domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Belle – Uma romântica releitura de ‘A Bela e a Fera’ em anime

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A história infantil ‘A Bela e a Fera’ já foi contada e recontada inúmeras vezes e em diferentes formatos, sendo a versão animada em longa-metragem da Disney a mais conhecida pelo grande público. Os anos podem passar, mas a magia da história da moça bonita e bondosa que se apaixona por um rapaz/monstro raivoso continua conquistando os corações das novas gerações, ganhando roupagens cada vez mais diversas – dentre as quais está a mais nova adaptação japonesa do conto, o animeBelle’, que chega essa quinta-feira aos cinemas do Brasil.



Suzu (na voz original de Kaho Nakamura) é uma adolescente introvertida desde que perdeu sua mãe, aos 6 anos de idade, quando ela a deixou sozinha para salvar outra criança. Desde então, Suzu não canta mais nem tem muitos amigos, e se distancia do pai. Para tentar solucionar o entrave de Suzu, sua melhor amiga a convence de entrar para a U, uma plataforma on-line de interação social onde as pessoas são conectadas a uma inteligência artificial através do celular, que as transforma em avatares ideais criados a partir de suas características físicas e emocionais. Na virtualidade, Suzu encontra forças para voltar a cantar – e encanta os frequentadores da U, tornando-se extremamente popular em questão de minutos. Mas a sua popularidade também acaba chamando a atenção do Dragão (Takeru Satoh, o mesmo ator dos live-action de ‘Samurai X’), odiado por todos da U por sempre arrumar confusão.

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Escrito para ser uma releitura atualizada do conto de fadas localizado na contemporaneidade tecnológica da juventude, ‘Belle’ traz um belo e diferente olhar sobre a popular história de ‘A Bela e a Fera’, mudando, inclusive, o final do conto. Ainda que isso cause estranhamento aos que conhecem a trama, não deixa de ser algo de diferente dentro de um tema já bastante explorado. Ao transportar os acontecimentos para o mundo virtual – onde ninguém tem informações pessoais uns sobre os outros, mas de onde as ações causam impacto direto na vida na realidade – o filme de Mamoru Hosoda acerta em cheio nas angústias e demandas do seu público-alvo: a garotada na faixa etária dos protagonistas, com cerca de 14 anos.

Em se tratando de um anime, é preciso valorizar o incrível trabalho de Eric Wong no departamento de arte. Os traços são bem-marcados em cada um dos núcleos da trama: na parte tecnológica, muitas cores, traços mais arredondados e firmes contrastando com obviedade ambos os protagonistas e bichinhos estilo Pokémon para todos os lados; na ambientação escolar, os traços são mais retos, com cores mais pasteis; a marcação dos olhos é menor e boa parte dos personagens têm os rostos escondidos por cabelos.

Belle’ é uma interessante produção. O colorido cibernético preenche a telona de maneira encantadora e festiva, destacando a mocinha de maneira cativante e hipnotizadora. Em suas pouco mais de duas horas de duração, entrega uma boa e nova leitura do famoso conto de fadas, oferecendo uma nova alternativa para os tempos modernos. Para quem gosta de se emocionar com os clássicos e curte anime japonês, é uma boa opção para juntar as duas coisas num mesmo programão.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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A história infantil ‘A Bela e a Fera’ já foi contada e recontada inúmeras vezes e em diferentes formatos, sendo a versão animada em longa-metragem da Disney a mais conhecida pelo grande público. Os anos podem passar, mas a magia da história da moça bonita e bondosa que se apaixona por um rapaz/monstro raivoso continua conquistando os corações das novas gerações, ganhando roupagens cada vez mais diversas – dentre as quais está a mais nova adaptação japonesa do conto, o animeBelle’, que chega essa quinta-feira aos cinemas do Brasil.

Suzu (na voz original de Kaho Nakamura) é uma adolescente introvertida desde que perdeu sua mãe, aos 6 anos de idade, quando ela a deixou sozinha para salvar outra criança. Desde então, Suzu não canta mais nem tem muitos amigos, e se distancia do pai. Para tentar solucionar o entrave de Suzu, sua melhor amiga a convence de entrar para a U, uma plataforma on-line de interação social onde as pessoas são conectadas a uma inteligência artificial através do celular, que as transforma em avatares ideais criados a partir de suas características físicas e emocionais. Na virtualidade, Suzu encontra forças para voltar a cantar – e encanta os frequentadores da U, tornando-se extremamente popular em questão de minutos. Mas a sua popularidade também acaba chamando a atenção do Dragão (Takeru Satoh, o mesmo ator dos live-action de ‘Samurai X’), odiado por todos da U por sempre arrumar confusão.

Escrito para ser uma releitura atualizada do conto de fadas localizado na contemporaneidade tecnológica da juventude, ‘Belle’ traz um belo e diferente olhar sobre a popular história de ‘A Bela e a Fera’, mudando, inclusive, o final do conto. Ainda que isso cause estranhamento aos que conhecem a trama, não deixa de ser algo de diferente dentro de um tema já bastante explorado. Ao transportar os acontecimentos para o mundo virtual – onde ninguém tem informações pessoais uns sobre os outros, mas de onde as ações causam impacto direto na vida na realidade – o filme de Mamoru Hosoda acerta em cheio nas angústias e demandas do seu público-alvo: a garotada na faixa etária dos protagonistas, com cerca de 14 anos.

Em se tratando de um anime, é preciso valorizar o incrível trabalho de Eric Wong no departamento de arte. Os traços são bem-marcados em cada um dos núcleos da trama: na parte tecnológica, muitas cores, traços mais arredondados e firmes contrastando com obviedade ambos os protagonistas e bichinhos estilo Pokémon para todos os lados; na ambientação escolar, os traços são mais retos, com cores mais pasteis; a marcação dos olhos é menor e boa parte dos personagens têm os rostos escondidos por cabelos.

Belle’ é uma interessante produção. O colorido cibernético preenche a telona de maneira encantadora e festiva, destacando a mocinha de maneira cativante e hipnotizadora. Em suas pouco mais de duas horas de duração, entrega uma boa e nova leitura do famoso conto de fadas, oferecendo uma nova alternativa para os tempos modernos. Para quem gosta de se emocionar com os clássicos e curte anime japonês, é uma boa opção para juntar as duas coisas num mesmo programão.

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