quarta-feira , 18 dezembro , 2024

Crítica | Força Maior

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O inimigo é a imagem que temos do herói. O cineasta sueco Ruben Östlund resolve voltar as telonas de todo mundo para contar uma história tensa sobre medos, constrangimentos e uma relação deteriorada por uma ação inconsequente. Com uma trilha sonora moldada a partir de solos intensos de violinos, Força Maior é um daqueles filmes que causam um grande impacto em todos nós durante as duas horas de fita. O diretor, que também assina o roteiro, dá um show atrás das câmeras, a cena da avalanche, epicentro da trama, é simplesmente eletrizante.

Na trama, conhecemos uma família sueca que vai para uma estação de esqui para passar um período de férias. Tudo ia bem até que um dia, almoçando em um restaurante ao ar livre, uma avalanche inesperada surge, dando um grande susto. Na hora em que estava se aproximando o fenômeno natural, o pai pega suas luvas e celular e sai correndo, deixando o restante da família para trás. Agora, a partir desse ato, terá que viver as consequências que impulsionarão brigas e desconfianças com sua mulher.



O sofrimento causado pela inusitada situação é enorme,  atinge todos os membros da família com a mesma intensidade. A mulher, Ebba (Lisa Loven Kongsli), não se conforma que o marido não admita que saiu correndo por medo da avalanche. O homem, Tomas (Johannes Kuhnke), fica constrangido toda vez que o assunto volta a tona em conversas, parece lutar para não admitir sua ação no trauma em que passaram, é uma vítima de seus próprios instintos. Outros casais (e seus outros problemas) vão passeando pela história e os protagonistas precisam segurar seus pensamentos e tentam blindar a família a todo instante. Porém, o assunto da atitude durante a avalanche nunca perde espaço e propaga uma série de reações inesperadas.

O diretor realiza um trabalho muito competente atrás das câmeras. Ajuda a compor várias cenas emblemáticas como: a forçada não troca de olhares no espelho do banheiro, a tentativa de sexo entre o casal de protagonistas visto pelo reflexo de uma janela, entre outras. A capacidade de gerar ao público um raio-x completo sobre os problemas que um relacionamento pode enfrentar é feito com louvor.

O longa-metragem, que figurou entre os melhores filmes do cinema europeu ano passado, chega ao Brasil em março e promete deixar a plateia satisfeita pelo belo trabalho de Östlund e todo o elenco. É um grande filme, sem dúvidas.

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O inimigo é a imagem que temos do herói. O cineasta sueco Ruben Östlund resolve voltar as telonas de todo mundo para contar uma história tensa sobre medos, constrangimentos e uma relação deteriorada por uma ação inconsequente. Com uma trilha sonora moldada a partir de solos intensos de violinos, Força Maior é um daqueles filmes que causam um grande impacto em todos nós durante as duas horas de fita. O diretor, que também assina o roteiro, dá um show atrás das câmeras, a cena da avalanche, epicentro da trama, é simplesmente eletrizante.

Na trama, conhecemos uma família sueca que vai para uma estação de esqui para passar um período de férias. Tudo ia bem até que um dia, almoçando em um restaurante ao ar livre, uma avalanche inesperada surge, dando um grande susto. Na hora em que estava se aproximando o fenômeno natural, o pai pega suas luvas e celular e sai correndo, deixando o restante da família para trás. Agora, a partir desse ato, terá que viver as consequências que impulsionarão brigas e desconfianças com sua mulher.

O sofrimento causado pela inusitada situação é enorme,  atinge todos os membros da família com a mesma intensidade. A mulher, Ebba (Lisa Loven Kongsli), não se conforma que o marido não admita que saiu correndo por medo da avalanche. O homem, Tomas (Johannes Kuhnke), fica constrangido toda vez que o assunto volta a tona em conversas, parece lutar para não admitir sua ação no trauma em que passaram, é uma vítima de seus próprios instintos. Outros casais (e seus outros problemas) vão passeando pela história e os protagonistas precisam segurar seus pensamentos e tentam blindar a família a todo instante. Porém, o assunto da atitude durante a avalanche nunca perde espaço e propaga uma série de reações inesperadas.

O diretor realiza um trabalho muito competente atrás das câmeras. Ajuda a compor várias cenas emblemáticas como: a forçada não troca de olhares no espelho do banheiro, a tentativa de sexo entre o casal de protagonistas visto pelo reflexo de uma janela, entre outras. A capacidade de gerar ao público um raio-x completo sobre os problemas que um relacionamento pode enfrentar é feito com louvor.

O longa-metragem, que figurou entre os melhores filmes do cinema europeu ano passado, chega ao Brasil em março e promete deixar a plateia satisfeita pelo belo trabalho de Östlund e todo o elenco. É um grande filme, sem dúvidas.

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