quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | Eight for Silver: Boyd Holbrook estrela intenso terror lobisomen

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Filme assistido durante o Festival de Sundance 2021

Sob uma sombria fotografia, banhada pela escuridão da noite e pela baixa luminosidade das velas, Eight for Silver logo de cara se constrói como um terror conceitual bem classudo. E sob um olhar gótico, o cineasta Sean Ellis nos apresenta uma trama de lobisomem mais inusitada, que explora a mitologia desse icônico protagonista de contos e filmes, a partir de uma perspectiva reflexiva que aborda a ancestralidade de uma nação e a importância de preservá-la com o tempo.



Na trama, Boyd Holbrook é um homem calejado pelas suas próprias perdas do passado, que como patologista, recebe a missão de investigar uma misteriosa ameaça que tem matado os moradores de uma rica comunidade rural da França, no século XIX. Ele logo descobrirá que a ganância e a soberba deste povoado está diretamente ligada ao apetite sanguinário desta sombria e assustadora criatura.

Trazendo uma dose boa, mas comedida, de jumpscares, Eight for Silver é um terror que facilmente flerta com o suspense, construindo sua narrativa de maneira mais substancial e densa. Com seus sustos servindo muito mais como um lembrete de que este é genuinamente um terror de lobisomem, o longa consegue ir além do seu próprio gênero e usa a caracterização de seus personagens como uma excepcional forma de ampliar o seu debate, levando-o para um campo mais reflexivo.

Ao abordar com voracidade a questão dos “pais da terra”, Ellis consegue unir o fator entretenimento que um bom filme de terror exige, com uma questão social importante: A necessidade de respeitarmos o passado do nosso povo, ao invés de apagá-lo e dizimá-lo de nossa história. E à medida em que o thriller gótico escalona em seu horror, compreendemos também sua mensagem, tornando nossa experiência cinematográfica muito mais rica e completa.

Com cenas de impacto e um viés também psicológico, o longa ainda brilha em suas belíssimas performances. Reunindo um elenco entrosado e dinâmico, a produção fica entregue aos braços de Holbrook, que se desfaz do seu próprio estereótipo de beleza, para entregar uma genuína profundidade em sua performance. Sua excelente caracterização é acompanhada pelo ótimo trabalho dos atores Alistair Petrie e Kely Reilly, que não perdem em absolutamente nada. E com roteiro e direção que caminham em harmonia, Eight for Silver é a mistura entre o POP e o cult que prova mais uma vez o enorme potencial que o gênero de terror tem de ir muito além de si mesmo.

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Na trama, Boyd Holbrook é um homem calejado pelas suas próprias perdas do passado, que como patologista, recebe a missão de investigar uma misteriosa ameaça que tem matado os moradores de uma rica comunidade rural da França, no século XIX. Ele logo descobrirá que a ganância e a soberba deste povoado está diretamente ligada ao apetite sanguinário desta sombria e assustadora criatura.

Trazendo uma dose boa, mas comedida, de jumpscares, Eight for Silver é um terror que facilmente flerta com o suspense, construindo sua narrativa de maneira mais substancial e densa. Com seus sustos servindo muito mais como um lembrete de que este é genuinamente um terror de lobisomem, o longa consegue ir além do seu próprio gênero e usa a caracterização de seus personagens como uma excepcional forma de ampliar o seu debate, levando-o para um campo mais reflexivo.

Ao abordar com voracidade a questão dos “pais da terra”, Ellis consegue unir o fator entretenimento que um bom filme de terror exige, com uma questão social importante: A necessidade de respeitarmos o passado do nosso povo, ao invés de apagá-lo e dizimá-lo de nossa história. E à medida em que o thriller gótico escalona em seu horror, compreendemos também sua mensagem, tornando nossa experiência cinematográfica muito mais rica e completa.

Com cenas de impacto e um viés também psicológico, o longa ainda brilha em suas belíssimas performances. Reunindo um elenco entrosado e dinâmico, a produção fica entregue aos braços de Holbrook, que se desfaz do seu próprio estereótipo de beleza, para entregar uma genuína profundidade em sua performance. Sua excelente caracterização é acompanhada pelo ótimo trabalho dos atores Alistair Petrie e Kely Reilly, que não perdem em absolutamente nada. E com roteiro e direção que caminham em harmonia, Eight for Silver é a mistura entre o POP e o cult que prova mais uma vez o enorme potencial que o gênero de terror tem de ir muito além de si mesmo.

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