sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | Clifford, o Gigante Cão Vermelho – Live-action do famoso desenho é uma FOFURA para os pequenos

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Boa parte das crianças sonha em ter um bichinho de estimação. Quando chega essa época de fim de ano, Papai Noel recebe inúmeras cartinhas pedindo um cachorrinho ou um gatinho. A paixão das crianças pelos animais faz com que os escritores e artistas constantemente criem novas aventuras que envolvam os bichanos e a garotada, de modo que, através da arte, elas possam viver esses sonhos que na vida real muitas vezes não podem ser realizados. Deve ter sido mais ou menos assim que a história de ‘Clifford, o Gigante Cão Vermelho’ foi elaborada por Norman Bridwell no meio do século passado. E agora, quase um século depois do nascimento do autor, chega aos cinemas brasileiros a primeira versão em live-action do doguinho vermelho.



Emily (Darby Camp) é uma jovenzinha excluída na escola por ser a única bolsista numa instituição de elite para gente rica. Quando sua mãe (Sienna Guillory) tem que viajar a trabalho, a jovem fica aos cuidados do tio irresponsável, Casey (Jack Whitehall). Em um passeio pelo parque, Emily e Casey acabam entrando em uma Feira de Animais, porém, os bichinhos ali não são animais comuns, mas sim criaturas especiais, em busca de adoção em lares especiais. É assim que Emily encontra o filhotinho Clifford, um cachorrinho vermelho que, por ter sido separado da família, sente-se perdido e excluído. Embora Casey não permita que a garota fique com o animalzinho, Clifford encontra uma forma de se meter na mochila dela, e assim tem início uma grande amizade entre os dois… tão grande, que não caberá mais no apartamento deles!

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Inspirado na franquia de livros de sucesso que posteriormente virou desenho animado – que chegou a passar aqui no Brasil no canal Discovery Kids – o longa ‘Clifford, o Gigante Cão Vermelho’ conta o comecinho dessa história de amizade, justamente buscando iniciar um novo público no universo do cão vermelho, enquanto ao mesmo tempo busca resgatar a memória afetiva de quem cresceu lendo e assistindo as aventuras do canino. Assim, o roteiro de Jay Scherick, David Ronn e Blaise Hemingway acaba tentando agradar a duas faixas etárias distintas (além dos pais da garotada), e, por consequência, gera concorrência para si mesmo. Ao mesmo tempo em que temos cenas que agradam o público bem pequeno (cenas de pum, xixi e babas nojentas), também temos um argumento profundo que trabalha o tema de que “o diferente não é o inimigo, você não deve se permitir sofrer bullying e deve aprender a se defender, etc” – temas esses que fazem parte do universo de uma garotada um pouquinho mais velha.

A direção de Walt Becker entrega exatamente o que se esperava dessa história inocente e fantabulosa, trazendo um toque de magia com inspiração natalina que torna o filme um programão para o fim de ano. Os efeitos especiais do cachorrão estão bem-feitinhos, estilo o novo ‘O Rei Leão‘, ainda que evidentemente virtuais, apesar do longa focar muito mais nos humanos do filme do que no cachorro. Ao som de BTS, ‘Clifford, o Gigante Cão Vermelho’ deve agradar aos pequeninos, e provavelmente fará com que a meninada queira adotar um bichinho após a sessão de cinema. Preparem-se, papais e mamães!

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Boa parte das crianças sonha em ter um bichinho de estimação. Quando chega essa época de fim de ano, Papai Noel recebe inúmeras cartinhas pedindo um cachorrinho ou um gatinho. A paixão das crianças pelos animais faz com que os escritores e artistas constantemente criem novas aventuras que envolvam os bichanos e a garotada, de modo que, através da arte, elas possam viver esses sonhos que na vida real muitas vezes não podem ser realizados. Deve ter sido mais ou menos assim que a história de ‘Clifford, o Gigante Cão Vermelho’ foi elaborada por Norman Bridwell no meio do século passado. E agora, quase um século depois do nascimento do autor, chega aos cinemas brasileiros a primeira versão em live-action do doguinho vermelho.

Emily (Darby Camp) é uma jovenzinha excluída na escola por ser a única bolsista numa instituição de elite para gente rica. Quando sua mãe (Sienna Guillory) tem que viajar a trabalho, a jovem fica aos cuidados do tio irresponsável, Casey (Jack Whitehall). Em um passeio pelo parque, Emily e Casey acabam entrando em uma Feira de Animais, porém, os bichinhos ali não são animais comuns, mas sim criaturas especiais, em busca de adoção em lares especiais. É assim que Emily encontra o filhotinho Clifford, um cachorrinho vermelho que, por ter sido separado da família, sente-se perdido e excluído. Embora Casey não permita que a garota fique com o animalzinho, Clifford encontra uma forma de se meter na mochila dela, e assim tem início uma grande amizade entre os dois… tão grande, que não caberá mais no apartamento deles!

Inspirado na franquia de livros de sucesso que posteriormente virou desenho animado – que chegou a passar aqui no Brasil no canal Discovery Kids – o longa ‘Clifford, o Gigante Cão Vermelho’ conta o comecinho dessa história de amizade, justamente buscando iniciar um novo público no universo do cão vermelho, enquanto ao mesmo tempo busca resgatar a memória afetiva de quem cresceu lendo e assistindo as aventuras do canino. Assim, o roteiro de Jay Scherick, David Ronn e Blaise Hemingway acaba tentando agradar a duas faixas etárias distintas (além dos pais da garotada), e, por consequência, gera concorrência para si mesmo. Ao mesmo tempo em que temos cenas que agradam o público bem pequeno (cenas de pum, xixi e babas nojentas), também temos um argumento profundo que trabalha o tema de que “o diferente não é o inimigo, você não deve se permitir sofrer bullying e deve aprender a se defender, etc” – temas esses que fazem parte do universo de uma garotada um pouquinho mais velha.

A direção de Walt Becker entrega exatamente o que se esperava dessa história inocente e fantabulosa, trazendo um toque de magia com inspiração natalina que torna o filme um programão para o fim de ano. Os efeitos especiais do cachorrão estão bem-feitinhos, estilo o novo ‘O Rei Leão‘, ainda que evidentemente virtuais, apesar do longa focar muito mais nos humanos do filme do que no cachorro. Ao som de BTS, ‘Clifford, o Gigante Cão Vermelho’ deve agradar aos pequeninos, e provavelmente fará com que a meninada queira adotar um bichinho após a sessão de cinema. Preparem-se, papais e mamães!

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