terça-feira , 24 dezembro , 2024

Crítica | Fratura – Suspense instigante com reviravolta surpreendente

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A premissa é simples: Ray Monroe (Sam Worthington) está voltando de carro da casa da sogra com sua esposa Joanne (Lily Rabe) e sua filha, Peri (Lucy Capri), após um desastroso fim de semana de Ação de Graças. Eles param em um posto de gasolina para ir ao banheiro, porém, Peri acaba caindo em um buraco de uma obra inacabada e quebra o braço. Desesperado, Ray corre para o hospital mais próximo com sua filha, mas ao chegar lá percebe que o local está superlotado e é cheio de burocracia. Num misto de ansiedade e tentativa de obedecer às normas do estabelecimento, Ray preenche a papelada, responde às perguntas e aguarda ser atendido. Quando finalmente um médico aparece, ele faz uma avaliação ligeira da menina, encaminha mãe e filha para a ala de tomografia… e, depois disso, elas nunca mais são vistas.



O roteiro de Alan B. McElroy consegue construir uma atmosfera de tensão gradativa, que vai aumentando à medida que Ray começa a perder o controle da situação. Com poucas locações (duas: o hospital e o posto de gasolina), a história se desenrola apoiando-se nas atuações – em especial Sam Worthington, que protagoniza a história com bastante solidez – e na atmosfera crescente de suspense psicológico. O desenvolvimento da história realmente prende a atenção, cativando o espectador a continuar assistindo até o fim.

Brad Anderson consegue dirigir seu longa com firmeza, aproveitando-se do jogo de luz em favor do drama psicológico, acelerando a edição quando Ray está sob efeitos de drogas e focando a câmera em seu rosto para intensificar as sensações do personagem. Apesar disso, poderia ter sido mais exigente com dois pontos fundamentais de sua história (não comentados aqui por motivos de spoiler), que poderiam ter sido melhor trabalhados.

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Para construir a trama de ‘Fratura’ o longa joga com a tênue linha do que é insólito, mostrando como a construção de um discurso – quando reforçado por muitas vozes e de maneira contínua – contribui para a confecção de uma realidade imposta por aqueles em posição de poder. Ou, como diz o ditado, uma mentira contada várias vezes se torna uma verdade.

Fratura’ é desses filmes dos quais não é possível falar muito, do contrário corre-se o risco de estragar a experiência do espectador. É um bom suspense psicológico, com um bom argumento e um desenvolvimento empolgante – entretanto, com dois pontos entregados mui gratuitamente. Ainda assim, é um entretenimento que empolga e prende a atenção.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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O roteiro de Alan B. McElroy consegue construir uma atmosfera de tensão gradativa, que vai aumentando à medida que Ray começa a perder o controle da situação. Com poucas locações (duas: o hospital e o posto de gasolina), a história se desenrola apoiando-se nas atuações – em especial Sam Worthington, que protagoniza a história com bastante solidez – e na atmosfera crescente de suspense psicológico. O desenvolvimento da história realmente prende a atenção, cativando o espectador a continuar assistindo até o fim.

Brad Anderson consegue dirigir seu longa com firmeza, aproveitando-se do jogo de luz em favor do drama psicológico, acelerando a edição quando Ray está sob efeitos de drogas e focando a câmera em seu rosto para intensificar as sensações do personagem. Apesar disso, poderia ter sido mais exigente com dois pontos fundamentais de sua história (não comentados aqui por motivos de spoiler), que poderiam ter sido melhor trabalhados.

Para construir a trama de ‘Fratura’ o longa joga com a tênue linha do que é insólito, mostrando como a construção de um discurso – quando reforçado por muitas vozes e de maneira contínua – contribui para a confecção de uma realidade imposta por aqueles em posição de poder. Ou, como diz o ditado, uma mentira contada várias vezes se torna uma verdade.

Fratura’ é desses filmes dos quais não é possível falar muito, do contrário corre-se o risco de estragar a experiência do espectador. É um bom suspense psicológico, com um bom argumento e um desenvolvimento empolgante – entretanto, com dois pontos entregados mui gratuitamente. Ainda assim, é um entretenimento que empolga e prende a atenção.

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