quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Élite – 4ª Temporada é ainda mais APIMENTADA, com trisal e outras possibilidades de amar

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Depois de dar um fechamento ao arco narrativo das primeiras três temporadas e encaminhado boa parte do elenco a seus destinos, a série hot teen ‘Élite’ poderia ter se encerrado, porém, ela está de volta com uma quarta temporada, apresentando personagens novos e…. sim, ela voltou com tudo à Netflix!



Guzmán (Miguel Bernardeau) está satisfeito com seu relacionamento à distância com Nadia (Mina El Hammani), embora sinta saudades. Um novo ano começa em Las Encinas, porém, sob a nova direção de Benjamín (Diego Martín, que confere ao seu personagem um estilo meio Professor de ‘La Casa de Papel’), que traz consigo à nova escola seus filhos Ari (Carla Díaz), Mencía (Martina Cariddi) e Patrick (Manu Rios). A presença desses novos alunos irá abalar a harmonia da amizade entre Guzmán, Samuel (Itzan Escamilla), Omar (Omar Ayuso), Ander (Arón Piper) e Rebeka (Claudia Salas) e, como se já não bastasse isso, a chegada do príncipe Phillippe (Pol Granch) fará o coração de Cayetana (Georgina Amorós) bater mais rápido, e a moça irá se lamentar por não ter mais seu status e ser apenas a faxineira da escola.

Se por um lado nas primeiras três temporadas ‘Élite’ provavelmente já tinha seu mote pré-escrito antes, agora nesta quarta temporada os roteiristas se debruçaram completamente naquilo que os fãs mais gostaram: o crime a ser descoberto, as intrigas, os personagens ricos e entediados e muito, muito, mas muuuuito sexo. Nos primeiros quatro episódios há mais cenas de sexo do que possivelmente a terceira temporada inteira, e 95% das cenas são de interação carnal gay e lésbica. Mais especificamente com um trisal que se forma com a tríade Omar, Patrick e Ander, que basicamente centra a condução de mais de 50% da dramaticidade do início da temporada, levantando um tema que está sendo bastante debatido entre os jovens.

Porém, esses personagens novos são completamente odiáveis! É claro que eles entram na trama com o objetivo de bagunçar mesmo, isso já era de se esperar, mas os irmãozinhos Benjamín são na verdade um prato cheio para a análise de Freud. Ari, especificamente, tem uma construção narcísica bem esquisita, pois ocupa o papel da mãe da família, mãe dos próprios irmãos, e isso é gera certo desconforto em que assiste.

O elemento essencial que abre a quarta temporada de ‘Élite’ é o mesmo que foi o fio condutor da trama até então: um crime, do qual o espectador não tem a menor ideia de como aconteceu e, ao passar dos episódios, é convidado a desvendá-lo, somando os acontecimentos apresentados em flashback de como as relações interpessoais foram sendo construídas – e destruídas.

A quarta temporada de ‘Élite’ chega tirando a roupa e fazendo a temperatura subir na Netflix. Não há limites para as relações sexuais dos rapazes e moças que estudam em Las Encinas – essa escola onde ninguém estuda. Ao que tudo indica, o novo arco narrativo vai funcionar como uma pimenta jalapeña na série, elevando a temperatura desse inverno para agradar aos fãs nos seus desejos mais obscuros, fazendo com que a gente não sinta falta de Carla e Nádia. Prepare o banho gelado e tire os pais da sala, pois ‘Élite’ está quente, muito quente!

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Guzmán (Miguel Bernardeau) está satisfeito com seu relacionamento à distância com Nadia (Mina El Hammani), embora sinta saudades. Um novo ano começa em Las Encinas, porém, sob a nova direção de Benjamín (Diego Martín, que confere ao seu personagem um estilo meio Professor de ‘La Casa de Papel’), que traz consigo à nova escola seus filhos Ari (Carla Díaz), Mencía (Martina Cariddi) e Patrick (Manu Rios). A presença desses novos alunos irá abalar a harmonia da amizade entre Guzmán, Samuel (Itzan Escamilla), Omar (Omar Ayuso), Ander (Arón Piper) e Rebeka (Claudia Salas) e, como se já não bastasse isso, a chegada do príncipe Phillippe (Pol Granch) fará o coração de Cayetana (Georgina Amorós) bater mais rápido, e a moça irá se lamentar por não ter mais seu status e ser apenas a faxineira da escola.

Se por um lado nas primeiras três temporadas ‘Élite’ provavelmente já tinha seu mote pré-escrito antes, agora nesta quarta temporada os roteiristas se debruçaram completamente naquilo que os fãs mais gostaram: o crime a ser descoberto, as intrigas, os personagens ricos e entediados e muito, muito, mas muuuuito sexo. Nos primeiros quatro episódios há mais cenas de sexo do que possivelmente a terceira temporada inteira, e 95% das cenas são de interação carnal gay e lésbica. Mais especificamente com um trisal que se forma com a tríade Omar, Patrick e Ander, que basicamente centra a condução de mais de 50% da dramaticidade do início da temporada, levantando um tema que está sendo bastante debatido entre os jovens.

Porém, esses personagens novos são completamente odiáveis! É claro que eles entram na trama com o objetivo de bagunçar mesmo, isso já era de se esperar, mas os irmãozinhos Benjamín são na verdade um prato cheio para a análise de Freud. Ari, especificamente, tem uma construção narcísica bem esquisita, pois ocupa o papel da mãe da família, mãe dos próprios irmãos, e isso é gera certo desconforto em que assiste.

O elemento essencial que abre a quarta temporada de ‘Élite’ é o mesmo que foi o fio condutor da trama até então: um crime, do qual o espectador não tem a menor ideia de como aconteceu e, ao passar dos episódios, é convidado a desvendá-lo, somando os acontecimentos apresentados em flashback de como as relações interpessoais foram sendo construídas – e destruídas.

A quarta temporada de ‘Élite’ chega tirando a roupa e fazendo a temperatura subir na Netflix. Não há limites para as relações sexuais dos rapazes e moças que estudam em Las Encinas – essa escola onde ninguém estuda. Ao que tudo indica, o novo arco narrativo vai funcionar como uma pimenta jalapeña na série, elevando a temperatura desse inverno para agradar aos fãs nos seus desejos mais obscuros, fazendo com que a gente não sinta falta de Carla e Nádia. Prepare o banho gelado e tire os pais da sala, pois ‘Élite’ está quente, muito quente!

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