sexta-feira, abril 26, 2024

Crítica | Desejo Obsessivo – Minissérie CALIENTE da Netflix busca reflexões sobre uma obsessão

O estopim oriundo da obsessão e do desejo. Minissérie caliente que busca uma reflexão no campo emocional de um absurdo e obsessivo relacionamento em paralelo ao rompimento da linha tênue entre o controle e o descontrole, Desejo Obsessivo navega a um passo da tragédia.  Reunindo um protagonista com uma vida perfeita que encontra uma singular mulher, o roteiro levanta questões sobre desejo, a obsessão, onde os deslizes se tornam iminentes e a irrelevância de qualquer outro vira algo frequente. Esse embarque no desequilíbrio é o ponto de interseção que costura o roteiro para as ações e consequências dos personagens.

Na trama, conhecemos William (Richard Armitage), um cirurgião brilhante, de fala mansa, casado com uma advogada, com dois filhos que o idolatram, que vive seus dias com um enorme recente sucesso na carreira, fato que o leva a uma provável carreira política. Tudo ia na mais perfeita harmonia e equilíbrio na sua vida até que se vê envolvido, encantado, seduzido, obcecado, pela futura noiva do próprio filho, a enigmática Anna (Charlie Murphy). A partir do momento que ele se deixa levar por essa história, a vida apresentará duros golpes em seu caminho.

A verdade tem mil faces. A relação que se estabelece é por onde buscamos decifrar os momentos dos personagens. A dominação, controle psicológico, o proibido, a necessidade da submissão do outro nos jogos sexuais impostos, são alguns dos elementos que se tornam pólvoras para inconsequências. O controle e a submissão, aqui ligados ao desejo, moldam os calientes momentos como se a cada novo encontro um tijolo fosse colocado na bolha criada nesse tabuleiro de sedução. Será algum tipo de amor? Será a necessidade de preenchimento de um vazio ligado a desejos? Percorrendo milhas e milhas distante da linha que divide razão e a inconsequência somos testemunhas de atos impensáveis, onde há a troca do equilíbrio (razão) pelo descontrole (emoção).

A subtrama da família e toda exposição perante à situação não consegue ser tão profunda, ficando em total segundo plano. Esse poderia ser um elemento mais bem aproveitado. A deslealdade na relação com filho é o que deixa marcas no desequilíbrio do protagonista, mesmo esse dominado pela obsessão onde qualquer um que não seja Anna sejam jogados para escanteio. Na construção para a estrada da obsessão aqui nesse projeto, logo percebemos ser uma rua de mão dupla, onde um personagem se joga nesse oceano de inconsequências e o outro busca soluções para sair dessa bolha angustiante que já lhe trouxe tragédias no passado.

Mas afinal, quem tem mais culpa no cartório? Nessa minissérie de 4 capítulos disponível na Netflix, o lidar com as consequências dos próprios atos é a reta final de uma trama que busca ser envolvente e caliente, explorando os caminhos interpretativos do desequilíbrio.

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