domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Coletivo Terror – Série da Netflix traz 6 Contos Inusitados de Terror

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É isso mesmo que você leu: a Netflix disponibilizou na sua plataforma uma sériezinha de terror norueguesa para a gente se entreter, e o resultado é uma experiência… digamos… interessante.



Primeiramente, quando você seleciona a opção para assistir a primeira descoberta é que é uma série, e não um filme. Digo isso por causa do tempo de duração: hoje em dia tem filme que é mais longo do que o total somado dos 6 episódios de vinte e poucos minutos que compõem essa série. A outra surpresa interessante é que, como falei, são 6 episódios curtinhos, dá pra ir vendo um por dia ou ver todos no intervalo de tempo de cozimento de um bolo.

A primeiríssima cena faz clara menção à capa clássica de ‘O Exorcista’, filme de William Friedkin. Nesta cena, vemos um motorista com muita cara de suspeito entrar em um ônibus meio velho; aos poucos a câmera nos mostra que há passageiros nesse ônibus, e todos eles parecem meio mortos; em seguida, o motorista dá a partida, uma luz se acende e a câmera foca no rosto de um dos passageiros: é aí que a série começa a contar a história individual desta pessoa.

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Esta cena se repete no início de cada episódio, o que nos leva a entender que esse tal ônibus amaldiçoado é apenas uma metáfora para a proposta da série. Além disso, semanticamente “coletivo” tem a ver com algo que é feito por e/ou para muitas pessoas, o que o torna uma antologia – uma reunião de histórias diferentes que rodeiam uma temática em comum – que, neste caso, é o terror.

Dito isto, as histórias são: 2º episódio, o drama de Erik, um rapaz recém saído de um manicômio; 3º, sobre escritores que contam histórias de terror; 4º, algo meio Agatha Christie, em que cinco pessoas são suspeitas de roubar um protótipo; 5º, a história de Sanna, uma professora nova em uma escola amaldiçoada; 6º, uma festa à fantasia de uma empresa com um terrível segredo.

Já o episódio que abre a série é, particularmente, o mais bizarro, pois trata de um local onde pessoas fazem sacrifícios de animais para conseguir sorte na vida – e as cenas são um bocado explícitas. Fica o alerta.

De todas as histórias, as mais interessantes são a dos escritores e a da professora, então, fica a dica para começarem por aí. As atuações são convincentes, as tramas são bem construidinhas e poderiam, inclusive, serem mais desenvolvidas para um média ou longa-metragem.

Em tempos de reclusão social, ‘Coletivo Terror’ é uma opção inusitada de entretenimento para quem busca histórias trash e slasher para curtir o tempo dentro de casa.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Primeiramente, quando você seleciona a opção para assistir a primeira descoberta é que é uma série, e não um filme. Digo isso por causa do tempo de duração: hoje em dia tem filme que é mais longo do que o total somado dos 6 episódios de vinte e poucos minutos que compõem essa série. A outra surpresa interessante é que, como falei, são 6 episódios curtinhos, dá pra ir vendo um por dia ou ver todos no intervalo de tempo de cozimento de um bolo.

A primeiríssima cena faz clara menção à capa clássica de ‘O Exorcista’, filme de William Friedkin. Nesta cena, vemos um motorista com muita cara de suspeito entrar em um ônibus meio velho; aos poucos a câmera nos mostra que há passageiros nesse ônibus, e todos eles parecem meio mortos; em seguida, o motorista dá a partida, uma luz se acende e a câmera foca no rosto de um dos passageiros: é aí que a série começa a contar a história individual desta pessoa.

Esta cena se repete no início de cada episódio, o que nos leva a entender que esse tal ônibus amaldiçoado é apenas uma metáfora para a proposta da série. Além disso, semanticamente “coletivo” tem a ver com algo que é feito por e/ou para muitas pessoas, o que o torna uma antologia – uma reunião de histórias diferentes que rodeiam uma temática em comum – que, neste caso, é o terror.

Dito isto, as histórias são: 2º episódio, o drama de Erik, um rapaz recém saído de um manicômio; 3º, sobre escritores que contam histórias de terror; 4º, algo meio Agatha Christie, em que cinco pessoas são suspeitas de roubar um protótipo; 5º, a história de Sanna, uma professora nova em uma escola amaldiçoada; 6º, uma festa à fantasia de uma empresa com um terrível segredo.

Já o episódio que abre a série é, particularmente, o mais bizarro, pois trata de um local onde pessoas fazem sacrifícios de animais para conseguir sorte na vida – e as cenas são um bocado explícitas. Fica o alerta.

De todas as histórias, as mais interessantes são a dos escritores e a da professora, então, fica a dica para começarem por aí. As atuações são convincentes, as tramas são bem construidinhas e poderiam, inclusive, serem mais desenvolvidas para um média ou longa-metragem.

Em tempos de reclusão social, ‘Coletivo Terror’ é uma opção inusitada de entretenimento para quem busca histórias trash e slasher para curtir o tempo dentro de casa.

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