sexta-feira , 22 novembro , 2024

Crítica | Do Fundo do Mar 2 – Uma cópia pobre, desnecessária e vergonhosa do original

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Mais pobre. Mais burro. Mais do mesmo.

Quase vinte anos depois, os tubarões inteligentes estão de volta! Mas essa não é a primeira vez que tentam produzir uma sequência para o divertido ‘Do Fundo do Mar‘, lançado em 1999. Poucos anos após o lançamento do original, havia a ideia para uma sequência chamada Deep Red Sea, que teria o retorno do ator LL Cool J. E, há poucos anos, uma versão que traria tubarões mutantes com armas (!), que seria obviamente levada direto ao vídeo. Com o recente sucesso dos tubarões nas telonas (‘Águas Rasas‘, ‘Medo Profundo‘), ‘Do Fundo do Mar‘ finalmente ganha sua sequência, mas não é o que os fãs esperavam – ou mereciam.

Nesta continuação fajuta, Carl Durant (Michael Beach), um bilionário brilhante está fazendo experimentos com tubarões-touro, na expectativa de criar uma droga capaz de modificar a estrutura do cérebro e, assim, resultar em super-inteligência. No entanto, com os experimentos, os próprios tubarões sofreram uma mudança, ficando mais inteligentes, e agora farão de tudo para se libertarem, comendo e matando o seu caminho até a saída.



Se você assistiu ao trailer deste filme e pensou que parece ser exatamente como o primeiro, você está certíssimo. O roteiro só muda alguns detalhes bobos, mas a estrutura continua exatamente a mesma coisa. Essa sequência é apenas um remake disfarçado, com um orçamento menor, péssimos atores e um roteiro pior. Os envolvidos pegaram tudo o que funcionava no primeiro filme, tiraram esses elementos e introduziram novas ideias absurdas, transformando esta “sequência” em um híbrido; metade ‘Do Fundo do Mar‘ e metade ‘Piranha‘.

Enquanto o primeiro filme tinha uma boa explicação e motivos para as causas e consequências das experiências, este segundo resume tudo com um dos maiores clichês da ficção científica: os experimentos precisam dar superinteligência para os seres humanos, ou eles irão perder a guerra contra os robôs (!!). Eu literalmente não estou brincando, já que essa é quase a transcrição exata de uma das falas do vilão do filme. Ele, inclusive, fala sobre humanos vs robôs em mais de uma ocasião na trama, e em ambas não existe outra reação a não ser rir de tamanho nonsense.

O original tinha uma boa protagonista, com motivações complexas, sendo ao mesmo tempo a heroína e a vilã do filme. Não era uma situação preto no branco, o que é mais do que eu posso dizer a respeito deste “remake” não oficial. Como já disse, o roteiro opta pelo caminho mais simples e clichê: vilão megalomaníaco egocêntrico que quer brincar de Deus. O ator Michael Beach está risível no papel, porque nem mesmo um vilão caricato ele consegue interpretar direito. O mesmo vale para o resto do elenco, que nem merece ser citado porque nunca são relevantes. O único destaque é a mocinha interpretada pela Danielle Savre (‘O Pesadelo 2‘), mas nunca é dado muita coisa para ela fazer além de ficar andando com a água até a cintura.

O roteiro ainda tem a cara de pau de tentar recriar algumas das cenas mais icônicas do original. Não são homenagens, apenas imitações baratas. Temos uma versão tosca da morte do Samuel L. Jackson, uma nova versão da cena da escada, e até mesmo o confronto cara a cara com o tubarão que acontece no final do primeiro. A única ideia nova que o roteiro parece introduzir são os tubarões filhotes, que hilariamente avisam quando estão chegando com sons que lembram muito porcos grunhido (!!!). Eles tomam a maior parte do filme e são responsáveis por praticamente todas as mortes, onde eles copiam descaradamente o já citado clássico ‘Piranha‘. Os tubarões normais e inteligentes são apenas figurantes no próprio filme.

Infelizmente, esta sequência não tem defesa e é uma ofensa aos fãs do original – um filme feito quase 20 anos atrás, e que ainda consegue ser melhor do que este em todos os aspectos possíveis. Foi produzido exclusivamente para tirar dinheiro dos fãs nostálgicos, porque os envolvidos sequer tentaram fazer algo decente. Para não dizer que nada presta em ‘Do Fundo do Mar 2‘, há uma morte que é bastante satisfatória e com efeitos surpreendentemente aceitáveis – ainda mais se considerarmos que quase todas são em off-screen –, mas isso obviamente não vale a curiosidade. Esta sequência é tosca, se leva a sério demais e nem ao menos tenta ser divertida. Apesar do desfecho tentar puxar um gancho para um novo filme, vamos torcer que essa franquia permaneça esquecida no fundo do mar para sempre.

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Nesta continuação fajuta, Carl Durant (Michael Beach), um bilionário brilhante está fazendo experimentos com tubarões-touro, na expectativa de criar uma droga capaz de modificar a estrutura do cérebro e, assim, resultar em super-inteligência. No entanto, com os experimentos, os próprios tubarões sofreram uma mudança, ficando mais inteligentes, e agora farão de tudo para se libertarem, comendo e matando o seu caminho até a saída.

Se você assistiu ao trailer deste filme e pensou que parece ser exatamente como o primeiro, você está certíssimo. O roteiro só muda alguns detalhes bobos, mas a estrutura continua exatamente a mesma coisa. Essa sequência é apenas um remake disfarçado, com um orçamento menor, péssimos atores e um roteiro pior. Os envolvidos pegaram tudo o que funcionava no primeiro filme, tiraram esses elementos e introduziram novas ideias absurdas, transformando esta “sequência” em um híbrido; metade ‘Do Fundo do Mar‘ e metade ‘Piranha‘.

Enquanto o primeiro filme tinha uma boa explicação e motivos para as causas e consequências das experiências, este segundo resume tudo com um dos maiores clichês da ficção científica: os experimentos precisam dar superinteligência para os seres humanos, ou eles irão perder a guerra contra os robôs (!!). Eu literalmente não estou brincando, já que essa é quase a transcrição exata de uma das falas do vilão do filme. Ele, inclusive, fala sobre humanos vs robôs em mais de uma ocasião na trama, e em ambas não existe outra reação a não ser rir de tamanho nonsense.

O original tinha uma boa protagonista, com motivações complexas, sendo ao mesmo tempo a heroína e a vilã do filme. Não era uma situação preto no branco, o que é mais do que eu posso dizer a respeito deste “remake” não oficial. Como já disse, o roteiro opta pelo caminho mais simples e clichê: vilão megalomaníaco egocêntrico que quer brincar de Deus. O ator Michael Beach está risível no papel, porque nem mesmo um vilão caricato ele consegue interpretar direito. O mesmo vale para o resto do elenco, que nem merece ser citado porque nunca são relevantes. O único destaque é a mocinha interpretada pela Danielle Savre (‘O Pesadelo 2‘), mas nunca é dado muita coisa para ela fazer além de ficar andando com a água até a cintura.

O roteiro ainda tem a cara de pau de tentar recriar algumas das cenas mais icônicas do original. Não são homenagens, apenas imitações baratas. Temos uma versão tosca da morte do Samuel L. Jackson, uma nova versão da cena da escada, e até mesmo o confronto cara a cara com o tubarão que acontece no final do primeiro. A única ideia nova que o roteiro parece introduzir são os tubarões filhotes, que hilariamente avisam quando estão chegando com sons que lembram muito porcos grunhido (!!!). Eles tomam a maior parte do filme e são responsáveis por praticamente todas as mortes, onde eles copiam descaradamente o já citado clássico ‘Piranha‘. Os tubarões normais e inteligentes são apenas figurantes no próprio filme.

Infelizmente, esta sequência não tem defesa e é uma ofensa aos fãs do original – um filme feito quase 20 anos atrás, e que ainda consegue ser melhor do que este em todos os aspectos possíveis. Foi produzido exclusivamente para tirar dinheiro dos fãs nostálgicos, porque os envolvidos sequer tentaram fazer algo decente. Para não dizer que nada presta em ‘Do Fundo do Mar 2‘, há uma morte que é bastante satisfatória e com efeitos surpreendentemente aceitáveis – ainda mais se considerarmos que quase todas são em off-screen –, mas isso obviamente não vale a curiosidade. Esta sequência é tosca, se leva a sério demais e nem ao menos tenta ser divertida. Apesar do desfecho tentar puxar um gancho para um novo filme, vamos torcer que essa franquia permaneça esquecida no fundo do mar para sempre.

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