Lançado em 2017, o filme Guardiões da Galáxia Vol.2 foi um sucesso de crítica e público que ajudou a consolidar não só os Guardiões na cena da Cultura Pop, mas também o diretor James Gunn como um nome que merecia ser olhado pelo mercado com mais atenção. Além disso, a sequência apresentou ao mundo um personagem que se tornou fenômeno não só entre as crianças, mas entre o público em geral: o Baby Groot.
Após fazer o sacrifício supremo para salvar seus amigos, a árvore humanoide Groot (Vin Diesel) terminou Guardiões da Galáxia (2014) sendo plantado em um vasinho e “renascendo” como uma mudinha. Na época, houve um debate se aquela mudinha cresceria novamente como o Groot ou se seria uma nova versão. Nas redes sociais, James Gunn confirmou que aquele Groot gigante e gentil havia morrido, e que esse Baby Groot seria uma nova planta.
E isso foi visto no filme 2, que mostrou o bebê com uma personalidade muito explosiva e irresponsável, tal qual… um bebê. E isso funcionou muito bem com o público, que adorou a ideia e ficou doido para ver mais das travessuras do pimpolho espacial. Só que o filme termina com um salto temporal de 2014 para 2018, permitindo que ele aparecesse como adolescente em Vingadores: Guerra Infinita (2018).
Mas é claro que a Disney não ia perder a chance de explorar as molecagens do Grootinho nesse intervalo. Por isso, surgiu Eu Sou Groot, uma série de cinco curtas focada exclusivamente na rotina do Bebê Groot nessa fase infantil. Ao longo dos episódios, os curtas abordam temas tipicamente comuns aos bebês, como os primeiros passos, o primeiro banho e, claro, as artes que ele aprontou.
Mas, como estamos falando do Groot, seu jeitão baderneiro irresponsável também aparece na série, com direito a momentos em que ele é realmente um moleque maldoso, que se empolga com as coisas, mas não liga para as consequências.
É uma série bastante divertida por conta dessa dinâmica mais caótica de ter um bebê explorando mundos do tamanho de seu jardim e se divertindo sem preocupações. No entanto, por se tratar de um bebê, por mais curtinhos que sejam os episódios, há alguns mais bobinhos que o outro, deixando claro que a série tem destino ao público infantil.
Além de trazer mais das traquinagens do Bebê Groot, a série traz novos visuais dele, que certamente serão transformados em brinquedinhos especiais e itens exclusivos que vão render caminhões de dinheiro para a Disney. E o mais divertido disso tudo é que o bebê Groot segue interpretado pelo Vin Diesel.
[Alerta de Spoilers]
Por fim, mas não menos importante, o último episódio traz uma possível mudança no personagem que talvez influencie em suas próximas aparições no Disney+ e nos cinemas. Se você ainda não assistiu a série, talvez seja melhor não ler o próximo parágrafo.
No episódio em que Groot está fazendo sua “obra de arte”, ele transita pela nave destruindo tudo. No entanto, o destaque mesmo desse episódio é seu desenho. O bebê Groot desenhou a cena em que o Groot se sacrificou para salvar os Guardiões em 2014. Como o James Gunn disse que ele seria um novo Groot, ele não deveria ter lembranças de sua “vida passada”. Então, ao trazer o Bebê Groot retratando sua prévia morte, a série abre um precedente para que o novo Groot adulto se lembre de outras memórias futuramente.
[Fim do Spoiler]
Enfim, a série é bem divertida e deve agradar principalmente ao público infantil. Talvez seu grande defeito seja justamente a duração dos episódios. Se eles fossem um pouco mais longos, a série seria adorada por diversos tipos de público.