domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Crimes em Happytime – Era melhor ter continuado só com os Muppets

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Crimes em Happytime é um longa-metragem que vem provocando polêmicas desde o lançamento do primeiro trailer, onde mostrava os fantoches (à la Muppets) fazendo sexo e usando drogas. O debate foi tão grande que chegou a ser levado ao tribunal pelos criadores de Vila Sésamo, que perderam a causa.

Roteirizado por Todd Berger (Chasing Christmas) e dirigido por Brian Henson (Os Muppets na Ilha do Tesouro), que também é filho de Jim Henson, o criador da Vila Sésamo, a produção mostra um universo em que os bonecos e humanos convivem normalmente. A história acompanha a detetive Connie Edwards (Melissa McCarthy) que se vê obrigada a se aliar, novamente, ao seu parceiro fantoche para descobrir quem está assassinando o elenco de uma famosa série de TV dos anos 1980, The Happytime Gang.



A narrativa apresentada é uma verdadeira tentativa frustrada de fazer humor impróprio, afinal, a trama que vem com o propósito de entreter um público maior de idade falha miseravelmente em alcançar o objetivo. O roteiro é composto de piadas clichês e parece, por muitas vezes, ter sido escrito por um adolescente que assistiu Vila Sésamo demais, a um nível preocupante. É uma mistura de bonecos fantoches mais um caminhão inteiro de teor sexual e drogas.

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Os personagens são desinteressantes e a tentativa no início do filme de exibir um mundo em que fantoches não são bem recebidos por humanos não desperta nenhuma simpatia em quem assiste. Phil, o boneco protagonista, é o típico ex-policial amargurado que decide ganhar a vida como detetive particular, e Edwards é o estereótipo da mulher que trabalha na polícia e é constantemente confundida com um homem devido a forma como se veste e se apresenta.

Enquanto os citados acima ainda são mais explorados durante o longa-metragem, dando-lhes um histórico, os outros personagens são jogados na trama sem muito conteúdo e com personalidades de uma via só, deixando-os bem longe da frase “transmitir veracidade”. Elizabeth Banks, que dá vida a Jenny, também é desperdiçada na trama e a mais interessante – e me arrisco a dizer: o melhor do filme – é Maya Rudolph como Bubbles. Apesar do pouco tempo em tela, a comediante é quem mais provoca situações de humor, ao ponto de realmente fazer rir, e uma atuação tragável.

A direção de Henson também não apresenta nada de novo e acompanha a qualidade do script. Uma verdadeira ladeira abaixo toda vida. Do outro lado, nos quesitos técnicos, a arte também trabalha com o que tem de história enquanto a trilha sonora não possui nada de marcante. Ou melhor, o filme, como um todo, não tem nada de memorável. É daqueles aos quais assistimos uma vez, sem querer, para nunca mais.

Crimes em Happytime está mais para um pornô de fantoches com uma história pobre em elementos do que uma comédia imprópria. Daqui resta torcer para que McCarthy escolha projetos melhores, que valorizem sua capacidade, e fica a lição sobre o que não fazer ao produzir um longa-metragem deste gênero.

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Crimes em Happytime é um longa-metragem que vem provocando polêmicas desde o lançamento do primeiro trailer, onde mostrava os fantoches (à la Muppets) fazendo sexo e usando drogas. O debate foi tão grande que chegou a ser levado ao tribunal pelos criadores de Vila Sésamo, que perderam a causa.

Roteirizado por Todd Berger (Chasing Christmas) e dirigido por Brian Henson (Os Muppets na Ilha do Tesouro), que também é filho de Jim Henson, o criador da Vila Sésamo, a produção mostra um universo em que os bonecos e humanos convivem normalmente. A história acompanha a detetive Connie Edwards (Melissa McCarthy) que se vê obrigada a se aliar, novamente, ao seu parceiro fantoche para descobrir quem está assassinando o elenco de uma famosa série de TV dos anos 1980, The Happytime Gang.

A narrativa apresentada é uma verdadeira tentativa frustrada de fazer humor impróprio, afinal, a trama que vem com o propósito de entreter um público maior de idade falha miseravelmente em alcançar o objetivo. O roteiro é composto de piadas clichês e parece, por muitas vezes, ter sido escrito por um adolescente que assistiu Vila Sésamo demais, a um nível preocupante. É uma mistura de bonecos fantoches mais um caminhão inteiro de teor sexual e drogas.

Os personagens são desinteressantes e a tentativa no início do filme de exibir um mundo em que fantoches não são bem recebidos por humanos não desperta nenhuma simpatia em quem assiste. Phil, o boneco protagonista, é o típico ex-policial amargurado que decide ganhar a vida como detetive particular, e Edwards é o estereótipo da mulher que trabalha na polícia e é constantemente confundida com um homem devido a forma como se veste e se apresenta.

Enquanto os citados acima ainda são mais explorados durante o longa-metragem, dando-lhes um histórico, os outros personagens são jogados na trama sem muito conteúdo e com personalidades de uma via só, deixando-os bem longe da frase “transmitir veracidade”. Elizabeth Banks, que dá vida a Jenny, também é desperdiçada na trama e a mais interessante – e me arrisco a dizer: o melhor do filme – é Maya Rudolph como Bubbles. Apesar do pouco tempo em tela, a comediante é quem mais provoca situações de humor, ao ponto de realmente fazer rir, e uma atuação tragável.

A direção de Henson também não apresenta nada de novo e acompanha a qualidade do script. Uma verdadeira ladeira abaixo toda vida. Do outro lado, nos quesitos técnicos, a arte também trabalha com o que tem de história enquanto a trilha sonora não possui nada de marcante. Ou melhor, o filme, como um todo, não tem nada de memorável. É daqueles aos quais assistimos uma vez, sem querer, para nunca mais.

Crimes em Happytime está mais para um pornô de fantoches com uma história pobre em elementos do que uma comédia imprópria. Daqui resta torcer para que McCarthy escolha projetos melhores, que valorizem sua capacidade, e fica a lição sobre o que não fazer ao produzir um longa-metragem deste gênero.

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