sábado, abril 27, 2024

Crítica | Fantasma e Cia – David Harbour se diverte em Terror Cômico Juvenil da Netflix

A vida após a morte sempre será um mistério para os seres humanos. Retratada inúmeras vezes em diferentes formatos no mundo audiovisual, se há de fato um pós-mortem, nunca saberemos. O não saber dá brecha para que a criatividade de Hollywood elabore todo tipo de história – desde as mais assustadoras do terror às que não devem ser levadas tão a sério, na comédia. Surfando na mistura desses dois gêneros tão pedidos pelo público, estreou no último final de semana na Netflix o longa ‘Fantasma e Cia’, que imediatamente pulou para a primeiríssima posição do Top 10 da plataforma.

A família de Kevin (Jahi Di’Allo Winston) vive se mudando a toda hora. Por isso, quando se mudam para um casarão com aspecto abandonado no meio de uma ruazinha, o jovem não demonstra nenhuma emoção. Quando, certa noite, ele ouve um barulho no sótão e vai investigar, ele faz uma incrível descoberta: há um fantasma (David Harbour) morando com eles na casa. Ernest, o fantasminha camarada, não parece oferecer nenhum perigo, ao contrário, tem um semblante triste e confuso, por isso Kevin decide ajudá-lo para entender o que o prende à casa. Porém, quando o pai de Kevin, Frank (Anthony Mackie), e seu irmão mais velho Fulton (Niles Fitch), descobrem sobre Ernest, eles decidem lucrar sobre o assunto, postando vídeos do espectro na internet. Em pouco tempo, os vídeos viralizam, chamando a atenção das agências governamentais, o que acaba colocando em risco a vida da família.

Trazendo dois atores de peso que estão em voga na cultura pop – David Harbour, de ‘Stranger Things’, e Anthony Mackie, o Falcão de ‘Os Vingadores’ – fica bastante evidente que a produção de ‘Fantasma e Cia’ quer fisgar o público desses dois filões do mundo nerd. Apesar da boa ideia, é meio esquisito os papéis interpretados por eles: Anthony é um pai interesseiro cujo passado claramente é cheio de tropeços, e isso dificulta para que o público torça por ele; já David vive o Gasparzinho simpático que literalmente não tem uma fala no longa, e isso é totalmente esquisito para o audiovisual, passando até mesmo a sensação de que não houve verba para pagar o cachê total do ator. Soma-se a isso um protagonista nem um pouco carismático, e, assim, temos um filme cheio de potencial, mas cujo resultado sai meio torto.

Baseado no conto ‘Ernest’, de Geoff Manaugh, o filme escrito e dirigido por Christopher Landon passeia entre momentos cômicos e cenas de leve terror, relembrando clássicos desse mix de gêneros como ‘Os Fantasmas se Divertem’ e ‘Ghostbusters’. Aliás, o roteiro não se furta em deixar evidente suas influências, colocando falas e cenas que lembram os títulos mencionados e outros, como ‘Ghost: Do Outro Lado da Vida’. Para quem curte easter eggs, é prato cheio.

Ainda que os efeitos especiais não sejam lá essas coisas, as experiências vividas pelo Cranicola do Mundo Invertido são gargalháveis e devem agradar ao público de todas as idades. O filme conta ainda com uma participação cômica de Jennifer Coolidge como uma apresentadora de programa sobrenatural, protagonizando a cena mais hilária de  ‘Fantasma e Cia’.

Indo na vibe do terror para toda a família, que tanto fez sucesso nos anos 1990, ‘Fantasma e Cia’ é um filme de entretenimento que diverte, ainda que tenha algumas falhas bem óbvias. Filme pipocão que provavelmente teria feito sucesso nos cinemas se tivesse estreado nas telonas.

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