domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Esticando a Festa – Uma EMOCIONANTE e surpreendente pérola da Netflix

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Sabe aquela sensação de começar a assistir um filme que você não dá nada por ele, às vezes ele é até meio chato no início e, de repente, quando você menos espera, se dá conta de que ele te surpreende e se transforma em um ótimo filme? É exatamente isso que acontece com ‘Esticando a Festa’, novo sucesso da Netflix que não sai do Top 10.



Cassie (Victoria Justice) tem vinte e poucos anos e curte a vida adoidado. Para ela, a vida é uma grande festa, que emenda em outra, e mais outra, e outra mais. Isso a distancia de sua melhor amiga, Lisa (Midori Francis), que é focada no trabalho e não curte muito sair à noite para badalar. No dia do aniversário de Cassie, as duas têm uma grande discussão sobre esse assunto e, no fim da noite, Cassie sofre um acidente e morre tragicamente. Um ano depois, Cassie precisa resolver as pendências que deixou na sua vida para poder entrar no Paraíso, e isso significará ter que recorrer conhecer seus erros e aprender a perdoar.

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Sinceramente, ‘Esticando a Festa’ não é o tipo de filme que a crítica ama – porém, é exatamente o tipo de filme que agrada seu público-alvo. Sim, ele é recheado de clichês e dá até para antecipar os dramas e as reviravoltas que serão apresentados no longa, mas, nem por isso, o filme se torna maçante ou fraco. Ao utilizar o conceito de vida após a morte com chance de reconciliação com as pendências não resolvidas da vida e trabalhar este tema no universo jovem adulto ‘Esticando a Festa’ acerta no tom certo para abordar o tema sem recair em espiritualidade. Talvez por isso tenha se tornado um sucesso imediato desde a sua estreia na Netflix.

Carrie Freedle elabora um roteiro previsível, porém gostoso de seguir pois por mais que a jornada seja de Cassie, o que importa mesmo é acompanhar a vida das pessoas com as quais ela precisa se reconciliar: Lisa, sua mãe (Gloria Garcia) e seu pai (Adam Garcia). Tudo bem que a parte da mãe fica bastante superficial e mal trabalhada, e a do pai peça uma dose extra de boa vontade, mas o que rouba mesmo o espetáculo é a história de Lisa, interpretada pela fofíssima Midori Francis, da série igualmente fofíssima ‘Dash & Lily’, também da Netflix.

O filme de Stephen Herek parte da protagonista Cassie para contar como no final das contas a única coisa que levamos da vida são as relações que construímos com as pessoas que conhecemos. Assim, os primeiros vinte minutos do filme são bem enjoados porque a vida dessa protagonista é bastante vazia e baseada em valores distorcidos, portanto esse iniciozinho das cerca de uma hora e quarenta de duração pode dar uma cansada, mas vale a pena insistir pois ‘Esticando a Festa’ – apesar do título bem ruim português, que não condiz com sua essência – pode te surpreender, e não se espante se no final uma lágrima ou duas escorrerem no seu rosto, pois, por mais clichê que o filme se apresente, ele consegue construir um bom arco dramático que engaja a emoção do espectador.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Crítica | Esticando a Festa – Uma EMOCIONANTE e surpreendente pérola da Netflix

Sabe aquela sensação de começar a assistir um filme que você não dá nada por ele, às vezes ele é até meio chato no início e, de repente, quando você menos espera, se dá conta de que ele te surpreende e se transforma em um ótimo filme? É exatamente isso que acontece com ‘Esticando a Festa’, novo sucesso da Netflix que não sai do Top 10.

Cassie (Victoria Justice) tem vinte e poucos anos e curte a vida adoidado. Para ela, a vida é uma grande festa, que emenda em outra, e mais outra, e outra mais. Isso a distancia de sua melhor amiga, Lisa (Midori Francis), que é focada no trabalho e não curte muito sair à noite para badalar. No dia do aniversário de Cassie, as duas têm uma grande discussão sobre esse assunto e, no fim da noite, Cassie sofre um acidente e morre tragicamente. Um ano depois, Cassie precisa resolver as pendências que deixou na sua vida para poder entrar no Paraíso, e isso significará ter que recorrer conhecer seus erros e aprender a perdoar.

Sinceramente, ‘Esticando a Festa’ não é o tipo de filme que a crítica ama – porém, é exatamente o tipo de filme que agrada seu público-alvo. Sim, ele é recheado de clichês e dá até para antecipar os dramas e as reviravoltas que serão apresentados no longa, mas, nem por isso, o filme se torna maçante ou fraco. Ao utilizar o conceito de vida após a morte com chance de reconciliação com as pendências não resolvidas da vida e trabalhar este tema no universo jovem adulto ‘Esticando a Festa’ acerta no tom certo para abordar o tema sem recair em espiritualidade. Talvez por isso tenha se tornado um sucesso imediato desde a sua estreia na Netflix.

Carrie Freedle elabora um roteiro previsível, porém gostoso de seguir pois por mais que a jornada seja de Cassie, o que importa mesmo é acompanhar a vida das pessoas com as quais ela precisa se reconciliar: Lisa, sua mãe (Gloria Garcia) e seu pai (Adam Garcia). Tudo bem que a parte da mãe fica bastante superficial e mal trabalhada, e a do pai peça uma dose extra de boa vontade, mas o que rouba mesmo o espetáculo é a história de Lisa, interpretada pela fofíssima Midori Francis, da série igualmente fofíssima ‘Dash & Lily’, também da Netflix.

O filme de Stephen Herek parte da protagonista Cassie para contar como no final das contas a única coisa que levamos da vida são as relações que construímos com as pessoas que conhecemos. Assim, os primeiros vinte minutos do filme são bem enjoados porque a vida dessa protagonista é bastante vazia e baseada em valores distorcidos, portanto esse iniciozinho das cerca de uma hora e quarenta de duração pode dar uma cansada, mas vale a pena insistir pois ‘Esticando a Festa’ – apesar do título bem ruim português, que não condiz com sua essência – pode te surpreender, e não se espante se no final uma lágrima ou duas escorrerem no seu rosto, pois, por mais clichê que o filme se apresente, ele consegue construir um bom arco dramático que engaja a emoção do espectador.

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