quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Dash & Lily – Série Natalina Perfeitinha na Netflix Para Aquecer os Corações

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Pensa numa história perfeitinha, que te faz rir, chorar, se emocionar, dançar, torcer, ficar triste, com raiva, questionar e, por fim, amar. Agora, coloca essa história no Natal. Em Nova York. E veja-a pela primeira vez em um ano como o de 2020. É isso que se sente com ‘Dash & Lily’, nova série natalina da Netflix.



Dash (Austin Abrams) é um rapaz rabugentinho, entojado, solitário e que detesta o Natal – tipo o Grinch. Porém, dias antes da celebração, ele vai a Nova York para ficar na casa do pai, que está viajando. Seu desejo é poder fugir das festas e passar um tempo sozinho, por isso se refugia numa livraria, onde encontra um caderninho vermelho com a anotação “você tem coragem?”. É o caderno de Lily (Midori Francis), que o deixou ali na esperança de que algum adolescente o encontrasse e conversasse com ela. Assim, Dash e Lily passam a se conhecer através do caderno, e constroem uma verdadeira caça ao tesouro no coração de Nova York, na esperança de descobrir se o outro é seu verdadeiro amor.

A história é baseada no livro homônimo de Rachel Cohn e David Levithan (que também escreveu o livro que inspirou o filme ‘Todo Dia’), e isso por si só já seria sinônimo de sucesso. Mas o roteiro escrito por Lauren Moon, Harry Tarre e Joe Tracz é simplesmente perfeito. Em oito episódios de menos de meia hora, tanto o arco geral do enredo quanto os atos dentro dele evoluem no mesmo ritmo, sem deixar nenhuma ponta solta. Todos os elementos inseridos na história têm um porque; os diálogos são naturais e condizem com os personagens; o roteiro consegue ainda inserir a própria cidade de Nova York – e, mais ainda, a Nova York na época de Natal, tão mundialmente conhecida – como um personagem, de modo que o romancezinho juvenil só faz sentido porque acontece durante uma das maiores festas novaiorquinas. O quarto episódio é zero defeitos, convidando o espectador a experenciar todas as emoções em um turbilhão de hormônios.

Só que um bom romance só faz sentido se os atores principais tiverem química. E, em Dash & Lily, os protagonistas não só têm química, mas conseguem absorver a essência de seus personagens e transmitir todo o misto de sensações que os dois vão atravessando durante a série, incluindo as transformações que os dois experimentam por conta do que vão vivendo e aprendendo um com o outro. Austin Abrams – um misto de Timothée Chalamet e John Cusack novo, inclusive por recuperar a áurea de ‘Escrito nas Estrelas’ – é um cultzinho completamente apaixonável; já Midori Francis confere à sua Lily ares de Emilia Clarke como Louisa Clark, de ‘Como Eu Era Antes de Você’, e constrói uma adolescente super querida e alto astral, mas totalmente insegura – como muitas de nós. E tem ainda o irmão dela, Langston (Troy Iwata) e o crush dele, Benny (Diego Guevara), dois divertidíssimos conselheiros amorosos.

Tantos acertos devem ser conferidos à competente direção de Fred Savage, Pamela Romanowsky e Brad Silberling, que conseguiram capturar a essência do primeiro amor juvenil e transpor o clima de natal novaiorquino na medida certa, deixando inclusive a direção de arte brilhar tanto no visual (os cenários, os figurinos, as decorações) e como na trilha sonora (tem até punk rock judeu!), que se destacam nos seus momentos.

Por todos esses motivos e muito mais, ‘Dash & Lily’ é a série perfeitinha para aquecer o coração nesse fim de ano. Dá para maratonar sem parar, porque é simplesmente impossível deixá-la de lado. Se você ainda não entrou no clima de Natal, é porque ainda não conheceu ‘Dash & Lily’.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Dash (Austin Abrams) é um rapaz rabugentinho, entojado, solitário e que detesta o Natal – tipo o Grinch. Porém, dias antes da celebração, ele vai a Nova York para ficar na casa do pai, que está viajando. Seu desejo é poder fugir das festas e passar um tempo sozinho, por isso se refugia numa livraria, onde encontra um caderninho vermelho com a anotação “você tem coragem?”. É o caderno de Lily (Midori Francis), que o deixou ali na esperança de que algum adolescente o encontrasse e conversasse com ela. Assim, Dash e Lily passam a se conhecer através do caderno, e constroem uma verdadeira caça ao tesouro no coração de Nova York, na esperança de descobrir se o outro é seu verdadeiro amor.

A história é baseada no livro homônimo de Rachel Cohn e David Levithan (que também escreveu o livro que inspirou o filme ‘Todo Dia’), e isso por si só já seria sinônimo de sucesso. Mas o roteiro escrito por Lauren Moon, Harry Tarre e Joe Tracz é simplesmente perfeito. Em oito episódios de menos de meia hora, tanto o arco geral do enredo quanto os atos dentro dele evoluem no mesmo ritmo, sem deixar nenhuma ponta solta. Todos os elementos inseridos na história têm um porque; os diálogos são naturais e condizem com os personagens; o roteiro consegue ainda inserir a própria cidade de Nova York – e, mais ainda, a Nova York na época de Natal, tão mundialmente conhecida – como um personagem, de modo que o romancezinho juvenil só faz sentido porque acontece durante uma das maiores festas novaiorquinas. O quarto episódio é zero defeitos, convidando o espectador a experenciar todas as emoções em um turbilhão de hormônios.

Só que um bom romance só faz sentido se os atores principais tiverem química. E, em Dash & Lily, os protagonistas não só têm química, mas conseguem absorver a essência de seus personagens e transmitir todo o misto de sensações que os dois vão atravessando durante a série, incluindo as transformações que os dois experimentam por conta do que vão vivendo e aprendendo um com o outro. Austin Abrams – um misto de Timothée Chalamet e John Cusack novo, inclusive por recuperar a áurea de ‘Escrito nas Estrelas’ – é um cultzinho completamente apaixonável; já Midori Francis confere à sua Lily ares de Emilia Clarke como Louisa Clark, de ‘Como Eu Era Antes de Você’, e constrói uma adolescente super querida e alto astral, mas totalmente insegura – como muitas de nós. E tem ainda o irmão dela, Langston (Troy Iwata) e o crush dele, Benny (Diego Guevara), dois divertidíssimos conselheiros amorosos.

Tantos acertos devem ser conferidos à competente direção de Fred Savage, Pamela Romanowsky e Brad Silberling, que conseguiram capturar a essência do primeiro amor juvenil e transpor o clima de natal novaiorquino na medida certa, deixando inclusive a direção de arte brilhar tanto no visual (os cenários, os figurinos, as decorações) e como na trilha sonora (tem até punk rock judeu!), que se destacam nos seus momentos.

Por todos esses motivos e muito mais, ‘Dash & Lily’ é a série perfeitinha para aquecer o coração nesse fim de ano. Dá para maratonar sem parar, porque é simplesmente impossível deixá-la de lado. Se você ainda não entrou no clima de Natal, é porque ainda não conheceu ‘Dash & Lily’.

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