quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Estrelas Além do Tempo

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A força sem inteligência é como o movimento sem direção. Baseado no livro Hidden Figures, de Margot Lee Shetterly, Estrelas Além do Tempo fala sobre o preconceito na época da corrida espacial, com o foco em três grandes mulheres negras que ajudaram a mudar o rumo das descobertas norte americanas nesse período.

Com ótimas atuações e uma trilha sonora assinada pelo craque Pharrell Williams, o longa metragem dirigido pelo cineasta Theodore Melfi (Um Santo Vizinho) é um daqueles belos filmes, nessa época corrida de muitos lançamentos de prováveis indicados ao Oscar, que você não pode perder.



Na trama, conhecemos três mulheres fortes e determinadas que trabalham em um departamento específico de matemática dentro da toda poderosa Nasa. A matemática brilhante e mãe de três filhas Katherine G. Johnson (Taraji P. Henson, em mais uma bela atuação), a engenheira e dona de duas graduações na área das exatas Mary Jackson (Janelle Monáe) e a primeira supervisora mulher e negra da história da Nasa Dorothy Vaughan (Octavia Spencer, em mais um grande trabalho no cinema).

Cada uma na sua área de atuação, mas todas dentro do mesmo departamento, com um foco maior em Katherine, vamos descobrindo ao longo dos 127 minutos de projeção todo o preconceito e obstáculos que as jovens precisam enfrentar para poder ajudar seu país em uma importante disputa com a Rússia no domínio das navegações espaciais.

O filme começa com um belo arco inicial, focando no cotidiano profissional das três amigas e toda a luta para conquistarem seus reconhecimentos. Tendo que viver com uma segregação racial absurda, onde até os banheiros e refeitórios da Nasa eram divididos pela cor das pessoas, as três brilhantes em suas carreiras profissionais precisam ser valentes e lutarem por seus merecidos direitos a todo instante.

O filme retrata bem essa época e faz uma grande reflexão também com os dias atuais e a merecida valorização da mulher no mercado de trabalho. A matemática é o alfabeto com o qual Deus escreveu o universo, as leis dos senos e cossenos, além de diversas fórmulas complexas, que ajudam as três protagonistas a encontrem seu espaço em um planeta que sofre até hoje com atitudes preconceituosas.

No segundo arco, o filme ganha contornos matemáticos profundos, com introdução de uma das personagens a famosa linguagem de programação Fortran (já que uma das jovens precisa entender a programar um enorme computador da ainda pouco conhecida, naquela época, IBM), tentativas de cálculos para levar um norte americano a dar sete voltas completas pela órbita da Terra. Também, nesse segundo arco, um embate jurídico para conseguir frequentar uma faculdade que só entravam brancos por uma das jovens que sonhava em ser engenheira contratada da Nasa.

A história é muito bem contada, tem a força de sua leveza com os arranjos cinematográficos que ficam encaixados matematicamente perfeitos no grande carisma que as personagens possuem.

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Com ótimas atuações e uma trilha sonora assinada pelo craque Pharrell Williams, o longa metragem dirigido pelo cineasta Theodore Melfi (Um Santo Vizinho) é um daqueles belos filmes, nessa época corrida de muitos lançamentos de prováveis indicados ao Oscar, que você não pode perder.

Na trama, conhecemos três mulheres fortes e determinadas que trabalham em um departamento específico de matemática dentro da toda poderosa Nasa. A matemática brilhante e mãe de três filhas Katherine G. Johnson (Taraji P. Henson, em mais uma bela atuação), a engenheira e dona de duas graduações na área das exatas Mary Jackson (Janelle Monáe) e a primeira supervisora mulher e negra da história da Nasa Dorothy Vaughan (Octavia Spencer, em mais um grande trabalho no cinema).

Cada uma na sua área de atuação, mas todas dentro do mesmo departamento, com um foco maior em Katherine, vamos descobrindo ao longo dos 127 minutos de projeção todo o preconceito e obstáculos que as jovens precisam enfrentar para poder ajudar seu país em uma importante disputa com a Rússia no domínio das navegações espaciais.

O filme começa com um belo arco inicial, focando no cotidiano profissional das três amigas e toda a luta para conquistarem seus reconhecimentos. Tendo que viver com uma segregação racial absurda, onde até os banheiros e refeitórios da Nasa eram divididos pela cor das pessoas, as três brilhantes em suas carreiras profissionais precisam ser valentes e lutarem por seus merecidos direitos a todo instante.

O filme retrata bem essa época e faz uma grande reflexão também com os dias atuais e a merecida valorização da mulher no mercado de trabalho. A matemática é o alfabeto com o qual Deus escreveu o universo, as leis dos senos e cossenos, além de diversas fórmulas complexas, que ajudam as três protagonistas a encontrem seu espaço em um planeta que sofre até hoje com atitudes preconceituosas.

No segundo arco, o filme ganha contornos matemáticos profundos, com introdução de uma das personagens a famosa linguagem de programação Fortran (já que uma das jovens precisa entender a programar um enorme computador da ainda pouco conhecida, naquela época, IBM), tentativas de cálculos para levar um norte americano a dar sete voltas completas pela órbita da Terra. Também, nesse segundo arco, um embate jurídico para conseguir frequentar uma faculdade que só entravam brancos por uma das jovens que sonhava em ser engenheira contratada da Nasa.

A história é muito bem contada, tem a força de sua leveza com os arranjos cinematográficos que ficam encaixados matematicamente perfeitos no grande carisma que as personagens possuem.

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