quarta-feira, abril 24, 2024

Crítica | Hacks: Com final dramático e sensível, 2ª temporada nos faz desejar ainda mais por novos episódios

A jornada de redenção de duas underdogs da comédia – rejeitadas em Hollywood por seus infames e explosivos comportamentos -, talvez seja um dos aspectos menos importantes da série Hacks, que encerra sua 2ª temporada como uma apaixonante reflexão sobre a necessidade de conexão humana e pertencimento. A partir de oito episódios curtos demais para nos saciar em sua totalidade, a original HBO Max se confirma ainda mais como uma hilária e delicada reflexão sobre recomeços, em meio a contextos familiares tão tortuosos e dolorosos.

E à medida em que aborda a importância de constituirmos família, a produção de Paul W. Downs, Jen Statsky e Lucia Aniello de quebra nos presenteia com um roteiro assertivo, honesto e cru – que não nos deixa esquecer do quanto precisamos da dinâmica Deborah-Ava. Como lados opostos de uma mesma moeda, elas se completam como mãe e filha e mais do que nunca preenchem os nossos corações com uma dinâmica inusitada, peculiar e apaixonantemente estranha.

E a cada episódio, a 2ª temporada de Hacks confirma o brilhantismo de Jean Smart, que uma vez mais se torna uma das favoritas nas próximas premiações. Sempre flertando com a acidez do discurso de sua personagem Deborah e com a solidão desta mulher que afastou todos que a verdadeiramente amavam, a veterana entrega uma performance equilibrada, que nos revela uma mulher que carrega muitas marcas e feridas, mas se obrigou a suportar todas elas sozinhas. Hannah Einbinder não fica atrás e mostra novas facetas de sua personagem, tão antipática em seus episódios inaugurais e agora tão identificável e amável.

Juntas, Smart, Einbinder e suas personagens se tornam amálgamas, com suas personas agora absorvendo aspectos uma da outra. Com Ava se tornando menos politicamente correta e Deborah mais sensível às dores alheias, elas fazem do ciclo atual uma deliciosa aventura de autodescobertas e desconstrução, permitindo que o público cresça junto, aprendendo a encarar essa dinâmica tão disfuncional como um genuíno retrato de duas pessoas que, por terem bagagens familiares tão desestruturadas, jamais souberam o quão de fato eram capazes de amar uma a outra e aqueles que a cercam.

E com um final delicado e doloroso, a 2ª temporada de Hacks nos deixa à deriva, perplexos diante de uma história excepcional tão bem destrinchada em oito episódios de meia hora. Nos consumindo para dentro da disfuncionalidade relacional de Deborah e Ava, a original HBO Max meio que nos deixa ao relento, magoados por um final tão impecável, que é difícil demais de ser encarado. Mas Downs, Aniello e Statsky ainda possuem uma carta na manga e o que parece ser um ponto final definitivo, talvez seja apenas um ponto e vírgula de uma futura 3ª temporada. Mas quem vai realmente poder decidir isso é só a HBO Max.

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