sexta-feira, junho 21, 2024

Crítica | Dopesick – Michael Keaton estrela minissérie do Star+ que denuncia a ganância de uma empresa farmacêutica

A prova de quando a ganância não tem limites. Baseada no livro Dopesick: Dealers, Doctors and the Drug Company that Addicted America, de Beth Macy, Dopesick é um filme denúncia, um projeto que grita aos nossos olhos, que nos mostra como a ganância de uma empresa farmacêutica que criou um poderoso opioide, medicamentos prescritos para o tratamento e alívio da dor, altamente viciante, que mata mais que armas de fogo nos Estados Unidos, mais forte da mesma classe da morfina e da heroína.

Os absurdos de todo o processo burocrático de legalização, campanhas mentirosas de marketing, as dores de quem fica viciado são bem detalhados nos seis únicos episódios dessa intensa minissérie. Michael Keaton e Kaitlyn Dever, foram indicados ao Globo de Ouro 2022 por suas impecáveis atuações.

Na trama, que possui dinâmicas passagens de tempo, acompanhamos o surgimento de um medicamento que impactaria negativamente a sociedade norte-americana (depois a mundial), o OxyContin, e toda a veia de destruição em famílias do interior dos Estados Unidos que buscando alívio para suas incansáveis dores acabam entrando em uma dependência a esse fármaco opioide analgésico potente, análogo semi-sintético da morfina (duas vezes maior que a mesma).

Do lado jurídico vemos a saga dos procuradores adjuntos Rick (Peter Sarsgaard) e Randy (John Hoogenakker) em busca de reunir provas contra a Purdue Pharma, pertencente a membros da rica família Sackler por conta de mentiras na aplicação de validações a circulação de um remédio que causa uma dependência e que é causa de morte de muitas pessoas. Os doutores que eram convencidos pelos representantes de venda da Purdue são aqui representados pelo Dr. Samuel (Michael Keaton) um viúvo que praticamente é o único médico de uma cidadezinha. Uma das pacientes de Samuel, Betsy (Kaitlyn Dever), nos mostra os horrores de um viciado a uma medicamento e toda a dor e tristeza que causa não só a si mas a todos que estão ao seu redor. Bridget Meyer (Rosario Dawson) é a personagem que nos insere nas agências de controle, a DEA e a FDA, travando batalhas poderosas em busca de provas que possam ajudar a conter o medicamento em circulação. Richard (Michael Stuhlbarg), é o médico responsável pelas estratégicas do medicamento e parte da família Sackler que enfrenta embates internos para ter cada vez mais poder e controle.

A roteiro caminha pela narrativa não linear (com muitas passagens ida e volta no tempo) o que de fato faz muito sentido com a edição certeira.  A dor é o elemento de interseção entre todas as subtramas, por ela passam os objetivos de uma empresa gananciosa e nada boazinha que encontra um caminho mortal no sofrimento dos outros para inserir na sociedade um medicamento que causa dores e horrores até hoje. Absurdamente, esse remédio ainda é vendido em alguns lugares de maneira bem menos restritiva do que deveria. O projeto tem o poder de denúncia e tomara que sua mensagem bem forte e clara seja ouvida!

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