe oferece uma grande provocação: participar, com ele e sua equipe, de um ‘Assalto ao Banco da Espanha’, onde Thom poderá provar ser muito mais do que um sujeito inteligente comum e entrará para a história como alguém que viveu uma grande aventura e colocou seu nome nos registros dos maiores assaltos ao mundo. Muito mais do que o dinheiro ou a fama, é a possibilidade de se desafiar que faz com que Thom se una ao inesperado grupo de malfeitores.

Em quase duas horas de duração, um dos pontos fortes do enredo criado por Rafa Martínez, Andrés M. Koppel e Borja Glez. Santaolalla é misturar o atual e o passado, configurando o maior tesouro da Espanha como sendo composto por lendários baús cheios de ouro, que tanto ouvimos nas histórias de Barba Ruiva e companhia. Em ‘Assalto ao Banco da Espanha’ esse é o ouro que os ladrões perseguem, e que, em teoria (dentro da ficção) seria exatamente aquele que está sentado no cofre mais seguro do mundo. Outro ponto legal da história é que os ladrões escolhem como dia D para o atraco exatamente o dia da final da Copa do Mundo de 2010, em que a Espanha foi campeã. A construção da atmosfera futebolística é bem contagiante, fazendo graça até, uma vez que enquanto toda a nação espanhola está de olho em Gerard Piqué e a seleção, há um grupinho que usa esse momento de distração para aplicar o maior roubo do país.

O que não funciona bem no filme de Jaume Balagueró é a progressão dos personagens, que realmente é vazia. A motivação de Thom – ego, em querer entrar para a história como o engenheiro que conseguiu quebrar o código do banco – não convence; o paternalismo de Walter com relação a Thom, como quem acha o tempo todo que fez uma ótima escolha, não convence; a abordagem de Walter a Thom (super normal uma pessoa aleatoriamente abordar outra e chamá-la para assaltar um banco, e mais normal ainda essa pessoa aceitar o convite, como se fosse tomar um chá), tudo isso soa forçado demais para o espectador.

Entre altos e baixos do roteiro, ‘Assalto ao Banco da Espanha’ acaba entregando um bom filme de ação que borbulha adrenalina, trazendo um elenco com rostos reconhecíveis e uma nova perspectiva a este que já começa a se configurar como o banco mais cobiçado do mundo. Disponível para os assinantes da Globoplay e da Telecine.

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